O que eu chamo de repressão doméstica é o que tenho observado ao longo da minha vida "sim, minha vida" com 22 anos já se vive muita coisa e se observa vários ângulos.
Indo ao assunto, repressão doméstica acaba por ser uma série de imposições e limitações postas de forma obrigatória dentro de uma família, seja ela nuclear, mosaica e em outros modelos de família que se tem e não lembro no momento. Essas imposições postas a esposas e aos filhos, se não raramente aos esposos.
Nas mulheres!
Como se processa?
O que muitas das vezes é visto como machismo e eu prefiro dizer egocêntrismo.Muitas mulheres procuram em um relacionamento refúgio por diversos factores; a pobreza que não é novidade em Afri, por repressão.... E muitas mesmo por ganância porque querem sentir-se madames sem ter feito esforço algum se não o de levar uma "dick" acabam por entrar em um relacionamento.
Não querem ter uma formação e decidem refugiar-se a alguém que já tenha alguma coisa, tudo tem um preço e é nisso onde muitos homens acreditam que por sustentar uma mulher ela lhe deve exaltação mesmo quando seus feitos não são abonatórios.
O mais comum na Repressão é observar o seguinte:
• Limitar a relação dela com amigas ou se não, evitar que ela faça amigos:
A primeira forma de repressão é o parceiro limitar o contacto dela com outras pessoas, a princípio do sexo oposto e a posterior do homólogo.Palavras como:
"Cuidado com essas amigas, elas são fofoqueiras"
A fulana bebe muito, se você continuar a andar com ela também vai te levar a essa vida"
" A sicrana usa muita roupa curta, não é bom andar com ela. Isso é coisa de mulher bandida"
" Não gosto quando as tuas amigas vêm cá a casa. Ficas sempre com trabalho por fazer e abandonas totalmente eu como marido e aos teus filhos"
"Quando saia com as suas amigas , demoras muito não sei o que fazes tanto com elas que cá em casa não podes. Se continuar assim não faz sentido estares casada"
E tantas outras coisas ditas pelo opressor que a mulher acaba por sentir que se calhar é melhor cuidas apenas da família, prende-se ao lar. Passa a acreditar que se contrariar o marido por essas coisas que na verdade são pequenas não estaria a ser submissa, além da possibilidade de apanhar ou ser ameaçada de que não dará mais sustento e expulsa de casa o que famosamente conhecemos "vai na tua mãe"
Aos poucos começa a se distânciar das amigas, se trabalha, trabalha apenas e evita contactos. Mesmo na igreja evita criar laços porque depois não haverá maneiras de fazê-los permanentes. É deprimente sim e muitas mulheres só se apercebem disso quando começam a ver já têm netos e o tempo passou demais para conservar uma linda amizade.
•Formação e emprego:
A questão da formação acontece muito quando mulheres jovens acabam por casar com homens mais velhos ou que já tenham um bom status social, pela família ou porque com sacrifício o conseguiram. Muitas sequer o ensino médio fazem porque o opressor não permite, quando tem tanto o médio quanto a licenciatura a limitação cinge-se no emprego.Normalmente põem a disposição, além da empregada doméstica, o motorista, o moço das compras e manutenção da casa, claro que o jardineiro não falta. Não vou esquecer o que parece excitante a princípio, que são as quantias exorbitantes de valores "monetários" na conta para o que eu e o leitor já sabemos, uma imagem bem trabalhada, perucas, unhas, roupas e sem esquecer as jóias.
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Textos
Non-Fictionlivro de pensamentos... Repressão doméstica E se não falássemos política? o que é legalização? Quantos pobres em Angola?