Um dia, de cada vez

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P.O.V. Maria:

Já era um dia após a condenação do Igor, nada parecia diferente, estava ali passando pela rua que levava ao colégio, Vick estava comigo, não podíamos imaginar que depois de uma noite como aquela, nós iriamos ver uns aos outros, no meio de tanta acusação e falsidade, ainda não esqueci que a Carol evitou falar da gente na delegacia, aquilo de um certo modo me atingiu, eu entendo que ela pode não ter se assumido ainda, mas eu também era alguém e querendo ou não, tenho sentimentos só queria que ela pudesse reconhecer isso, não demorava muito para que eu chegasse no colégio, Vick foi cumprimentar Vitor que bom não teve uma noite muito fácil ontem, sua moto havia explodido, quando Carol me encurralou em uma sala de aula, passou a chave e começou com a seguinte fala:

– Me desculpe, por não ter falado com você ontem á noite, eu acabei ficando muito mal com o que aconteceu!

– Eu entendo, mas porque você não disse para o policial que nós estávamos juntas no banheiro?  O problema sou eu?

– Não, Maria! Não... Eu não disse porque eu não achava  que você queria ser assim reconhecida comigo, e pensei que você ainda estivesse no armário, mas eu faria de tudo para estar com você!

– Carol, isso mexe comigo querendo ou não, eu tenho sentimentos e parece que você simplesmente cagou para eles, eu só queria que você tivesse contado para o oficial que estava comigo!

– Você quer estar comigo Maria?

– Eu não sei... Sinceramente não sei... Eu gosto de estar sempre sabendo de tudo que acontece, preciso estar no controle.

– Está tudo bem, não querer assumir tudo de uma vez, mas você sabe que pode perder o controle as vezes!

Essa foi a ultima coisa que ela disse antes de se aproximar de mim e selar nossos lábios, eu retribui ela, mas lembro que estávamos no colégio e que precisávamos assistir aula, então interrompo o que nem sequer tinha começado, depois sussurro em seu ouvido "Nós vamos deixar isso para outro dia", então saio dali, volto para onde minha irmã estava me esperando ela me questiona e eu desconverso. 

Quebra de Tempo

As aulas de hoje tinham acabado, eu não podia ficar mais um minuto se quer naquela sala, todos estavam saindo mas eu decidi ir lá para cima, queria ver como estava aquela visão, só que assim que eu chego lá vejo uma pessoa com um capuz preto tentando jogar a Carol pela janela, corro e com algo que eu estava na mão acerto a cabeça dessa outra pessoa, ela solta a Carol e corre em alguma direção, pergunto logo para a Carol:

– Você está bem?

– Eu estou sim, mas eu quase morri Maria! Se não fosse por você!

– Você conseguiu reconhecer o rosto ou alguma coisa da pessoa que te atacou?

– Não, mas eu tenho certeza que é um homem, eu senti sua mão, muito grande para ser de uma mulher, nós não estamos a salvo, Maria!

AU - What happened?Onde histórias criam vida. Descubra agora