01. As cinco versões de James Potter

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SINOPSE: James Potter é um mago renomado no reino de Hogwarts e o melhor na habilidade de criar poções. O que ele não esperava, entretanto, era que Lilian Evans, a humana enxerida e desastrada, acabasse derrubando nele uma de suas próprias invenções. É assim que surgem cinco versões diferentes de James: o badboy, o tristonho, o reclamão, o romântico e o inteligente.

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Lilian Evans chegou na seguinte conclusão: estava prestes a surtar. Completamente. A ponto de perder a cabeça e etc. Ela sabia disso, pois os sintomas eram claros. Os sinais estavam todos ali:

1. Suas mãos tremiam.

2. Sua veia da testa pulsava.

3. Olhos arregalados.

4. Chances de desmaiar ali mesmo.

Por último, porém mais importante:

5. Estava ALUCINANDO.

Só podia ser, porque essa era a única explicação. Afinal, ou Lilian estava alucinando e aquilo não estava acontecendo de verdade, ou era tudo culpa dela e ela estava totalmente e inquestionavelmente FERRADA.

Entre ferrada ou alucinando? Queria ficar com a segunda opção, muito bem, obrigada.

Mas para você, caro leitor, entender o tamanho da enrascada em que a nossa querida ruiva havia se enfiado, vamos retroceder um pouco:

Era uma vez, em estimadas terras longínquas, um reino chamado Hogwarts. Nele a magia era algo normal, cotidiano e corriqueiro. Em todo o território havia poder, criaturas mágicas e o pulsar de feitiços, desde todos os tipos de manipulações sensoriais até a grandeza de um povo capaz de construir qualquer coisa em questão de minutos, acelerar plantações, mover-se de um lado do reino para o outro em um único segundo e muito mais.

A maior herança daquele povo era o que eles chamavam de laço. Um elo que surgia entre duas criaturas e ligavam uma vida na outra, deixando-as vinculadas entre si durante toda a eternidade, mesmo após o além-vida. Era sempre algo bonito e comemorativo e surgia por meio de símbolos nos pulsos que comprovavam o laço. Quando o símbolo surgia, ele ficava.

O reino de Hogwarts tinha magia e era magia..., porém não era muito unido. Era dividido em quatro clãs que competiam entre si constantemente, buscando glória e dignidade.

Os quatro clãs eram: Gryffindor, composto por magos, guerreiros mágicos e lobisomens. Hufflepuff, em sua grande maioria curandeiros, elementais e as fadas. Ravenclaw, os sábios, os videntes e as sereias/sereianos. E o quarto e último clã, Slytherin, contava com os transmorfos, os alquimistas e os vampiros.

Lilian Evans não era de um, nem de outro.

Havia esse outro pessoal, que não faziam parte de nenhum clã. Eles eram em um tão número pequeno, que poderiam colocar todos em um salão e ainda sobraria espaço, mas, ainda assim, eles existiam: os humanos, mas também conhecidos como trouxas. E Lilian era um deles. Sem magia, sem poderes e sem clã.

Tudo bem.

Ela estava de boa com isso.

Tranquila, na paz, sem estresse – ignorando o fato de que ela ficava estressada quase o tempo todo, mas por outros motivos.

Porém, com ou sem magia, Evans queria saber como as coisas funcionavam. Tudo. O tempo todo. De qualquer jeito. Por qual motivo? Quais circunstâncias? De qual maneira?

E é por isso que ela vivia invadindo o laboratório de magia de James Potter.

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JAMES POTTER – FICHA INFORMATIVA, por Lilian Evans

TRINDADE Jilytober 2020Onde histórias criam vida. Descubra agora