P.O.V. Carol:
Eu ainda estava em choque com o que havia ocorrido, mas permanecia bastante tranquila para falar com o oficial, bom isso antes de falar com a Maya, ela me deixou um pouco nervosa mas eu precisava amenizar minha ansiedade, tentei me concentrar em alguma coisa, apesar de não parecer adiantar. Eu precisava encara-lo então sigo naquela direção que ele estava, me sento na cadeira e espero ele tomar a iniciativa.
– Boa noite, Senhora Carol, de acordo?
– Sim.
– A partir de agora toda e qualquer informação sua será usada para a resolução do caso Isaque! Iremos começar com o básico, quem estava com você durante essa noite?
– Eu cheguei com a vitima e Vitor, não entramos na balada de primeira, lembro de Vitor ir cumprimentar a Vick, e levar um pequeno fora dela e da sua irmã Maria.
– Bom... O que você fez depois?
– Adentramos na Balada e ficamos na balada, dançando, até que Isaque vai pegar algumas bebidas para nós e volta um pouco estressado, reclamando do que Igor disse a ele, desde eu me afastei deles e fui me sentar naquele barzinho.
– Interessante... você estava acompanhada de alguém?
– Estava sim, com a Maria.
– Vocês ficaram lá até o fim da noite? Não saíram para nenhum lugar?
Naquele momento minha barriga gelou, eu podia falar que eu tinha ficado com a Maria, ou apenas fui usar o banheiro, tive que pensar rápido então eu falei:
– Eu dei uma saidinha no banheiro feminino mas nada demais, quando eu voltei ali estavam todos ao redor de algo e as luzes acenderam.
– Interessante... exceto pelo fato de que o banheiro estava trancado antes da vitima morrer, mas me diga você sabe como a vitima morreu?
– Eu não sei, até porque você não deu essa informação para mim!
– Ele teve uma concussão craniana, aparentemente alguém bateu com uma garrafa na cabeça dele, que por sua vez coincide com a história que você me disse, saiu do bar com uma garrafa encontrou a vitima, deu o seu jeito e ali estava o corpo morto, mas o que mais intriga nessa história é saber porque o corpo aparentemente estava inconsciente! Você foi vista saindo do banheiro, e indo em direção ao corpo, uma atitude um pouco suspeita não acha?
– Eu não faço a menor ideia do que você está falando, eu não tive nada haver com a morte do Isaque, ele era como um irmão para mim, eu não seria capaz de se quer machuca-lo!
– A relação de irmãos de vocês está mais para Caim e Abel, mas eu nunca te disse que horas ele foi acertado com a garrafa!.
– Porque você não me conta logo e acaba com isso!
– Ele levou cerca de 30 minutos para morrer, pedaços da garrafa entraram em sua cabeça, ocasionando um desmaio por conta da pancada e da bebida, ele acordou 25 minutos depois e se locomoveu para pedir ajuda quando um pedaço do vidro deslocou para alguma parte do cérebro causando a sua morte no meio da multidão. Eu acho que isso foi demais para você, pode se retirar que eu irei chamar a próxima pessoa!
Eu saia com algumas lagrimas descendo de meu rosto e inconformada com a morte que meu amigo tinha levado.