Taehyung Swan é obcecado pela ideia de ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas, na patinação artística no gelo. Para atingir seu objetivo, Taehyung decide participar do Campeonato Mundial de Patinação Artística no Gelo - a última regional para ser...
Black Swan chegou a 23k! Agradeço de coração pelo carinho que estão dando a essa fanfic e por não terem desistido dela depois de tanto tempo sem atualização.
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Acho que é só isso. Fiquem com o capítulo agora.
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Lembro-me como se fosse hoje, o dia que voltei ao ginásio para encontrar Patrice e não consegui me mover quando enxerguei o rinque. Eu desejei correr. Correr para qualquer lugar onde o pânico não me seguisse. Conseguia sentir o deslizar das lâminas, dos saltos, de tudo. Contudo, desta vez, eu não gostei da sensação.
Foi nesse dia que descobri meu primeiro transtorno, fobia específica. Um transtorno onde tenho a sensação de pavor e pânico ao me deparar com uma situação ou objeto específico. No meu caso, essa condição prejudica física e psicologicamente a minha vida, pois me torna incapaz de enfrentar algumas situações diárias.
De algum modo, em um dia normal, cheio de decisões, julgamentos, confrontações e problemas inesperados, eu não precisaria encontrar fôlego e coragem se o causador do meu pânico não estivesse próximo. Infelizmente, para um ex-patinador com medalhas, troféus e roupas de programas por toda a casa, adquirir fobia de patinação não parecia o certo.
Eu estava conseguindo lidar com isso aos poucos, mas, naquele momento, enquanto assistia Yoongi jogar hóquei, a primeira coisa que senti foi a dificuldade para respirar, os tremores e a maldita dor no peito. Em seguida, a estúpida sensação de impotência, pavor e pânico.
Na minha frente passava o dia da minha queda, em câmera lenta, esfregando na minha cara o meu erro. Os murmúrios da platéia zuniam na minha cabeça, como um enxame de abelhas.
Respirar nunca foi tão difícil quanto agora. Meus olhos estavam nublados, marejados.
Yoongi deslizava tão rápido na pista, com uma expressão feliz. As lâminas dos patins o fazem parecer mais alto, como se as lâminas fizessem parte do corpo. Elas brilham, e a cada manobra que ele faz um som diferente soa pelo lugar. Me concentro no gelo abaixo dos pés dele amargamente familiar. Alguma coisa me puxava para ele, para o rinque, era como se as lâminas dos patins estivessem tocando uma música hipnótica que não consigo ouvir, apenas sentir.
