O golpe

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Já havia se passado um dia desde que Aygon partiu rumo a Naok. E uma multidão estava eufórica, aguardando o pronunciamento de seu rei em uma enorme arena onde havia um grande palco. Eram milhares de pessoas ali presente, não havia espaço para andar com tranquilidade.

— Não consigo entender o real motivo de todo esse alarde — dizia Zac enquanto caminhava ao lado de Beric, pelo palco.

— Você já está servindo ao meu lado a quanto tempo? — questionou Baric.

— Cerca de quatro anos — respondeu.

— E nesses quatro anos, quantas vezes você viu o rei fazendo um pronunciamento depois do terceiro muro? — questionou novamente o general.

— Bom, foi algo em torno de uns 5 anos atrás, creio que eu nem servia você ainda.

— Sim, já faz um bom tempo. A população independente da classe social, quer respostas de seu rei — disse Beric após chegar próximo a um grande trono e outros dois menores, localizado bem no centro do palco. 

Zac ficou em silêncio por alguns minutos até indagar uma pergunta para Beric. 

— E enquanto ao garoto? Por que o enviou para Naok, achei que já havia deixado aquele assunto para trás. 

Beric direcionou um olhar de frieza para Zac e não disse uma palavra referente a pergunta feita a ele. 

— Vamos lá Beric, você sabe que não precisa esconder nada de mim — insistiu Zac. 

— Você sabe muito bem que o líder da aldeia de Naok não permite que eu coloque os pés lá, e os acontecimentos envolvendo meus filhos foram algo sobrenatural — murmurou Beric — apenas achei que o garoto da marca pudesse descobrir algo.

A conversa foi interrompida após a chegada do rei no palco pelos fundos, junto de sua esposa, sua filha e o bispo Edmundo.

As vaias e os gritos de desgosto tomaram conta da arena.

— Meu rei — falaram Beric e Zac logo após se curvarem.

— Podem se levantar — respondeu o Rei Ryan, sentando no maior trono.

Logo em seguida a Rainha sem dizer uma palavra, sentou-se no trono menor ao lado esquerdo, e Aurora após cumprimentar Beric fez o mesmo, sentando-se ao lado direito.

— Irei me reunir com meu esquadrão — disse o general.

O rei assentiu com um pequeno movimento com a cabeça, fazendo com que Beric e Zac se retirassem.

No caminho ambos cruzaram com bispo Edmundo que deu a eles um sorriso amarelo, Beric e Zac o ignoraram e continuaram a caminhar.

— Bom, vamos começar — murmurou Ryan ao olhar para Aurora, que concordou imediatamente.

— POVO DE CATAGAN – gritou o rei.

Beric lá do fundo percebeu uma estranha movimentação, partindo de todos os guardas que não eram de seu esquadrão.

— Venho aqui até vocês, para fazer um comunicado um tanto quanto preocupante.

A multidão toda se calou, enquanto ouvia com atenção as palavras ditas pelo seu rei.

— Estamos novamente se preparando para mais uma guerra, e dessa vez contra Hoof black.

Aquele silêncio antes visto, se tornou algo passageiro, pois logo após tal pronunciamento as dúvidas e o medo se alastraram rapidamente no coração da população.

— O que? Como assim contra Hoof black? — Ouviu-se tais palavras entre a multidão.

—- E aqueles malditos de Croassi? É contra eles que devemos lutar!

Regressão: A quebra do espelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora