Amigas de Quarto | Seulrene

CAPÍTULO 17.

Naquela altura do campeonato, basicamente a maioria do 'campus' já sabia da notícia tão "abaladora" sobre a suposta traição, que não é tão suposta assim, de Kang Seulgi em sua namorada, ou melhor, ex-namorada, Jisoo. Pois é, não é difícil de se imaginar o fato do resto da universidade estar sabendo também. Porém, o dia passou. A Kang nem sequer esperou sua amiga para voltar para casa. Irene foi com Minho.

E por falar nela, a Bae ficou sabendo da tal notícia através dos cartazes da escola. Sentiu um certo aperto no coração, não por estar envolvida, mas pela Seulgi mesmo.

Ela chegou no apartamento não conseguindo pensar em outra coisa se não os próprios cartazes espalhados e a foto misteriosa que alguém fez questão de tirar. Apenas uma dúvida invadia sua cabeça. Joohyun sabia bem que Seulgi não estava para conversas, porém ainda assim queria interrogá-la.

— Seulgi. — pronunciou o nome da garota logo quando adentrou no apartamento. Jogou suas coisas no sofá e notou que a mesma se encontrava no quarto, parecendo querer cavar um buraco no chão de tantas voltas que dava. — A gente precisa conversar. — enunciou estando na porta, mas a Kang ainda estava irada com tudo, que sequer queria dar ouvidos.

Irene carregava consigo a foto espalhada pelo 'campus'. Acreditem, ela estava tão nervosa quanto a outra garota. Mas eliminando esse fato, vamos nos lembrar de que a noite passada não havia sido nada fácil para ambas, já que quase cometeram um "erro", mas foi só quase. Joohyun ainda queria evitá-la pelo "quase beijo" de ontem, mas era impossível naquele momento: precisava saber o que estava acontecendo.

— Irene, por favor, não quero conversar. — Seulgi proferia nervosa, tentando falar com Jisoo pelo telefone. Ela parecia querer explicar sua situação, mas nem imaginava o que de fato acontecia.

— Tem certeza que não? Cara, olha isso aqui! — apontava para a foto. — Isso aqui estava espalhado por todo o 'campus'!

— Acha que eu não fiquei sabendo? A própria Jisoo fez questão de me mostrar! — respondeu nervosa.

— Como ficaram sabendo disso, Seulgi?

— Irene, eu não sei, ok? Por que está perguntando isso pra mim?

— Bom, até então nós éramos as únicas a saber sobre aquela noite!

— Pois é, mas de alguma forma alguém descobriu e isso chegou até a Jisoo! — Seulgi mal encarava Irene, apenas se concentrava em seu celular.

— Quer parar de mexer nesse seu celular?

— Estou tentando ligar para Jisoo! Eu preciso conversar com ela!

— Mas vocês já não conversaram?

— A gente terminou, Irene, terminou! — gritou desesperada.

— E você acha que ela vai querer te atender?

— Pelo menos eu preciso tentar!

— Seulgi, não seja idiota! Não vê que ela está chateada?

— Por isso mesmo! Eu quero explicar pra ela que eu estava bêbada e... — de repente suas palavras não saíram. — É, acho que isso é perda de tempo... — Seulgi abaixou sua cabeça e jogou seu celular na cama, logo se sentando nela. — Não queria ter sido a idiota, cara... eu deveria ter feito as coisas certas. Mas eu comecei errado e é óbvio que isso terminaria da mesma forma... — suspirou profundamente. — Ela tem razão: eu sou uma inútil.

— Não, Seulgi. — então Irene se sentou junto a ela na cama, pondo-se a consolá-la. — Não tinha como nós sabermos... estávamos bêbadas.

— Irene, não adianta tentar ver o lado certo dessa história, porque não existe. Eu estraguei tudo.

— Todos nós cometemos erros, Bear. O importante é reconhecermos e não voltarmos a cometê-los outra vez.