P.O.V Maria:
Já seguia em direção aquela figura de autoridade, sento me na cadeira, espero por ele, que aparentemente estava tirando o tempo da pausa, eu estava tranquila não estava com algo preocupante, eu era totalmente inocente, até porque o tempo todo da festa eu estava com alguém perto de mim, minha consciência continuava limpa, mas essa realmente foi a festa do ano, teve até uma morte para marcar aquela data, com certeza isso não seria esquecido, volto a minha realidade quando vejo o oficial se sentar na cadeira, logo me encarando confesso ter me sentido intimidada e ele começa a me interrogar.
– Boa noite, Senhora Maria, estou certo?
– Sim mas senhora é um termo muito velho para mim!
– Maria a partir de agora toda e qualquer informação sua será usada para a resolução do caso Isaque! Iremos começar com o básico, quem estava com você durante essa noite?
– Bom eu estive inicialmente com minha irmã e depois estive com meus amigos, até que eu fui para o bar flertar com algumas pessoas.
– Eu ia chegar nessa parte , mas me parece que você está um pouco nervosa e querendo que isso acabe logo, mas se eu fosse você eu não daria esse mole, afinal além das evidencias os interrogatórios não estão nenhum ao seu favor.
– M-M-Mas eu estive com pelo menos uma pessoa durante essa noite... -Disse gaguejando e ainda um pouco confusa.
– Bom, você esteve com sua irmã desde o inicio da festa até ir ao bar, mas ninguém mencionou estar com você, ou ter paquerado você.
– Isso não é possível, depois que eu fui para o bar eu flertei com a Carol e depois nós fomos para o banheiro, eu estive com ela. -Ao fim de minha fala saiam algumas lagrimas de meu rosto e falava com mais intensidade.
– O banheiro feminino esteve trancado essa noite antes mesmo de acharem o corpo.
– Sim, mas a Carol trancou a porta antes de me contrapor contra a parede e me beijar. -Disse atropelando algumas palavras.
– Mas ela em momento algum mencionou ter ficado com você naquele banheiro, todas as outras coisas me levam a crer que foi você quem matou o Isaque, e não tenha nada que você possa dizer que me convença do contrário.
– Policial, não foi eu que matei o Isaque, tanto que uma menina bateu na porta e flagrou a gente se pegando por isso que nós paramos. Eu digo com toda a certeza que não foi eu que matei ele.
– Espere... uma menina flagrou vocês? Isso pode explicar muitas coisas, muito obrigado, Maria! O seu desespero e instinto de sobrevivência podem ter te tirado de um dos maiores alvos que podia ter. Você poderia, gentilmente, sair de minha sala e chamar o Igor!
Assenti com a cabeça limpando meus olhos que estavam cheios d'água, saia completamente mexida daquela sala andava em direção ao Igor e falava que o oficial estava a sua espera, vi minha irmã ali sentada no chão, me sentava ao seu lado e colocava minha mão por cima da sua.
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