Capitulo único!

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Loucura... Era isso! Ele estava ficando louco! Não havia outra razão que justificasse suas ações nos últimos meses. Nada além de uma insana loucura compartilhada com Tobirama Senju: Seu maior e pior inimigo.

Loucura... Poderia ser. Mas não havia sensação de euforia maior, e que lhe fugisse tão rápido do controle, do que a sensação estrema de ansiedade que se abatia em seu corpo com o se aproximar das horas que havia marcado de se encontrar com ele.

Seu coração batia tão retumbante e tão desesperado que Izuna podia ouvir perfeitamente. Tão rápido... Tão acelerado quando suas pernas percorrendo aquele caminho íngreme que o levaria até as regiões montanhosas: o lugar de seus encontros secretos.

O vento frio batia no rosto pálido. Os lábios estavam trêmulos. Era inicio de uma época fria. Seu coração retumbou mais forte.

Algum tempo atrás havia seguido Madara. O irmão que outrora havia prometido ao pai nunca mais encontrar o Senju irmão de Tobirama, quebrava constantemente a promessa.

Na época não conseguia entender porque Madara desobedecia a seu pai. Mas com o tempo a compreensão e o amadurecimento chegaram para Izuna.

Seu rosto ganhou um tom rosado com as lembranças. Quando pensou que talvez seu irmão estivesse passando mal, porque seus gemidos eram tão pesados e tão constantes. Nunca havia escutado a voz do irmão tão carregada. E também não reconhecia a voz que o acompanhava. Ainda lembrava que tinha pego uma kunai por desespero. Pronto para ajudar o irmão.

— Eles ainda não terminaram! – Foi o que Tobirama disse ao surpreendê-lo.

Izuna teria gritado se o albino não tivesse lhe tapado à boca. Tobirama mostrou o que os irmãos de ambos faziam. Izuna se sentiu quente e constrangido. Só os adultos faziam aquele tipo de coisa. Mas Madara e Hashirama eram quase adultos.

Os encontros eram constantes. Izuna não quis mais seguir o irmão. Não queria presenciar aquelas coisas constrangedoras. Mas não conseguia evitar as imagens que vinham. Tão silenciosas e sorrateiras. E com o tempo Izuna também desejou fazer o mesmo. E Tobirama concordou.

Ele alcançou o topo da montanha ao fim do entardecer e assim como o fim de seus pensamentos. Agora, apenas, podia avistar seu desejo.

Tobirama estava deitado de forma displicente. Com a cabeça apoia nas mãos entrelaçadas. Mesmo com o frio o Senju vestia apenas uma regata e calças muito frouxas.

— Oi. – Izuna falou, seu peito subia e descia e seu rosto estava vermelho por contar do vento frio.

O Uchiha não conseguia entender como Tobirama conseguia ficar com tão pouca roupa naquele tempo.

— Olá – O albino respondeu.

Izuna se aproximou devagar. Sentando-se ao lado de Tobirama. Os olhos levemente avermelhados e o rosto trigueiro estavam serenos. Tão diferente dele que estava eufórico.

Tobirama olhava o céu de fim de tarde, quando as cores se mesclavam com mais intensidade, a fim de formar uma tonalidade escura. De algum modo estava aliviado.

Izuna aproximou-se mais. Estava frio e ele queria sentir o calor do outro. Tobirama deu um meio sorriso e puxou o moreno para que ele se deitasse sobre seu peito.

— Achei que não viesse! – Ele disse, depois de um momento de silencio.

Izuna levantou o rosto. Tobirama o olhava.

— Por que eu não viria?

— Nossos irmãos estão brigados!

Realmente aquilo poderia ser um problema. Mas Madara estava envolvido em uma tristeza solitária e não o queria por perto. Poderia até ser egoísmo de sua parte, mas ele agradecia pelo irmão querer quietude.

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