A Rosa Dourada - Snames

Capítulo Dezoito - Herdeiro da Lua

Música da coroação - You Should See Me In A Crown by Billie Eilish

— Dê um passo à frente, Severus Tobias Snape. — o sacerdote voltou a celebração uma vez que James estava devidamente sentado no trono que uma vez pertencera a seu pai. Severus avançou, imitando o marido ao se ajoelhar como Fleamont o ensinou.

O mesmo procedimento se repetiu, contudo ao invés de usar o líquido branco, o sacerdote usou leite de orquídeas para purificar a alma do esposo do rei. Derramando o espesso líquido meio amarelado nos cabelos longos, a cor negra voltou aos olhos azuis.

— A partir deste momento, o Herdeiro da Lua levará seu nome no mundo dos homens. — sua voz saiu poderosa pelos espíritos que o possuíam. — Pelo poder, pela glória, pela Lua. Severus, nascido Snape, de hoje em diante, carregará as trevas em si para proteger, o veneno para salvar, a morte para viver. Ergam seus olhos mundanos para o filho da escuridão, ergam seus olhos para Severus Darkmoon, vosso rei.

Os nobres ficaram em completo silêncio admirando o leite de orquídeas se tornar completamente negro e ser absorvido instantaneamente ao entrar em contato com o corpo do alfa da noite. Quando o moreno se ergueu, seus olhos brilhavam em roxo como veneno, as tatuagens exóticas em sua face nunca pareceram mais brilhantes e sua pele estava fantasmagoricamente pálida. Sob a vista de todos, a meia lua em sua testa simplesmente se completou se tornando cheia no exato momento em que o satélite naturalmente prateado iluminou o recinto e sua expressão fria.

Era isso. No momento em que seu rosto foi iluminado o medo percorreu a todos e eles ficaram sem palavras, porque enquanto a energia de James era pura felicidade e carisma, a de Severus era de ameaça e morte.

Respirando fundo Euphemia se levantou ganhando o olhar roxo em si. Severus se virou para a ômega e humildemente se curvou para a ruiva que retirou sua própria coroa de prata, delicadamente enfeitada de pedras que continham a mesma coloração das tatuagens de Severus, olhando para o genro com carinho. Ela mal o conhecia e já o amava intensamente.

— Eu, Euphemia Elizabeth Potter, lhe entrego minhas coroas, Severus Darkmoon, de boa vontade com a benção dos Deuses, para que governe sobre estas terras com a sabedoria e firmeza cedidas pela Deusa Lua. Tendo plena certeza, você aceitará governar Zinástia, o reino dos Le Fay, e Dundeya, o reino dos Nogtsune? — Euphemia era a princesa herdeira do trono de Dundeya até se casar com Fleamont e unir os dois em um só. Agora, ela abdicava sua herança e a dava de bom grado para seu genro, orgulhosa de sua própria decisão.

— Eu, Severus Darkmoon, tendo certeza e sendo abençoado, aceito sua coroa, rainha Euphemia Potter, para governar seu povo com a mesma sabedoria que me foi cedida pela Lua. — o vampiro se curvou e a Nogtsune depositou a coroa sobre seus fios negros, sorrindo o tempo todo. Então, com a peça em sua cabeça, o alfa se virou para o povo.

— Schikra zhaglak fsilinkak skarze glicijo klarjs dlahcon, gloldham Zinastik, Severus! {Roxo como veneno usado para proteção ao povo, Severus de Zinástia!}— utilizando a língua natal dos Le Fay, o sacerdote encerrava a aceitação do novo rei.

O povo aplaudiu alto.

— Vida longa ao rei!

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— Eu quase chorei! — Lucius anunciou alto apertando as bochechas de Severus. — Meu filhotinho cresceu tanto!! — exclamou com voz de bebê causando risos no círculo de amigos.

— Eu te odeio. — com a voz abafada pelo aperto em sua face e o biquinho que se formou em seus lábios, o novo rei chiou para o amigo.

O loiro mantinha seus longos cabelos loiros presos em uma trança às suas costas, usando calças azul-escuro com uma camiseta branca por baixo, a cauda de seu colete (de manga longa com o broxe da família Malfoy do lado esquerdo do peio) chegava aos seus pés completamente lisa, ficando mais clara até atingir um tom de azul transparente ao tocar o chão.