Há seis dias para o Natal,
Meu verdadeiro amor enviou a mim, um noivo.¹
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RyuJin
Marunouchi, Japão – 19 de Dezembro de 2020.
Tóquio estava extremamente fria, e esse fato só me fazia odiar ainda mais aquele dia. Mesmo que com um sobretudo jogado por cima das roupas sociais, o cachecol em volta do pescoço e luvas aquecendo minhas mãos, ainda assim, o frio castigava toda e qualquer pele que eu ousava deixar exposta.
Passavam das sete horas da noite, quando consegui chegar ao último andar do prédio. Kaori digitava freneticamente em sua mesa, na antessala que dava acesso ao escritório do meu avô, notando minha chegada ao ouvir meus saltos baterem contra o piso de mármore. Ela levantou o olhar apenas o suficiente pra me lançar um sorriso condescendente, aquele que sempre me dedicava quando sabia que vovô não estava em seu melhor humor.
Respirei fundo, sentando na poltrona defronte à porta do poderoso Nakayama, aguardando até que sua atenção estivesse inteiramente a minha disposição, mesmo que para isso fosse preciso que eu esperasse longos minutos.
A secretária continuava seu trabalho, e o som de suas unhas grandes demais sobre as teclas do computador, estava me irritando, porém, devo ser honesta em dizer que tudo, absolutamente tudo naquele dia estava me irritando profundamente. Desde o suspirar apaixonado que uma das funcionárias dava sempre que Jimin passeava pelos corredores do setor administrativo, até o som do ponteiro dos segundos soando como um martelar da minha própria sentença, naquela recepção tediosa.
Seokjin deixou o escritório de vovô intermináveis minutos após minha chegada, parando à porta e virando-se para encarar seu chefe, dedicando-lhe uma reverencia que, a meu ponto de vista, ultrapassava a linha tênue do que se consideraria respeitoso e ressoava fortemente como algum tipo de devoção.
O homem atravessou a recepção desejando uma boa noite à secretária e demorando seu olhar sobre mim, sorrindo em seguida e fazendo uma pequena reverência com a cabeça, o que não fiz tanta questão de retribuir.
Patético!
Não que Nakayama Yachi não merecesse devoção, muito pelo contrário, a forma como ergueu sua empresa do zero após as crises em que o Japão esteve depois dos bombardeios de 45, era notória, e as medalhas de honraria ou as chaves da cidade que recebia todos os anos pelos feitos à comunidade, não me deixavam estar enganada. Contudo, naquele ano em específico, algo ainda mais importante estava em jogo e os milhares de homens que passavam por aquelas portas sabiam disso, e estavam ali justamente pela oportunidade de tê-lo.
Ojiisan me perscrutou demoradamente, antes de voltar para dentro de sua sala, deixando a porta entreaberta numa permissão para que eu o seguisse, e assim o fiz. Troquei olhares uma última vez com Kaori antes de entrar e fechar a porta atrás de mim, suspirando longa e audivelmente, requerendo sua atenção.
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Brand New Eyes »» Lee Taemin
Fanfic"- Quero discutir todas as malditas cláusulas desse contrato. - continua segurando meu pulso, erguido diante de nossos rostos, enquanto rola o olhar até os outros, se fazendo decisivo. - Sou eu quem vou ter que conviver com essa selvagem, quero ao m...