Cada parte do corpo de Bea pulsava, quente e agitada. Um formigamento lento subindo por sua coluna, quando terminou a dança só conseguia pensar na forma com que Zabdiel a olhava. Ela nunca havia visto tanto prazer em um único olhar. O seu rosto corado fazia com o Zab sentisse uma vontade quase que incontrolável de atravessar o espaço que os separava e fazer amor com ela ali mesmo. Amor. Zabdiel sorriu ao entender que seu subconsciente havia usado essa palavra e talvez isso fosse a prova final de que precisava para saber que estava, realmente, apaixonado pela linda mulher a sua frente. O calor do corpo de Bea não diminuía, ela só não sabia se era pela dança ou pela vontade de ter Zabdiel junto de si. Era inegável que havia um pouco de álcool em seu sangue, mas seus pensamentos nunca estiveram tão lúcidos. Bea o olhou da forma mais profunda que pode e Zab correspondeu. Ela seguiu pelo corredor da casa, os saltos batendo no chão fazendo um som quase estrondoso aos seus ouvidos, antecipando o que ela sabia que estava por vir. As vozes dos amigos ficando mais distantes a cada passo dado. Zab observava o leve rebolado de Bea, não podia desviar seus olhos dela nem mesmo por um segundo, ele precisava a tocar, a sentir. Logo.
Bea abriu a porta do quarto e entrou silenciosamente, se virou para Zab que estava parado na porta. Ela aproveitou o momento para fazer o mesmo que ele: eternizar seus traços no coração.
- Você não vai entrar? – a voz rouca de Bea perguntou, quase em um sussurro.
- Você quer que eu entre? – perguntou Zab.
- Sim, de todas as formas – respondeu Bea com um sorriso tão sacana no rosto que qualquer resquício de sanidade que Zabdiel ainda tinha, foi para o espaço naquele momento.Zab passou pela porta e a fechou o mais rápido que pode. Bea se jogou em seus braços, sem nenhum impedimento, seu corpo pedia pelo dele. O beijo mais selvagem que já havia dado. As mãos passando pelo corpo de Zabdiel, o puxando para si, sentindo contra sua intimidade o quanto ele também estava correspondendo aos seus toques. A mão imensa de Zab desceu, apertando a bunda de Bea que suspirou contra sua boca, o deixando com ainda mais vontade de a ter. Bea arranhou as costas dele enquanto o mesmo mordia seu lábio inferior. Eles se separaram sem perder os olhos um do outro, Zab desceu a alça do vestido de Bea lentamente, uma após a outra o libertando para que a seda finalmente deslizasse pelo corpo da mulher. O conjunto de renda o fez sorrir. Bea não podia mais esperar, precisava dele e Zab apenas assistiu enquanto ela tirava suas roupas. Puxou sua camiseta de forma lenta, propositalmente roçando suas unhas na pele nua de Zabdiel e após isso desceu as mãos para o cós da calça e a abriu. Zab a puxou contra si, se colocando atrás dela.
- Você não acha mesmo que vai me tocar primeiro, acha? – ele sussurrou contra seu ouvido, os pelos de Bea se arrepiaram.
- Parece que não – ela rebateu, a voz tão rouca que nem se reconhecia.
- Que bom, porque essa noite é toda sobre você – e foi com essa frase que Bea assumiu para si mesma que estava perdidamente apaixonada por ele.Zab deslizou a mão pelo corpo de Bea. Acariciou as marcas em sua barriga, que ela tanto tinha pavor antes de finalmente colocar a mão sobre seu seio e a outra sobre sua intimidade. Bea acreditava que aquelas eram as caricias mais prazerosas que ela já havia sentido na vida mas seu pensamento mudou assim que ele pousou sua mão na calcinha já molhada da garota.
- Beatriz – ele gemeu seu nome – Você tá tão molhada.
Bea respondeu com uma rebolada sobre sua mão, as palavras faltando. Zab fez leves círculos sobre seu clitóris e Bea se afastou um pouco para poder também retribuir o que Zab fazia, mas antes que pudesse finalmente toca-lo ele a afastou.
- Porque você tá me judiando tanto? – ele sorriu em resposta.
- Mi amor, já disse que essa noite é sobre você – ele a puxou para a cama e a deitou – Apenas sobre você.Zab se ajoelhou na beirada da cama e tirou a calcinha de Bea. Beijou o interior de suas coxas e então a olhou enquanto sua língua brincava com a garota. Zab estava em transe, observar Bea se contorcer contra ele era a coisa mais prazerosa que já havia visto na vida, seus gemidos abafados eram tão sexys que ele pensou que talvez pudesse gozar ali mesmo, sem qualquer estimulo maior. Antes de Bea chegar ao clímax, ela mesmo o impediu. Se afastou e puxou Zab para a cama, o tesão tão aflorado que não podia mais esperar para o ter.
- Eu disse que... – Zab tentou falar mais foi interrompido.
- Que essa noite era sobre mim – ela respondeu afoita enquanto tirava sua calça – E você sabe o que eu quero então? – ele sorriu – Te ter. Dentro de mim. Agora.As próprias palavras de Bea a fizeram corar, mas Zab só conseguia se encantar mais ainda por ela. Bea tirou sua última peça de roupa e o observou por um momento, ele estava tão pleno que ela só conseguia pensar se ele se manteria assim por muito tempo. Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Zab a puxou contra si e a virou, ficando por cima dela. Bea o beijou uma ultima vez e ele se ajeitou antes de finalmente a penetrar. E ali estava ela o fazendo nomear “prazer” a um novo nível. Os gemidos e os suor se misturando, as mãos entrelaçadas e seus olhares perdidos um no outro. A noite quente que os dois jamais iriam esquecer.
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Juegate La Suerte
Short StoryUma noite. Dois corações batendo em uma dança sincronizada. Dois corpos em perfeita sintonia. || Especial Beadiel - Zabdiel De Jesús • AU Juegate La Suerte, disponível no twitter: @cncoarts