Relações raciais no Brasil

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Devido ao longo período de escravidão dos negros no Brasil, a questão racial permeia as relações de nossa sociedade. A abolição da escravatura em 1888 não deu conta de suprimir os problemas, já que apesar da libertação, não ocorreram formas de inclusão social. Com isso, escravos foram libertos sem alfabetização, sem ofício direto, sem renda, sem moradia e tendo a concorrência direta dos imigrantes europeus nos postos de trabalho, a grande maioria acabou ocupando posições subalternas dentro da sociedade.

Nesse cenário, o debate sobre raça, racismo e exclusão é algo presente e permanente no Brasil, penetrando diversas esferas como a família, escola, meios de comunicação, movimentos sociais e políticas públicas. Para compreender melhor, vamos aprofundar o diálogo envolvendo pensadores clássicos da Sociologia brasileira.

Gilberto Freire

Nos anos de 1930, ocorreram tentativas de modificar a visão social acerca dos negros. Gilberto Freyre em seu livro “Casa Grande e Senzala” busca valorizar os aspectos da miscigenação como fator importante e benéfico para a sociedade brasileira, contrariando visões anteriores que buscavam uma espécie de branqueamento da população. Freyre acabava por se tornar um defensor da existência de uma “democracia racial”.

É importante destacar que Gilberto Freyre foi um dos mais importantes pensadores sociais brasileiros, assim, essa visão teve grande repercussão e, principalmente, ajudou a construir uma ideia de identidade nacional baseada na convivência racial pacífica e harmoniosa no Brasil.

É importante destacar que Gilberto Freyre foi um dos mais importantes pensadores sociais brasileiros, assim, essa visão teve grande repercussão e, principalmente, ajudou a construir uma ideia de identidade nacional baseada na convivência racial pa...

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Florestan Fermandes

Infelizmente, com o passar dos anos, foi possível observar que a miscigenação não trouxe benefícios diretos para determinadas camadas. Os negros e mestiços, em sua maioria, continuaram excluídos do processo de inclusão social. Com isso, criou-se uma visão que aborda a questão racial como irrelevante, como se o racismo não fosse uma prática brasileira e que aqui se vivencia uma democracia racial.

No entanto, o sociólogo Florestan Fernandes nos anos
1960, buscou acabar com essa visão harmoniosa. Em seu livro “A integração do negro na sociedade de classes”, de 1965, Fernandes aborda as dificuldades e percalços encontrados para um verdadeiro processo de inclusão. A sua posição principal é a de que a democracia racial é um mito, uma vez que a exclusão racial é presente em diversas estruturas e instituições sociais brasileiras.

 A sua posição principal é a de que a democracia racial é um mito, uma vez que a exclusão racial é presente em diversas estruturas e instituições sociais brasileiras

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O movimento negro no Brasil

O movimento negro busca alterar uma realidade de inferioridade e preconceito sofrido por uma classe social. Debater o movimento negro no Brasil é parte de uma discussão acerca da história brasileira, sua formação cultural e perspectivas futuras. Toda forma de origem segregacionista ou discriminatória emitida para qualquer indivíduo por sua origem racial é denominada racismo.

Esse movimento é proibido na constituição brasileira, de acordo com a lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Nesse contexto, o movimento negro no Brasil cresce, tomando como postura uma crítica firme à teoria da democracia racial, buscando demonstrar todas as dificuldades passadas por essa camada da população. Essas dificuldades podem ser observadas principalmente quando analisamos os aspectos relativos à renda da população brasileira, já que a população pobre do país é de grande maioria negra, fruto de um longo processo histórico.

O movimento negro no Brasil, hoje, encontra como pauta principal a integração social igualitária; algumas conquistas foram alcançadas, tais como: a política de cotas em universidades. Entretanto, ainda é preciso uma alteração social muito grande para que se possa trabalhar com a ideia de democracia racial.

 Entretanto, ainda é preciso uma alteração social muito grande para que se possa trabalhar com a ideia de democracia racial

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