Epílogo

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Hey, alguém pediu o epílogo desta história? Sentiram saudades? Porque eu sim - e muito! ;)

Espero profundamente que gostem, pois foi escrito com todo o meu coração. Nos momentos indicados, apertem o play nas músicas para uma maior imersão. Enjoy it, bebês! <3


31 de dezembro de 2020, Arraial do Cabo.

Narrador POV.

A maresia salina pairava no ar, naquele último dia do ano – ensolarado e convidativo como a textura do verão deve ser. Rafaella, Bianca, Manoela e Mariana estavam com os olhos absortos ao horizonte, no alto da colina, bronzeando suas peles douradas no deck da imponente e rústica casa de praia de Kalimann, em Arraial do Cabo.

O esplendor da natureza fazia o seu espetáculo estonteante: o céu púrpuro agora beijava a linha que dividia o oceano, encoberto por ondas em tons turquesa e cobalto. O astro rei descia por entre as nuvens, pincelando fios de brasa e carmesim na imensidão azul.

Bianca recostou a cabeça no peito de Rafaella e respirou fundo, sentindo a magia do entardecer. Permitiu que o aroma das ondas do mar a penetrasse na alma, lavando quaisquer indícios de dores emocionais anteriores àquele momento.

Quando se está imersa por muito tempo dentro de um poço escuro, você abre espaço para que a escuridão te abrace.

Mas fora os olhos esmeraldas, que agora fitavam o horizonte e estavam tão próximos aos olhos avelãs de Bianca, que lhe reacenderam a vontade de viver. Rafaella mostrou-lhe que, por mais fundo que possa estar, ainda há um caminho direcionado à luz. Um caminho que Bianca não só resolveu trilhar, como o fez com passos destemidos, em uma estrada preenchida por leveza, paixão e liberdade. Andrade deu tudo de si. E recebeu tudo em troca.

No último dia do ano, a morena não poderia estar mais completa. A mulher que lhe proporcionara os orgasmos mais estridentes e a felicidade mais genuína, acariciava com o polegar o seu braço esquerdo, causando-lhe arrepios já conhecidos.

— E a Rafaella faz tudo, mais uma vez — a voz de Manoela Gavassi quebrou o silêncio contemplativo no ar. — Essa é a vista mais estonteante que meus olhos já viram.

— É porque ainda não me viu sem roupa, bebê — Mariana Gonzáles rebateu, abraçando a cintura de Manoela por trás.

Bianca e Rafaella gargalharam. Kalimann, a anfitriã da casa, deu um beijo casto no ombro de Andrade antes de proferir com uma pitada de malícia para as amigas:

— Você beija a boca da Mariana há mais de um mês, Manu. Não está na hora de liberar outras partes do corpo?

— Rafaella! — Bianca beliscou de leve o braço da loira, segurando um riso. — Modos, por favor.

A loira levantou as duas mãos para cima, em sinal de rendição, e roubou-lhe um selinho aos lábios.

— Sorry, madam — abraçou novamente a cintura de Andrade. — Mas eu ainda acho que essas duas devem usufruir da casa como ela merece ser aproveitada — Rafaella direcionou o olhar ao casal do lado e piscou para Manoela, que a encarava com um rubor às bochechas.

— Todo mundo quer que eu vá para a cama com a Mariana, é isso mesmo? — a mais baixa revirou os olhos, fingindo irritação. — Mas que sacrifício.

— Dizem que, tudo o que fazemos no último dia do ano, se repetirá em todos os dias do ano seguinte — Bianca riu baixinho. — Vai querer passar os dias na seca ou tendo orgasmos de sobra, Manu?

A risada alta de Rafaella dançou pelo ar e ela arqueou as sobrancelhas, disparando um olhar incrédulo para Andrade.

— Não era para termos modos, senhorita?

A chefe do meu namorado | MINI-FIC RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora