Catherine é uma menina linda que vive com o seu "clâ" de meninas mais populares da escola. Mas além de tudo isso ela tem alguns segredos e medos que nunca contou a ninguém. Até ela conhecer o irmão mais velho de sua nova amiga. A atração entre eles...
Me acordo com o barulho da chuva caindo no telhado. Levanto-me e vou até a janela. Hoje,pois já é 6:00 da manhã,faz dezessete anos que minha mãe morreu. E hoje é meu aniversario de dezessete anos. Anthony,meu pai,vai passar o dia todo trancado no escritório chorando. Nunca comemorei meus aniversarios, acho que justamente por ter nascido no mesmo dia da morte da minha mãe. Ou melhor,por ter sido a culpada da morte dela. Ela morreu no parto,por mim. O que sei dela foi contado e visualmente a conheço por fotos e vídeos. Ela era identica a mim. Ambas com o cabelo quase platinado de tão loiro, olhos azuis, e a pele de porcelana. Porém,na verdade queria ter puxado a sua personalidade. Mamãe era uma ótima filha,uma ótima irmã,e para o meu irmão mais velho foi uma ótima mãe. Nem meu irmão, Edgar, nem meu pai culparam-me pela morte dela,mas eu sei que fui culpada,de alguma forma. Olho o relógio novamente,já se passou uma hora. Melhor mesmo começar a me arrumar,além do dia ser um dos mais turbulentos da minha vida,também é o primeiro dia de aula. Saio da janela e vou para o banheiro tomar banho. Como sempre preciso estar linda. Não é de graça que se vira a menina mais popular de uma escola. Na Finllinton School quase todos são falsos uns com os outros,nunca tive uma amiga verdadeira. Mas,claro,tenho o meu clâ. Nele estão as meninas mais populares da escola e a líder delas sou eu. Nós não somos amigas,só andamos juntas e fazemos fofoca da vida de todas as pessoas da escola.
Meia hora depois estou completamente arrumada. Uso um vestido rosa claro rendado;
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não uso maquiagem muito pesada,estou com um batom rosa clarinho e uma sombra quase da cor da minha pele sobre minhas palpebras. Meu cabelo está perfeitamente escovado. Abro a porta do meu quarto e saio em direção as escadas que dão para o andar inferior. Quando chego na cozinha sinto um forte cheiro de café sendo passado.
- Caty,meu anjo. Você pode ir até o restaurante Crake hoje? Depois que eu vir da faculdade não tenho tempo para cozinhar e vou ir para lá para nós almoçarmos. Ah, e feliz aniversário!- diz meu irmão Edgar em disparada enquanto me da um rápido abraço. - Bom dia para você também- digo me sentando na mesa e servindo uma xícara de café. Edgar tem 21 anos e estuda em Kingston,uma universidade que fica no limite da nossa cidadezinha. É difícil ele preparar o café, sempre é o papai que faz isso...a não ser nesse dia. Meu irmão tem o cabelo mais preto que já vi na vida e tem uma condição rara chamada heterocromia, Edgar tem um olho da mesma cor azul dos meus e o outro da cor de uma floresta e, para realçar tudo isso, ele tem a mesma pele de porcelana que a minha. Nossas semelhanças acabam aí, meu irmão é o ser mais enérgico que já vi. Consegue ficar falando durante horas. Sentado no outro lado da mesma ele olha para o relógio e exclama: - Por favor vai mais depressa! Ainda tenho tempo de te levar para a escola...
Como o mais rápido possível e pego minha bolsa para,enfim, enfrentar o longo dia. Edgar e eu entramos dentro do carro dele e após darmos partida não demora muito para ele colocar uma música do Frank Sinatra. É engraçado pensar em uma personalidade para o meu irmão, ele é o cara que pode curtir uma balada com pessoas da idade dele,mas também pode ir para um almoço com veteranos da segunda guerra mundial que ainda vai achar o que conversar. Ele pode em qualquer dia do ano chorar pela mamãe,mas no dia do aniversario da morte dela ele age com indiferença e tenta ao máximo me fazer curtir o dia do meu aniversario. - Frank Sinatra ou Nirvana?- pergunto para ele só para debochar,sei que Edgar não consegue escolher entre eles. - Killie Jenner ou Kim Kardashian?- é a vez dele de me encurralar. Quando faço cara de surpresa por ter sido pega desprevenida ele fala com ar arrogante: - Touché! Passamos o resto do caminho debochando um do outro com coisas fúteis. Quando chegamos ao estacionamento eu despeço e entro pare dentro da escola. Coloco o pé para dentro e Millie e Kant (membras do clâ) vem em minha direção. - Que Deus me ajude!- murmuro para mim mesma enquanto elas se aproximam.
