DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)

(47) " ... isso foi a bater? "

Querida mandy,                                                                                                                28 de Novembro de 2007

Sinceramente não sei o que te dizer, nem o que pensar ou sequer sentir sobre tudo isto...

Quer dizer vives na Califórnia e bem...vamos só dizer que as coisas aí são muito mais bonitas...ou na minha linguagem são todas boas.

Quer dizer na imagem de turismo da tua cidade, as raparigas andam só de shorts e biquínis. (o que na nossa relação vai ser isencial)

Mas agora a sério. Mandy eu gosto muito de ti mas nem sequer nos conhecemos e estamos a um estúpido oceano de distância um do outro. Acredita que se pudesse nadar até aí ao outro lado eu o faria.

Afinal és a minha melhor amiga, certo?

Amo-te mais do que tudo,
M.

As vezes consigo ser tão estúpido mas tão estúpido ao ponto de fazer o Justin Bieber rapar a sua crista de galo dominante. (O que é quase impossível, porque sinceramente o que seria das suas gali...quer dizer fãs sem isso.)

Ri-me levemente da minha própria piada, enquanto deixava a colher de plástico mergulhar na taça de gelado o que me estava a auxiliar para esquecer a Amanda mas não estava a resultar porque própriamente estava na sua gelataria preferida a comer o seu gelado preferido na nossa mesa habitual distânciada de todas as outras mesas.

Suspirei levemente, levando ás mãos á cara, mas qual era o nosso problema? Porque é que isto estava ser tão complicado, se nunca foi?

- Estás bem? - ouvi uma voz delicada dizer fazendo-me elevar a cabeça das minhas mãos.

Observei á minha frente uma rapariga loira de olhos castanhos chocolate a sorrir levemente para mim, que rondava perto da minha idade. Olhou á sua volta e ageitou o seu avental antes de se sentar á minha frente e pousar o queixo na sua mão direita.

- Eu sei que não tenho nada a haver com isto mas aquela miúda? A Amanda acho eu. Não costumavas vir aqui com ela?  - disse ela rápido num tom curioso tornando a sua voz doce num algo que irritante.

Passei as mãos pelo meu cabelo despenteado e fechei os olhos levemente antes de os voltar a abrir e a observar. Eu sei que é longe demais das coisas impossíveis das raparigas fazerem mas era uma coisa que elas não conseguiam parar de fazer, cuscar. O que me irritava bastante.

- Desculpa lá mas, o que é que tens a haver com isso?  - resmungei arquiando uma sobracelha na sua direção.

- Está amuado o bebé? - respondeu a loira numa voz de criança e a fazer beichinho, o que me fez sorrir levemente por me fazer lembrar ela.

Quando me parei de rir, ela sorriu-me levemente. Ela até que era atraente, a sua pele era morena e o seu cabelo loiro fazia destacar os seus olhos cor de chocolate.

- Seja o que for sê sincero com ela, a sinceridade é arma mais forte numa relação. - declarou, agarrando as minhas mãos que se encontravam em cima da mesa e dando-lhes uma leve pancadinha com a superior sobre a dela e as minhas. - Bem, vai um café? - perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Observei por uns momentos o seu corpo a espreguiçar-se o que fez destacar os seus seios empinando-os para a frente.

- Então querias-me ajudar ao era só mesmo para me suavizares a comprar mais alguma coisa? - perguntei ajeitando-me no meu lugar e lambendo os lábios.

Ela virou-se na minha direção pousando a caneca e enchendo com o jarro de café.

- Isso e fiz uma aposta com o James do balcão de como vocês voltavam. - sussurrou discretamente, observando a caneca a encher e fazendo-me sorrir levemente.

Agradeci-lhe pelos poucos minutos de conversa e observei-a a ir para detrás do balcão, rindo-se levemente para o rapaz moreno que se encontrava lá e beijando-o. Devia ser o James. Aquela imagem ainda me fez sentir pior.

Tenho saudades dela. Nunca pensei dizer isto mas tenho e dói muito até mais do que alguma vez pensei porque nunca me passou pela minha cabeça que chegasse a isto, numa incrível racha incessante a atravessar o meu coração.

Uma sombra caiu sobre mim, fazendo-me tirar as mãos da cara e olhar para o lugar encontrando quem menos queria ver agora.

- O que é que foi, meu? - perguntei, fechando os punhos e pousando-os na mesa.

- Primeiro, esse calão é horrível. Segundo, eu não sou teu nem quero ser e Terceiro, vim em paz e acredita que tenho tanta vontade de falar contigo como de enfiar um garfo no olho. - declarou na sua normal voz rouca e pousou os óculos de sol na mesa, revelando um olho negro.

A única coisa que não me fazia odiar era o facto de fazer a Armanda feliz, se não juro que lhe partia a cara toda.

- Mike...isso foi a bater? - perguntei numa voz de gozo, apontando para o meu olho direito e começando a rir.

- Goza, goza. - afirmou revirando os olhos.- Posso ser gay mas oposto que como mais do que tu. 

Ao ouvir aquelas palavras, bufei ficando logo sério o que fez o idiota rir-se como um parvo.

- Olha, despacha-te lá para poder sair daqui porque como vez estou muito ocupado. - dialogei sarcásticamente, olhando á minha volta e não havia ninguém.

- Ela precisa de ti e muito mais desde que o Thomas morreu. - eu acenei levemente as suas palavras para ele continuar. - És muito importante para ela e ainda por cima ela teve uma baix...- ele rapidamente se calou quando se apercebeu de que não sabia sobre essa informação.

- Uma baixa? - perguntei firmemente, inclinando-me sobre a mesa.- O que é queres dizer com isso? 

Mike não disse mais nada mas as suas feições diziam que era algo grave. Apressei-me a à levantar-me do meu lugar, tirar uns trocos dos bolsos, atirando-os para a mesa e correndo fora do estabelecimento.

Baixa. Baixa...essa palavra não parava de ecoar na minha cabeça. Baixa? Hospitalar? Não, pode ser isso.

Passei o cartão pela fechadura eletrónica, abrindo a porta e entrando na suite de quatro quartos. Observei os rapazes por uns momentos a jogar xbox na t.v e respirei fundo mas ainda me fez mais irritado.

- Onde está ela? - perguntei quase a gritar o que fez a cabeça dos rapazes disparar na minha direção.

A sua cara admirada, fez-me revirar os olhos enquanto me dirigia ao quarto do Ashton.

Estava irritado por não me ter contado mais e ainda mais por fazer os rapazes mentir-me, ela têm os seus dotes.

Eu sei, eu sei. Shit autêntica mas já sabem as aulas e bla bla bla. Eu sei que odeiam estás notas, darlings porque eu também as odeio e o mais provável é saltarem-nas como eu faço mas PROMETO-VOS QUE O PRÓXIMO CAPITULO VAI EXPLODIR TUDO! *evil laugh*

Sempre a um capítulo de distância,
BAWRBIE.