Prólogo - Abandono;

1.2K 95 20
                                    


Agradecimentos:

Antes de começar a história, preciso dedicar/destacar de que servirá como uma homenagem a minha dobe tão especial para mim.

Dobe, conte comigo em quaisquer dificuldades e espero que nossa amizade seja eterna, eu te amo! Obrigado por oferecer-me a segurança em minha escrita, gratidão genuína. 


— A noite cuja deixou-me:

[Tóquio, 2009 às 02:54 a.m]

Naruto | POV

Sasuke estava estranho, sabia disso, porém não queria questionar todas as suas atitudes maledicentes em relação aos seus comportamentos peculiares. Apago todas as luzes com aspecto medieval de nossa casa, sentindo um incômodo em minha costela enquanto mordiscou meus lábios levemente apreensivo, não sabia distinguir a sensação ruim, porém sentia-me como se alguma coisa ruim estava por vir.

— Amor, não acha que deve estar descansado para trabalhar na empresa? Itachi não gosta de atrasos, porém se preocupa com você.

Havia entrado no quarto, observando-o sentado no computador com pequenas luzes espalhadas pelo lugar e analisando as costas de meu amado, obtinha-se pequenas sardas espalhadas enquanto os ombros másculos gritavam para serem ressaltados. Encaminho meu corpo até a cadeira do maior, começando uma massagem relaxante e sorrindo ao vê-lo suspirar extasiado.

— Naruto, putz... você não cansa de mimar-me como se fosse uma criança?

Executo um pequeno sorriso em meus lábios, mexendo nos cabelos negros do maior enquanto formo um pequeno coque na direção da nuca, deixando-o mais formal com um aspecto empresário dominador, coisa bem cinéfila. Distribuo selares pela região do pescoço do maior, ouvindo-o arfar enquanto me afasto aos poucos, não queria atrapalhar.

— Eu preciso treinar com você, Sasuke. Quando obtermos nosso filho, preciso estar experiente neste aspecto. — O loiro afastou-se do maior, retirando suas pantufas noturnas e deitando na cama tão confortável quanto os travesseiros acolchoado.

Sasuke não respondeu com uma linguagem verbal, mas executou uma linguagem não-verbal, soltou um suspiro pesado enquanto passou a mão por todo seu corpo. Sentiu uma dor considerável em seu peito ressurgir, ficava tão contente ao saber que Naruto estava pensando muito para o futurismo do casal, mas nem sempre nossos planos ocorrem da maneira nas quais queremos.

Eu estava cansado, o trabalho puxado acompanhado com a extrema pressão que recebia de meu irmão, Deidara, em relação ao meu futuro com Sasuke, e aquele pressentimento ruim estava incomodando-me drasticamente e escolhi dormir, acredito que passaria ao decorrer da noite. Apenas ajeito meu corpo angelical na cama, fechando meus olhos e pegando no sono ao decorrer dos tempos, deixando meu amado privatizando seu trabalho duríssimo.

[...]

Sinto mãos conhecidas abrangerem meu corpo em magistério, resmungo manhoso e ajeito minha posição enquanto crio mais contato, sentindo a respiração de Sasuke em minha nuca branquela e meu corpo inteiro arrepiar com os selares distribuídos na extensão de meu pescoço submisso. Separou-me devagar, virando frontalmente para Sasuke e abrindo meus cerrados olhos azulados.

— Eu quero sentir seu corpo nem que seja pela última vez. — Com os ósculos colados em fricção, Sasuke espalhou sua voz em direção ao menor enquanto suas mãos ligeiras usufruíram da bondade do loiro para criar um contato.

A oração subordinada objetiva direta alimentou meu o pressentimento ruim que percorria por todo meu corpo internamente, minhas mãos vão em direção a nuca do meu amado e coloco uma mecha pequena atrás de sua orelha, ampliando minha visão sobre seu rosto másculo. Antes de começar a sessão sexual, respirei pesado enquanto lembro de todas as palavras de Sasuke, entretanto resolvo seguir o lema principal arcaico "Carpe Diem", ou seja, aproveite o dia/momento como se fosse a última vez.

