17 - O Símbolo

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Ao chegar na capital do Reino, na Grande Cidade de Triwland do Norte, Lory acompanhou seu pai e o Grande Comandante Luolin, para interrogar os bandidos que foram presos no caminho de casa.

A princesa se mantivera em silêncio, apenas observando o desenrolar da situação, mas sentia uma sensação familiar vinda dessas pessoas, uma sensação mística.

— Por que encontrei seus homens em meu território? — perguntou o rei.

— Vossa Majestade, estávamos apenas caçando alguns cervos. — respondeu o líder do pequeno grupo de saqueadores que o rei tinha capturado.

— Se vocês estavam caçando cervos, por que estão carregando espadas, lanças, adagas, alabardas e apenas um ou dois arcos? Vocês acham que eu sou tolo? Só por essa ofensa é motivo suficiente para perderem suas cabeças, mas eu posso lhes dar uma chance de permanecerem vivos. Se vocês responderem minhas perguntas, serei capaz de demonstrar misericórdia e perdoar os vossos crimes. Por que estavam no território de Triwland do Norte? E por que eu não encontrei nenhum saqueador no território do meu irmão? — proferiu o Rei, mas os saqueadores se mantiveram em silêncio.

— Bom, se vocês não querem falar, suas vidas não tem importância. — falou Luolin, enquanto apontava sua espada para o pescoço de um homem, dando um golpe limpo, cortando sua garganta. — Enquanto não falarem, a cada cinco minutos ceifarei uma vida. — bradou, mas os homens se mantiveram em silêncio, mesmo com a ameaça.

— Falando ou não, iremos morrer de qualquer jeito. — disse o líder do pequeno grupo de saqueadores.

— Eu sou uma pessoa que mantém sua palavra. Vocês terão uma chance de viverem se me contarem, do contrário,  sua morte é certa. — repetiu.

Eles se mantiveram em silêncio pelos próximos cinco minutos, Luolin estava se preparando para decapitar outro bandido, escolhera seu alvo com os olhos, um garoto novo, de aproximadamente dezessete anos e que estava tremendo de medo.

— Sua vez. — avisou Luolin.

—Espere, por favor! Tenha piedade! Eu falo tudo que eu sei! Mas me deixe viver! — gritou o garoto, chorando.

— Ele vai te matar de qualquer jeito idiota! — gritou um homem mais velho, que momentos depois sentiu uma sensação de perigo e antes que percebesse perdeu um de seus braços. — Ahhhhhh! Vadia!— gritou.

— Você estava atrapalhando o garoto. Mas por ter me chamado assim, não merece ficar com nenhum dos braços. — comentou Lory, amputando o braço que restava ao homem.

— Eu v... vou falar! P... pou... po... poupe mi... minha vi... vi... vida! — gaguejou o garoto, com medo.

— Diga logo. O que está acontecendo? — vociferou o Rei para o garoto, que se acalmou um pouco quando Lory e Luolin se afastaram.

— O Rei das Montanhas desceu com todo o seu povo e está matando todos os bandidos nas terras do Sul. Não tivemos outra opção, nos agrupamos aqui no Norte para sobreviver. Majestade, ganhamos a vida roubando, mas não fazemos outro mal as pessoas — disse o garoto.

— Diga isso por você garoto, você está andando com assassinos cruéis — respondeu o Rei.

— Meu nome é Aiden, me reuni com esses homens há pouco tempo. Todo o meu bando foi morto cruelmente no Sul, apenas eu consegui escapar. Por favor, Vossa Majestade! Poupe-me! — O garoto dizia chorando.

— Você não tem pra quem voltar Aiden? — perguntou Lory.

— Vossa Alteza, minha família era meu bando. Eles me resgataram enquanto eu passava fome e ninguém em meu vilarejo me dava o que comer. Vossa Alteza, eu só desejo viver, nunca mais vou roubar ninguém. — o garoto chorava, temendo por sua vida.

Guerreira RealOnde histórias criam vida. Descubra agora