°•▪︎●°•▪︎ °•▪︎●°•▪︎ °•▪︎●°•▪︎Dan
Era uma manhã de um sábado, acordo cedo, faço minhas higienes e desço pra tomar um café. A casa estava silenciosa e aquilo era tão bom para mim. Após fazer um café, vou para um balanço grande de madeira que ficava na varanda, o nascer do sol estava lindo.
Fazer tudo isso era meio que um ritual de tortura para mim, sabia que era o dia do meu aniversário e assim como as outras datas comemorativas, esse dia lembrava a minha mãe, e ficar na frente da casa me lembra do dia que ela nos deixou aqui. A Ana era muito pequena pra lembrar dela, e ainda bem, não quero que ela lembre do rosto que nos abandonou.
Estava perdida nos meus pensamentos, como de costume, até escutar a porta abrir e meu avô sair.
— Sabia que estaria aqui. - meu avô diz sentando ao meu lado.
— É... e já deve saber o motivo. - digo cabisbaixa.
— Hija... não deve se prender ao passado, você está aqui agora, e é nisso que você deve pensar. - ele diz gentil. — Quero te dar algo. - diz tirando uma caixinha do bolso.
— Eu não quero presente e o senhor sabe disso - digo o olhando.
— Eu sei.. mas esse era algo que eu já iria te dar, então só estou aproveitando uma data comemorativa pra isso. - ele sorri.
Ele me entrega uma caixinha preta, dentro dela havia um cordão, era de uma cruz, e parecia famíliar.
— Esse não é o seu cordão? - pergunto o observando em minha mão.
Percebi que era o mesmo cordão que ele sempre andava no pescoço, nunca o vi sem. Ele tinha uma tatuagem no braço do mesmo símbolo que tinha como pingente, uma cruz grande.
— Pelo visto percebeu, esse cordão foi do meu pai, quero que fique com ele. - ele diz sinalizando para que eu o colocasse. — A chave da família sempre foi uma cruz, não esquece disso - ele diz me olhando. Não entendi muito, mas assenti mesmo assim, sempre presto atenção no que ele diz, as vezes o que ele diz, só vem fazer sentido depois.
— Obrigada! - digo o abraçando.
— Bom... vamos nos animar, preciso que saia de casa depois, para que tudo esteja pronto quando chegar. - ele diz se levantando. — Aliás, parabéns mi guerreira.
Todos já estavam na mesa para a refeição, com exceção da Ana, que sempre chegava depois.
— Parabéns Dan. - Ana diz me dando um beijo na bochecha e sentando a mesa.
É um dos poucos dias que a Ana fica gentil comigo, quando é meu aniversário ou, se não, quando quer algo.
— Obrigada! - digo sorrindo.
— Não sabia que completava ano hoje. - meu tio diz. — Parabéns!
Como ele não sabia? Ana falou disso a semana inteira, e principalmente nos cafés da manhã, agora sei que ele não presta atenção em nada que dizemos.
— Obrigada! - agradeço e tento sorrir.
— O que vai fazer durante o dia? - Ana me pergunta.
— Não sei ainda - digo.
— Meus amigos me chamaram para uma piscina comunitária, você pode vir e chamar o Javier. - ela diz me fazendo encara-la. — Tá bom, chama a Mônica também - diz revirando os olhos.
— Vou ver. - digo terminando de comer.
A idéia da Ana não era tão ruim, além do mais, tenho que sair de casa, então juntei o útil ao agradável. Mandei mensagem para a Mônica e o Javier, ambos toparam na hora, coloquei um biquíni branco, uma camisa larga e fui até o quarto da Ana para chama-la, pelo incrível que pareça ela já estava pronta.
Ao chegar na piscina comunitária, encontramos Monsie, Jasmine, Ruby e Jamal. Pelo o que eu escutei, Cesar ainda iria chegar. Estava deitada em uma das cadeiras tomando um banho de sol com a Mônica, ela estava do meu lado direito, também deitada. Depois de alguns minutos, uma sombra me cobre, ao abrir os olhos, vejo que era o Oscar.
— Olha quem eu encontrei. - ele diz sentando ao meu lado.
— Não sabia que curtia piscina. - digo sentando e me cobrindo com a camisa.
— Vim com o Cesar, as coisas andam perigosas, então não quis deixar ele só. - Oscar diz.
— Porque não falou que viria? - Mônica diz levantando e sentando ao lado do Oscar. Deve ter escutado a voz dele.
— Foi de última hora. - ele diz levantando. — Vou para piscina. - ele diz tirando a camisa e entrando na piscina.
Não pude deixar de olhar o seu corpo, discretamente, claro.
— Amiga, acho que vou pra piscina também. - ela diz acompanhando Oscar com o olhar enquanto falava.
A Mônica entra na piscina, provavelmente foi atrás do Oscar, como eu sei disso? Bom, ele parecia literalmente estar FUGINDO dela, e não foi só eu que percebi isso, Javier também percebeu.
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Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)
FanficApós ser abandonada pela mãe, Dandara e a sua irmã mais nova foi acolhida pelo Sr. Lis Gonzáles, seu abuelo, um dos fundadores dos "Los Santos". Sempre afastada dos negócios da família, ela dava um jeito de se envolver. Após uma tragédia, descobre q...