CAPÍTULO I: KRAKEN, O TITÃ.

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GALÁXIA: TORPHINN
PLANETA: VORTIN
ANO: 2.349 A.C

A atmosfera de Vortin era sombria, nenhuma luz conseguia penetra-la facilmente, apenas feixes fracos tinham sucesso, um planeta rochoso e elevadiço, cristais negros e vermelhos brotavam da terra como se fossem flores. Esse lugar tinha tempestades constantemente, mas nenhuma gota d'água caia. No espaço dessa galáxia até as estrelas eram diferentes, eram vermelhas com roxo, uma galáxia totalmente sombria.
Um grande tremor iniciou-se, meteoros se colidiam fortemente contra o solo de Vortin, abrindo crateras enormes e revelando a lava que estava oculta a tempos, uma grande esfera colorida irradiando calor e energia, estava caindo do céu e indo de encontro ao chão.

Depois da queda da estrela, uma névoa estava sobre o solo, nada se via, estava muito quente e abafado, com certeza um humano não sobreviveria ali. De uma cratera imensa, lotada de lava, ergueu-se aos poucos um corpo, era pálido, tinha o cabelo meio curto branco, e tinha olhos amarelos cheios de ódio, a lava escorria de seu corpo nu, lentamente ele saiu daquele buraco idiota.
Tentava repetidamente falar, mas não saia nada de sua boca seca, era como se não bebesse água a milhares de anos, depois de um certo esforço gaguejou as seguintes palavras:

- Destruir... Aniquilar...

Era a única coisa que lhe passava na cabeça, o seu maior desejo, estava fraco e cambaleando pelo chão tentando manter-se firme, até que suas forças acabaram. Sua mão foi de encontro ao chão e imediatamente uma rocha se ergueu, assustado com tal acontecimento, recuou; e ficou imóvel observando tal maravilha.

64 horas depois...

O ser ainda estava vivo, apesar de suportar uma tempestade glacial, mas estava faminto, não havia vida ali, seu desejo de matança aumentava a cada segundo, era como se nascesse pra isso.
Com a visão turva, questionou uma figura sinistra que vinha em sua direção, levantou-se rápido e esfregou os olhos; realmente algo estava se aproximando. Quando conseguiu enxergar a figura não se amendrotou com sua aparência, era sem rosto, apenas olhos azuis, e tinha duas espadas em suas costas, ele não a conhecia, mas sabia o nome: era uma sombra.
Ela sacou a espada, e avançou com toda velocidade, conseguiu se desviar do primero golpe mas o segundo o atingiu no peito, o incrível é que ele não sentiu absolutamente nada, num piscar de olhos arrancou a lâmina de seu peito e cravou no coração da criatura que imediatamente virou uma pilha de pó.

Sangue escorria da ferida, mas não sentia dor, o corte começou a se fechar até que não sobrasse nem cicatriz. O ser não ficou surpreso, mas também não ficou assustado, estava confuso sobre sua origem, olhou pra ferida que já não existia mais. Agachou-se é pos a mão no chão e enquanto sua mão estava ali, pode escutar o solo emitindo uma espécie de som e esse som se transformava em uma voz em sua mente.

- Lorde Kraken, o que posso fazer por você?

Deu um salto para trás, o que acabou de acontecer? Quem era Kraken? O solo realmente falou com você? Ou seria apenas ilusão, seria aceitável, estava a um bom tempo sem comer. Com cuidado, pós novamente a mão no chão, como da primeira vez, o som, e a transformação em voz.

- Não tema, eu sirvo ao senhor. O que deseja saber?
Ainda com a voz rouca sussurrou.
- O que... é você?
- Sou a Terra, sou os minerais, sou as estrelas, sou esta galáxia. Posso ser o que preferir.
- Como... pode haver... algo vivo...nessas condições?
- Sou um ser sem forma, sou tudo que está dentro dessa galáxia, posso sobreviver sem me alimentar, por falar nisso. Não está com fome meu lorde?

A terra lera sua mente, como seria possível.
- Sim... estou faminto, mas não há nada aqui além de mim.
- Meu senhor, existem muitos outros com o você, os titãs são os primeiros seres vivos do universo, mas não se preocupe lhe darei algo que irá saciar sua fome.

O chão estremeceu, e um buraco se abriu, tinha um líquido vermelho?Era um vermelho vivo, o que lembrava bastante o sangue. Tinha um cheiro bem apetitoso, o ser não sabia o que era mais sua fome aumentava gradativamente ao olhar para o líquido, por fim cedeu a imensa vontade, conforme mais bebia mais sua sede aumentava, mas agora era outra coisa.

- Satisfeito meu senhor? Antes de tudo queria me apresentar.

Pedaços de pedras, e minerais começaram a levantar do chão, formando uma forma física da Terra.

- O que é você? E... Eu posso confiar em você?
A Terra,
- Não tema meu lorde, mostrarei o que o senhor pode fazer e o que tem que fazer.
Podia parecer impressão, mas Kraken, viu a Terra dar um sorriso demoníaco.

Algum tempo depois a Terra estava contando a Kraken o que ouve.

- Não... Você entendeu errado, desculpe. Os celestiais mexeram na linha do tempo, milhares de vezes, para que seu nascimento se realizasse. A verdade é que não sabem que você é, se soubessem não teriam matado o próprio Tempo.

Kraken estava confuso, como assim o Tempo não queria que ele nascesse, e o Tempo era um ser vivo, ou um forma de dizer?
- E  o que eu sou? Tenho algo que esses celestiais querem? E porque eu,  como você mesmo disse existem  mais como eu  por aí

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