Butterflies shine as bright as stars.

Único; Deixe-me voar com você.

— Mark-hyung! Olha, uma borboleta! — O pequeno Jinyoung apontou para uma borboleta azul com detalhes pretos — Ela é tão linda… 

— É sim… Muito bonita. — Mark concordou olhando a borboleta. — Não compreendo, por que ela apareceu aqui? Nem flores tem. 

— Borboletas não gostam só de flores, hyung bobinho. — A pequena criança deitou-se na grama e olhou para o céu, bloqueando a forte luz do Sol com sua pequena mãozinha. — Elas gostam de humanos também, mas não são todos que tratam elas bem. — A borboleta pousou em sua mão e Mark viu um sorriso quase banguela surgir no rosto do mais novo. 

— Como você consegue, hein? As borboletas nem chegam perto de mim. — O americano fez um biquinho nos lábios e sentou-se ao lado do mais novo, se surpreendendo, pois a borboleta nem se mexeu. 

— Ah hyung, eu não sei o porquê delas não irem até você… — Mais uma borboleta pousou sobre a pequena mão, dessa vez, uma borboleta preta com um brilho diferente. — Uaah! Olha que linda! 

— Sortudo. 

— Hyung, quando eu crescer, eu quero ser igual uma borboleta… 

— Quer voar? 

— Não, quero ser livre… Livre para fazer tudo o que eu quiser! 

— Você será livre, você sempre será livre. 

Dois anos depois… 

— Mark! Mark! Acorda! — Jinyoung sacudiu o loiro. — Hyung! Hyung, acorda! 

— Park Jinyoung! Deixe-me dormir… 

— Hyung, você dormiu o dia inteiro! Vamos logo… — Deitou-se por cima do mais alto e o abraçou — Por favorzinho. 

— Aigoo, ninguém te merece! — O mais velho empurrou Jinyoung de cima de si, que caiu do outro lado da cama — Opa… Te machuquei? 

— Não! Agora vamos logo! — O coreano se levantou e começou a dar pulinhos de alegria, parando assim que ouviu sua mãe gritando para ele parar. 

— Só você mesmo… — Levantou-se e foi até o banheiro do quarto. 

↬☆↫

A mãe de Jinyoung os levou até o lugar preferido dos dois, um campo aberto, a grama totalmente verdinha e algumas árvores frutíferas. Ela ficou perto do carro, já os dois meninos foram até um morrinho nada longe da matriarca do mais novo, para apreciarem as estrelas. 

— As estrelas brilham tanto… — Mark começou sorrindo. — Tenho certa inveja… 

— Mamãe disse que todos nós viramos estrelas, não deveria ter inveja, você vai virar uma estrela um dia… — Jinyoung olhou Mark e sorriu. 

— A Tia Jihyo não está muito errada… Mas eu duvido bastante que nós viramos estrelas. Não faz sentido, estrelas brilham muito. 

— Concordo! — A criança olhou para a Lua — Quando eu virar uma estrela, você vai comigo, certo? 

— Eu sempre vou te acompanhar, dongsaeng — O mais velho abraçou o outro. — Mas isso vai demorar bastante, então não pense nessas coisas ok? — Deu-lhe um beijinho na testa e o abraçou mais forte. 

— Claro! Prometo de dedinho que não vou pensar! 

— Bom mesmo. — Tuan pensou ter visto a mesma borboleta preta de longe, mas era realmente impossível. 

Três anos depois… 

— Jinyoung, olhe para aquela estrela! Olhe o brilho dela! — Mark, de agora treze anos, apontou para uma estrela, ambos estavam procurando constelações no céu. — Uah, talvez ela seja a mais brilhante que eu já vi! 

— Ela é linda! — Park concordou com animação. — Tão bonita! 

— Ya! Aquela borboleta de novo… — Mark apontou para a borboleta preta com o brilho diferente — Parece que ela nos segue! 

— Borboletas não vivem tanto, não pode ser a mesma de cinco anos atrás! — Jinyoung riu desacreditado, mais uma vez, a borboleta pousou em sua mão. — Pequena borboleta, nos conte seu segredo, como consegue ser tão linda? — Perguntou como se a borboleta pudesse responder, soltou uma gargalhada e Mark o olhou. 

— Sim? Tudo bem? 

— Sim, eu estou bem, e você? 

— Acho que estou bem também… 

— que bom então! 

Ficaram em silêncio durante um tempo, até Mark o quebrar. 

— Maluquinho. 

— Talvez eu seja mesmo… Mas não tem problema, você me ama mesmo assim? — Jinyoung deixou mais uma vez, a borboleta voar. 

— Claro, eu não deixaria de te amar por nada nesse mundo! — Mark deu um beijo na bochecha do garoto. — por nada! 

— Me sinto feliz! — Jinyoung sorriu e entrelaçou seus dedos com os de Mark. — Hyung, eu prometo sempre te amar. 

— Eu também prometo sempre te amar, sempre! 

Quatro anos depois… 

Os dois garotos estavam na cobertura do prédio onde Mark mora, estavam apenas conversando com a  luz do luar caindo sobre eles. 

— Jinyoung! Olha, outra borboleta preta! — Mark, agora com dezesete anos, disse apontando para a borboleta. — Que linda. 

— Sim sim, ela é perfeita — Jinyoung estendeu a mão e a borboleta pousou em seu dedo indicador — Ela tem um brilho estranho… O que ela faz aqui em cima? Eu achava que borboletas não voavam tão alto, muito menos de noite! 

— Talvez tenhamos sido premiados! — Mark soltou uma risadinha junto a Jinyoung. — Ela é realmente bonita… 

— Sim, ela é — A borboleta voltou a voar, desaparecendo da vista dos dois, Jinyoung se levantou e foi até a ponta do prédio. Mark foi logo atrás do mesmo, pois estava com medo dele escorregar e uma tragédia acontecer. — Mark-hyung, lembra quando eu perguntei se quando eu virasse uma estrela, você viria comigo? 

— É claro que eu lembro, por quê? 

— Nada. — Jinyoung se virou e ficou de frente para o loiro, se aproximou um pouco e pousou seus braços nos ombros largos do mais velho. — Hyung, é errado eu sentir uma puta atração por você? 

— N-Não… — Mark começou a olhar fixamente para a boca de seu dongsaeng. Jinyoung sorriu e juntou os lábios num simples selinho, mas logo pediu passagem com a língua, que foi cedida de imediato. Se beijaram durante alguns segundos, mas logo se separaram. 

— Deveríamos fazer isso mais vezes — Jinyoung sorriu e se afastou do mais velho, apenas para o abraçar por trás. 

— Por que está fazendo isso? — Mark se virou e ficou novamente cara a cara com o Park. — Jinyoung, o que você pretende fazer? 

— Hyung, apenas.. Me beije — Começou outro beijo, ainda abraçado com Mark. Segurou forte a cintura do outro e os impulsionou para frente, fazendo eles começarem a cair do vigésimo andar — Eu te amo. 

Quando todas essas memórias terminaram, já era tarde demais, as almas dos garotos já não estavam em seus corpos. Talvez agora eles sejam duas borboletas pretas com um brilho inacreditável… Ou simplesmente habitam a mais brilhante estrela do céu.