Capítulo I - Na ponte

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Ela estava totalmente cansada e abalada psicologicamente, sua mente a torturava a cada segundo que se passava. Já não aguentava mais viver sabendo que sua irmã mais velha não estava mais ali para a apoiar nos momentos difíceis, para oferecer seu ombro para chorar, para acolhê-la, para lhe dar bronca ou lições de moral quando fazia algo errado. Como ela sentia falta de Teruko. Ela já chegou a cogitar um suícidio… quer dizer, ela pensa muito nisso ultimamente.

Sua irmã morrera em um acidente de carro há alguns meses atrás. E após o incidente, a garota anda triste, não gosta mais de sair como antes. Quando ela tem de ir à escola ou qualquer outro lugar, vai de bicicleta, pois pegou um certo trauma de carros.

E lá estava ela agora, em cima de uma ponte, em pé, de braços abertos e olhos fechados sentindo o vento bater em seu rosto.


— O que você está fazendo? — a voz a assusta por não ter percebido que havia alguém ali antes, e então se vira na direção em que o som saíra. — Mitsashi Tenten? — o homem que agora foi visto pela garota pergunta.

— Ai meu Deus. — dá uma breve pausa. — Sai daqui! — ela rebate friamente ainda o observando. — O que está fazendo? — fala ao vê-lo também subir na ponte.

— Eu perguntei primeiro. — o garoto de cabelos grandes e castanhos, de olhos enluarados diz de modo convencido. — É mais alto que eu pensava. — fala ao olhar para baixo.


Tenten o olhava com um certo receio, enquanto o garoto falava com intenção como se quisesse acabar com toda a tensão presente no ar.


— Ei… ei. — dizia tentando chamar a atenção dela. — Olha o que eu sei fazer. — tentava se equilibrar de um pé só.

— Para! — grita o repreendendo.

— Tenten… — a olha mais seriamente e estendendo sua mão à ela, enquanto os dois se encaravam.


A menina respirava nervosa e constrangida por ele ter visto ou pensado que ela iria pular dali. Ela então estica aos poucos seu braço.


[…]


A Mitsashi andava pelos corredores de seu colégio a fim de achar seu armário. Ao chegar lá e abrir o mesmo, sua amiga (não tão próxima ultimamente), Haruno Sakura se aproxima.

— Bom dia, Tenten. Você não tem planos para o fim de semana, ou tem? É que meus pais vão viajar e eu pensei em fazer uma festa lá em casa. — a Haruno a observava alegre. — Ten…ten? — Sakura diz ao perceber que a garota estava distante olhando alguém atrás dela, que por acaso também a observava. Era Hyūga Neji, o mesmo que a viu na ponte e a tirou de cima de lá. — Você…'tá bem? — pergunta por fim.

— Ah… estou, estou sim. — volta à realidade com a pergunta da rosada a sua frente.


[…]


— E então, como se sente? Está tudo bem? — o homem de cabeleira branca pergunta dentro daquela sala em que estava sozinho com Neji, sala que mais parecia um consultório, e é praticamente isso.

— Tudo… eu diria que é muita coisa. Como você quer saber? Se eu estou bem mentalmente, fisicamente? Os dois contém o conceito de tudo. Ou será que tudo contém o conceito dessas duas coisas?

— Está se sentindo sobrecarre… — é interrompido.

— E se "tudo" estiver contido nas duas coisas? Será que elas fazem parte da nossa realidade… ou estão em outro lugar? — falava como fosse um grande filósofo.

ᴘᴏʀ ʟᴜɢᴀʀᴇꜱ ɪɴᴄʀÍᴠᴇɪꜱ {ɴᴇᴊɪᴛᴇɴ}Onde histórias criam vida. Descubra agora