The Movie of My Life | Z.J.

26. Cinco Minutos.

🌪
𝒩𝒶𝓇𝓇𝒶𝒹𝑜𝓇  
___________________

A terça de Zabdiel passou incrivelmente rápido — especialmente pelo fato do garoto estar se sentindo muito mais leve depois de sua conversa com Renato.
Já o de Cecília, seguiu na velocidade de uma tartaruga, graças as suas inúmeras aulas e tarefas pendentes da faculdade. Fora, também, pelos comentários incríveis, relacionados a seu novo romance, que seus colegas de turma faziam a cada cinco minutos para a mesma. Mas ainda que toda a situação fosse difícil para a garota, Cecília não deu o braço a torcer, respirou fundo e seguiu firme.

Infelizmente, por toda loucura que estava a vida dos dois, o nosso quase-casal não conseguira se encontrar, assim como desejavam. Então, por isso, decidiram marcar algo para o dia seguinte, quarta-feira.

FLASHBACK ON.

— Os shows eram uma loucura, Cecília, você não tem noção!!!

Zabdiel contava entusiasmadamente enquanto Cecília tentava escolher um filme para eles assistirem.

— Você ama mesmo tudo isso, né?! - perguntou, deixando o controle que estava em seus mãos em cima de sua cama.

— Fazer show?

— Fazer show, viver da música, espalhar sentimentos bons através da sua voz... Tudo isso. - explicou, dando de ombros.

Abriu um largo sorriso e respondeu:

— Sim... Isso é minha vida. Eu achava que algumas pessoas nunca iriam conseguir entender de verdade isso que eu vivo, isso que eu sinto... mas você entende, porque eu acho que o que eu sinto pela música é exatamente o que você sente pelo mundo cinematográfico.

— Juro que pra mim não existe nada mais gratificante do que ver pessoas sendo verdadeiramente felizes com o que fazem... - pensou alto. — Sei lá. Meus pais são advogados e o maior sonho deles era que eu seguisse a mesma carreira, assim como toda a nossa família. Eu tinha inúmeros motivos pra negar, mas eu recusei, principalmente, pelo fato de que eu não queria trabalhar e, consequentemente, viver disso sendo infeliz. Porque é isso que nos tornamos quando nos doamos à algo que não desejamos... Nós nos tornamos infelizes. Acho que é por isso que fico tão emocionada quando vejo as pessoas seguirem e cumprirem seus verdadeiros sonhos... porque eu sei o quão largo e difícil é o caminho pra conquistá-los.

Parou sua reflexão quando olhou para o rosto do garoto e o encontrou estagnado, encarando-a.

— Que foi?

— Eu já perdi as contas das vezes que você conseguiu me impressionar desde quando nos conhecemos.

Riu, envergonhado.

— Você é tão incrível, Cecília... Sei lá, eu te olho e só consigo ver luz... Uma tão forte como a do sol.

Passou os dedos pelo rosto da menina.

— Vou começar a ficar mal acostumada com o tanto de elogio que eu recebo de você... - brincou. — Mas você também é incrível, Zab.