A Janela a frente...

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Odiava a solidão, porém para ela não fazia questão. Achei que ela era só, assim como eu, mas sempre que a via pela janela, era para borrifar água em seus lírios-brancos ao pé da parede.

"A companhia dela era os lírios?"

"Odeio Flores. Mas você
as ama?"

Seus fios de cabelo liso sempre eram desajustados, junto a um coque mal feito, sem maquiagem e sua pele era levemente acneica. O reflexo do sol de final de tarde batia sobre alguns fios de seu cabelo marrom, ficando cada vez mais claro junto aos seus olhos.

- Eva! Venha me ajudar! - Enfim você virou é parou de aguar os lírios, era sua mãe? Você pareceu ser gentil, saiu correndo de seu quarto e fechou a porta.

É foi aí

que

tudo começou.

Quando abri mais a cortina azul de minha janela, tendo a melhor visão de seu quarto, percebi que era desorganizada ou preguiçosa por manter as coisas fora de seus lugares.

"Odeio coisas fora de seus lugares,

parecia ser um hábito seu?"

O quarto era em branco, não via sua personalidade nele além de sua desordem. Somente havia um quadro imenso que parecia ser uma fotografia antiga, uma fotografia de infância, parecia ser adorável, mas pelo ângulo contra a visualização do retrato na janela, me pareceu que você não gostasse dessa foto.

"Você está passando por

momentos difíceis?"

"Ainda não se conhece?"

"Porquê esconde ou ainda mantém uma foto de infância imensa em seu quarto?"


"Tarde demais, já estou curioso demais na vida alheia, vou evitar olhá-la.."

Assim fechei a cortina azul.

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⏰ Última atualização: Feb 15 ⏰

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Lírios; caiam em meio ao amor platônico do rapaz por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora