Capítulo 1: Perdoar e esquecer

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Só pra lembrar que estou somente traduzindo e a fanfic original pertence a wayheda

"Temos que resgatar as pessoas que amamos", afirmou Hope mais uma vez, olhando para o céu.

"Vamos buscar a sua mãe, Hope. E a Octavia também. Eu prometo. Faltam apenas 3 anos para os discípulos virem para buscar Orlando, então podemos salvá-los". Echo sorriu para ela, colocando sua cesta de vegetais no chão e caminhando até a garota. Os olhos lacrimejantes de Hope olharam para Echo com confusão ao invés de conforto.

"O que há de errado?" Echo perguntou, colocando a mão no ombro de Hope. "Você disse minha mãe e Octavia", disse Hope, sorrindo um pouco apesar de seus melhores esforços, "você nem mencionou Bellamy". A Echo deixou cair as mãos ao lado do corpo e voltou para as plantas de tomate em completo silêncio.

"Você não sente falta dele?" Hope perguntou, claramente alheia ao ar proposital com que Echo ignorou a declaração. Echo pegou um tomate da videira, olhando para a floresta com o foco embaçado. Hope suspirou, caminhando até ela e colocando a mão em seu ombro. Echo colocou a mão gentilmente sobre a de Hope e não disse nada.

"Echo?" Hope perguntou, virando a garota para encará-la: "Qual é o problema? Vamos, fale comigo. O que está acontecendo?". Os olhos da Echo evitaram os de Hope com uma graça decidida, mas suas palavras seguintes foram claramente audíveis no silêncio do meio-dia: "Você me perguntou se eu sinto falta dele. E sinto." ela sussurrou quando o rosto de Hope caiu ligeiramente, "Só não tanto quanto eu pensei que faria. E não o suficiente".

Com isso, Echo deixou cair sua cesta no chão, girou e correu para a floresta. Hope ficou parada, chocada com o quanto a ex-espiã havia compartilhado, sem saber como se sentia sobre o que havia dito. Levou um longo minuto antes de se abaixar, pegar os vegetais derramados da Echo, colocar a cesta embalada às pressas na frente da cabana e correr atrás dela para a floresta.

***

"Echo?" A Hope chamou através da névoa da noite

O sol havia começado a se pôr rapidamente e Hope estava desesperada para encontrar a Echo antes do anoitecer. "Echo, por favor, venha falar comigo", ela chamou freneticamente, sabendo que a mulher só seria encontrada se quisesse. Mas de alguma forma, Hope sabia que a encontraria em breve. E de alguma forma ela sabia exatamente onde estava: seu lugar. Nem mesmo Gabriel sabia disso.

Hope tinha certeza de que Orlando também não. Isso é o que o tornou delas. Hope parou em seu caminho e desviou para um caminho quase invisível por entre as árvores. Ela podia ver o sol se pondo sobre o lago, e a tonalidade verde da ponte estava brilhando com uma provocação misteriosa. Hope levou um momento para olhar para a massa linda que a deixava tão brava, mas ainda tão feliz.

Ao menos, ao contrário de Octavia, ela sabia que a ponte não estava realmente sob o lago. Bem, a névoa verde não poderia levá-la para pegar sua mãe de qualquer maneira. Ou tia O. Ou ainda, Hope suspirou alto, Bellamy. Com isso, a garota começou a andar novamente e logo chegou à beira da água. Ao descer com cuidado uma encosta íngreme e rochosa de uma praia, Hope pousou de quatro na costa.

Hope se levantou e parou novamente, deixando a água fria rolar sobre os dedos dos pés descalços e tendo a vista da ponte. Ou como Echo chamou, a Anomalia. Hope geralmente entendia Echo. Mais do que ela entendia Gabriel, isso é certo. Mas Hope era boa em entender a Echo, o que a maioria das pessoas definitivamente não era.

A Echo nem sempre dizia o que queria dizer, mas com Hope, ela não precisava. Mas Hope simplesmente não conseguia entender por que a Echo a chamava de Anomalia. Ou por que era tão difícil para ela admitir que não sentia falta de Bellamy. Não é como se Hope já não soubesse disso. Echo não o mencionou por 5 meses e 3 dias. Não é como se Hope estivesse contando ou algo assim.

O jato de água fria do lago silencioso tirou Hope de seus pensamentos. Caminhando com cuidado ao longo da praia estreita, a garota distraidamente olhou para suas roupas. Elas estavam maltrapilhas e não se podia chamá-las de limpas, mas a luz da Anomalia as fazia parecer aceitáveis. Ela era uma fada em um conto de fadas. Ela era uma Hespéride. Hope sorriu com isso, pensando em Tia O, mas um acidente repentino a tirou de sua memória.

"Echo?" Hope agiu com antecipação, correndo ao longo da praia. Seus pés deslizaram na areia úmida, mas em 20 segundos ela estava exatamente onde deveria estar. "Echo!" Hope respirou, observando a forma curvada da garota, sob a proteção de sua caverna. Bem, era mais uma fenda, na verdade. Hope correu para Echo, jogou os braços em volta dela e a abraçou o mais forte que pôde.

Os soluços da Echo foram do ar da caverna escura até o ombro de Hope, quando ela finalmente deixou as lágrimas caírem. Hope ficou tão comovida com os gritos de Echo, que lágrimas escorreram de seus olhos também. Por alguns longos minutos, elas simplesmente ficaram ali, envolvidas nos braços uma da outra, deixando seus verdadeiros sentimentos para fora. Quando não houve mais lágrimas, Hope recuou e encostou a testa na de Echo. É o que sempre fizeram. Significou muitas coisas: obrigado, desculpe, está tudo bem.

E embora nenhuma delas fosse admitir, tinha um último significado: eu te amo.

***

I (Ec) Hope You Know How I Feel || Echope (tradução PT) Onde histórias criam vida. Descubra agora