Capítulo Dezessete - Herdeiro do Sol

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N/A: fiz uma pequena playlist pra esse capítulo e o próximo, vou colocar no final do capítulo se vocês quiserem ver depois e reler o cap ouvindo OK?

~ Joontaeoh

— É hoje. — Fleamont sussurrou, colocando a capa verde ao redor dos ombros, ajeitando sua coroa de ouro e esmeraldas em seus cabelos começando a ficar brancos, se olhando uma última vez no espelho antes de suspirar pesadamente.

Euphemia já estava devidamente pronta, mas saira para verificar Severus e James uma última vez. A bela ômega ruiva era sua razão de viver, sua companheira destinada, e ele a amava tanto que chegava a doer. Seu filho James também era sua vida, seu pequeno filho estava finalmente se tornando um adulto e, inferno, Fleamont tinha tanto orgulho daquele garoto! Sua família era seu maior tesouro.

E era hoje! O grande dia, o baile de coroação, a apresentação de Severus ao reino. Ver como as coisas mudaram causava uma estranha nostalgia no rei Le Fay, ele sempre achou que estaria apresentando o garoto Crow como marido de James um dia, mas estava profundamente grato por não ser ele.

Devidamente pronto ele colocou a espada de Zabur em sua cintura e se olhou uma última vez no espelho. Como um governante ele estava vestido à altura com os melhores tecidos e jóias que seu rico reino tinha a oferecer, o próprio poder em carne e osso - e asas.

Ele saiu para o corredor cumprimentando os guardas e empregados que via pelo caminho com seu típico sorriso largo e gentil, embora levemente zombeteiro que era a marca dos Potter. No caminho para o quarto de seu filho encontrou seu conselheiro pessoal, Denyel, que trajava as típicas vestes dos conselheiros, calças apertadas, camisa longa até as coxas, botas de couro pretas e um colete, também de couro, tudo em tonalidades de roxo e preto.

Denyel era um ômega de cabelos lisos até a cintura dourados como o sol da manhã e olhos tão azuis quanto o céu limpo da primavera. Era impassível perante os outros, mas sempre sorria para Fleamont e seus olhos brilhavam tanto que era impossível não notar sua admiração pelo rei.

Euphemia não gostava dele.

— Ansioso, Fleamont? — sendo amigos de infância Denyel tinha certa intimidade com o rei que era invejável. Eles cresceram juntos e essa amizade continuava a mesma desde aquela época.

— Muito. — riu o rei. — E você?

— Eu vi muitas coroações e até participei da sua, mas estou com certo medo das coisas não saírem do modo como planejei. — ele confessou. O loiro havia pessoalmente pedido ao seu melhor amigo que o deixasse organizar aquele baile, e como Fleamont confiava cegamente em sua competência, ele permitiu.

— Eu confio em você, Den. Sei que é capaz de planejar tudo com perfeição. — o Potter sorriu para o amigo. — Agora vamos, temos que verificar os outros.

Os olhos azuis de Denyel cintilavam com seu sorriso largo de dentes muito brancos. — Claro.

Seguiram juntos pelos corredores até acharem James, Severus e Euphemia na porta do quarto do primeiro. Ao ver quem o acompanhava os lábios de Euphemia se juntaram com força e ela o olhou com um olhar que claramente era penetrante e desconfortável, o vínculo entre eles lhe passava raiva e ciúmes. Seus olhos azuis dispararam para o outro ômega como os olhos de uma águia.

— Vamos? — Severus, prevendo uma briga, perguntou com a voz mais fina que o usual. Estava muito nervoso, mas tentava se controlar ao máximo que podia.

— Vamos. — Fleamont estendeu o braço para a esposa que o segurou ainda encarando Denyel em desafio. O loiro, entretanto, parecia completamente alheio e ainda sorria brilhantemente, conversando com James e Severus sobre a festa e ignorando o casal real.

O castelo tinha muitos cômodos, obviamente. Tendo mais de 20 andares, três salas interligadas onde ficavam as coroas e pinturas dos antigos reis e rainhas, um salão de bailes, sala do trono e um cômodo inteiro que imitava as igrejas católicas medievais, com seus imponentes vitrais coloridos cheios de imagens que retratavam toda a história de seu povo. E foi para lá que a família real se dirigiu. Fleamont e Euphemia entraram e o rei se sentou em seu trono, sua esposa fielmente sentada em seu próprio trono ao seu lado, Denyel em pé ao lado do melhor amigo.

Os nobres ocupavam os bancos de madeira escura apenas aguardando pela coroação. Os convidados de Severus e de James estavam nos quatro primeiros bancos e sorriam para o casal vestido inteiramente de cetim azul-turquesa enquanto eles caminhavam pelo tapete de veludo vermelho até estarem à frente de Fleamont e Euphemia.

O sacerdote oficial do povo, Creedence Clearwater, tomou a frente e iniciou a cerimônia de coroação. — Estamos aqui hoje reunidos para coroar e tornar reis o casal abençoado James Fleamont Snape, outrora Potter, e Severus Tobias Snape, sob a benção da Deusa Lua e do Deus Sol. — sua voz soou por toda a extensão do cômodo gigantesco como o som de um trovão. — Vocês estão dispostos, sob o juramento sagrado da Deusa Duhindir, a assumir o trono de Zinástia?

— Estamos. — o casal jovem respondeu com firmeza.

— Então vamos começar. — o sacerdote convocou, com a ajuda da magia selvagem que corria livre por suas veias, uma bacia cheia de um líquido branco que permanecia liso e inabalável dentro do recipiente como se este não se movesse. — Dê um passo à frente, herdeiro direto de nosso povo, James Fleamont Snape.

James sorriu carinhosamente para o marido que apertou sua mão suavemente. Ele avançou e se ajoelhou perante o sacerdote que ergueu as mangas de suas vestes cerimoniais até os cotovelos,  posicionou suas mãos em forma de concha e as encheu com o líquido branco, despejando-o sobre os escuros cabelos do ômega.

Fleamont ainda se lembrava da sensação gelada que percorreu seu corpo em sua própria coroação quando a mistura sagrada fora derramada sobre si. Devido ao leve estremecimento de James ele também sentira.

— Ao futuro rei, James, que a partir de hoje, será chamado de Herdeiro do Sol. — os olhos do sacerdote, que antes eram verdes, ficaram completamente negros enquanto os espíritos dos antepassados lhe tonavam o corpo para anunciar o título que James iria receber. Ele derramou mais do líquido - que agora assumia a coloração dourada - no príncipe ainda ajoelhado sem poder ver como a substância desaparecia lentamente sendo absorvida pela pele do herdeiro Potter através dos tecidos da roupa.

Quando estava aparentemente completamente limpo, James se ergueu e os olhos do celebrante voltaram a sua coloração normal momentaneamente. Estava na hora. Com um suspiro, Fleamont se ergueu e tomou a frente, olhando profundamente nos olhos determinados de seu filho e retirando lentamente a coroa de seus cabelos.

— Eu... — começou com a voz firme. — ... Fleamont Henry Potter, rei de Zinástia, entrego a você, James Fleamont Snape, a coroa e o poder sobre minhas tropas, minhas terras, meu povo, desde que você jure pelos Deuses que você viverá para servir e não para ser servido, para proteger, não ser protegido, para salvar, não para ser salvo. Com a benção divina, eu abdico minha coroa.

James sorriu. — Eu, James Fleamont Snape, juro pelos Deuses servir, proteger e salvar o povo Le Fay de todas as ameaças internas e externas, prometo entregar minha vida ao meu povo e viver por eles e para eles. Com a benção divina, eu aceito sua coroa.

Pai sorriu para o filho e depositou o objeto de ouro e esmeraldas sobre sua cabeça, se afastando dois passos enquanto James se virava para a platéia o assistindo e aceitava o cetro oferecido por Creedence, o erguendo e o mostrando a todos que agora aplaudiam seu novo rei ômega.

— Vida longa ao rei!


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Mulan - I'll make a man out of you (epic version)

Sim, Mulan
Pq? Pq eu amo

Eu disse q era curta. É só isso

Bye lobinhos!

A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora