ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]

💐 ᴇsᴘᴇᴄɪᴀʟ | ᴀᴘʜʀᴏᴅɪᴛᴇ

ʙᴏᴍ ᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴏ ᴅᴇ sᴇᴍᴀɴᴀ 🌻

ᴇssᴀ ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴇ́ ᴜᴍ ᴇxᴛʀᴀ ᴅᴀ sᴀɢᴀ ᴅᴇ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs ᴅᴀ -Martell — ᴏɴᴅᴇ [s/ɴ] ᴇ́ ᴀ ʀᴇᴇɴᴄᴀʀɴᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴇ ᴀғʀᴏᴅɪᴛᴇ, ᴇ ʙᴀᴛᴍᴀɴ ᴇ́ ᴀ ʀᴇᴇɴᴄᴀʀɴᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏ sᴇᴜ ᴀᴍᴏʀ.

"Afrodite apaixonou por um mortal quando desceu do Olimpo. Você é ela. E eu sou Ajax."

AQUELAS PALAVRAS não faziam sentido algum para alguém que nunca sequer poderia se identificar com Afrodite. Sua mente teimava em recusar, mas sua alma estava de volta às chamas divinas. E o espelho não mentia.

Aqueles olhos que o morcego tanto se pegou olhando, aqueles que alternavam entre lindas cores, mostrando uma beleza que [S/N] nunca fez questão de notar.

Você se encontrava em um grande dilema. 

Não poderia, em nenhuma hipótese, ficar sozinha com Batman. Não poderia, em nenhuma circunstância.

Pois seu corpo lhe trairia. Sua alma também.

Não houve toques. Não houve juras de amor. Não houve a doce melodia de seus lábios, um contra o outro. Mas o ar — ainda sim — faltava. O coração batia acelerado. Parecia que não havia chão embaixo de seus pés.

E o mais perigoso, você sabia que também não havia chão para o Batman. Podia sentir. Sentir seu peito subindo e descendo. Seu calor, emanando do traje revestido. Sentir a profundidade de seu olhar, mesmo sem nunca a máscara ser tirada.

E a melhor maldição, era sua voz. O modificador não podia esconder. Era aquela voz forte, grave e profunda — que exalava confiança —, que atraiu sua atenção há séculos atrás.

Que os colocou ali. Que fazia seu peito doer, como nunca um ser humano pôde sentir.

Porra. Seus joelhos não podiam aguentar. Sua respiração se atrapalhava.

Você podia lembrar. Lembrar de antes de conhece-lo, onde somente a adoração ao seu templo — o templo de Afrodite — podia lhe trazer tamanho prazer. Lembrar dos romãs. Lembrar de vê-lo em sua tenda, de suas feições.

Lembrar de noites que nunca teve. Lembrar de sorrisos que nunca viu. De dores que nunca testemunhou e de famílias, que nunca construiu.

Lembrar de como sua personalidade mudou, através do tempo, em nome do amor.

O poder. Não aquele que emanava de seu ser ou de sua boca, de suas vontades ou de suas mãos. Não, o poder sem igual. O poder que o homem morcego tinha sobre si.

A atração. A maldita atração. Era como um imã. Como polos oposto, puxando um a presença do outro.

Como? Como poderia ter, aquelas duas almas, tamanha vontade de se unirem, em mais de uma vida?