Carícias, penetrações melancólicas, gemidos, massagens e punições houveram naquele quarto, havíamos transado como se estivéssemos séculos sem fazer nada ou ficaremos séculos sem executar nenhum ato prazeroso, era uma dupla interpretação temporário, mas apenas aproveitamos com ascensão o momento; nem se preocuparmos com preservativos ou métodos contraceptivos para um gestação, a confiança reinava em vosso relacionamento.

A êxtase em meu corpo estava tão presente que não tinha mais forças para arquear sequer minhas costas para entrar em uma posição confortável para dormir, fecho meus olhos azulados e deito minha cabeça com cabelos loiros bagunçados naquele peito tão admirável por muitos; todavia era meu peito, meu corpo e meu homem, era esses pronomes possessivos que utilizo para caracterizar o corpo de Sasuke.

Como propriamente dito, estava tão cansado que não prestei atenção nos atos do meu amado, apenas coloco minha mão em seu peito tatuado e com a respiração ofegante, respirando calmamente e pegando no sono como se fosse um simplório bebê que acabou de amamentar-se ardilosamente para dormir.

Sasuke | POV

Luz lunar presente em meu rosto, não consigo dormir com ambos pesos em meu peito... um literal, sendo Naruto deitado em meu peito gloriosamente, outro conotativo, sentindo meu peito pesar com as atitudes que estava prestes a tomar em relação ao passado de minha família. Agradeço a todas as entidades religiosas, mesmo não acreditando em religiosidade, por ter um esposo com o sono pesado.

Retiro o loiro sobreposto em meu peito, colocando confortavelmente em seu travesseiro aromatizado peculiar e levanto-me daquela cama. Coloco as mãos sobre meu bolso fundo, suspirando pesado enquanto olho o corpo deitado e rangendo os dedos com aflição, estava prestes a abandonar a pessoa que mais amo nesse mundo por causa de uma proposta incógnita e misteriosa, por enquanto, ninguém poderia saber.

Meu selar foi dissipado na testa do mais novo, alisando seus cabelos brilhosos, e cogitando inúmeras vezes o quão era o meu amor por aquele pequeno homem com sonhos benevolentes e seu coração cercado de bondades. Não pego nada, não era preciso, apenas caminho até a janela tétrica do apartamento e saio através daquele móvel deixando-a aberta enquanto a brisa fria e metaforicamente assombrada, entrava no quarto.

Antes de pular para fugir como um covarde, analiso o corpo esbelto do meu esposo e uma lágrima salgada escorre de meus olhos escuros, não chorei por absolutamente ninguém, ninguém era digno de quebrar meu narcisismo ao nível de me fazer chorar por motivos incrédulos, mas o garoto de cabelos jaspe sempre rompia com todos meus eixos emocionais e quebrando minhas fortalezas medievais.

— Não podemos nos encontrar mais nesta vida, mas tenho certeza que o destino unirá nossos laços na outra e seremos felizes sem turbulências.

Não queria enrolar com mais melancolismo, apenas dito tais palavras como se estivesse sussurrando para nenhum monstro me devorar e temer por ajuda imediata. Bagunço meus cabelos, coloco uma capa negra em minhas costas e erguendo o capuz de meu sobretudo negro, era como se fosse um feiticeiro, não havia luz, apenas trevas.

Faltava-me ideias para onde seguir meu caminho, apenas tinha conhecimento para quem servirei por anos indeterminados. Fecho meus punhos, andando naquela rua retilínea com o vento levantando areia supérflua e, depois de alguns minutos, sumo entre aquelas árvores gigantes com predadores desconhecidos, no momento, a vida iria me conduzir para pagar os pecados de meu pai. 

ABANDONED - [NARUSASU]Onde histórias criam vida. Descubra agora