A monarquia encontrou jeitos de continuar mesmo na modernidade, em alguns países a família real foi esquecida e em outros ela continuou como uma espécie de símbolo, mesmo sem poder. Na Espanha o regime adotado é o de Monarquia Parlamentar, como na Inglaterra, mas com a diferença de que o rei espanhol ainda possuía muito poder, era dele a função de escolher o primeiro ministro. Era a ponte de diplomacia com outros países e ele podia formar ou dissolver as Cortes Parlamentares. A família real era uma importante peça política, o povo a seguia de qualquer forma, para que algo fosse aprovado pela população bastava uma palavra de algum nobre para conseguir, todos amavam a família real.
Todos com a exceção de uma pessoa, Sua Alteza Real, o príncipe herdeiro. Ao príncipe faltava tudo o que um herdeiro precisava: responsabilidade, seriedade e comprometimento. Era um jovem rapaz que tinha deveres demais e não levava nenhum deles a sério, sua solidão era compreensível já que não tinha amigos, não ia a festas ou saia sem a companhia de pelo menos onze homens bem armados e treinados. Toda essa pressão fazia o jovem nobre passar os dias tentando fugir de sua guarda pessoal, por essa razão, o rei mandou trazer da América um ex-soldado com experiência na defesa de grandes figuras publicas. Rock Lee tinha servido no Vietnã, depois serviu ao próprio presidente dos Estados Unidos que o indicou para o rei da Espanha, para o soldado era uma honra, o que ele não esperava ela lidar com um desafio maior que o campo de batalha: Manter o príncipe da Espanha quieto.
— Código dois, repito, temos um código dois. — Ko, um de deus homens, falava pelo ponto preso em sua orelha.
Código dois significava que mais uma vez o príncipe tinha dobrado seus seguranças e desaparecido. Ao todo, Lee tinha cento e oitenta homens sob suas ordens e em casos como aqueles até os homens que não respondiam diretamente a ele, se dispunham para encontrar o príncipe.
— Ele estava diante dos seus olhos e desapareceu? — Lee perguntou enquanto caminhava por um dos corredores.
— Chefe, eu me distrai por um instante e quando me virei ele tinha sumido. — justificou-se — Puedo jurar! (Posso jurar!).
— Eu quero que encontrem Sua Alteza Real! — explodiu contra o microfone em sua lapela — Agora!
O palácio era extenso e tinha milhares de lugares onde o príncipe podia estar, mas Lee tinha analisado o príncipe em seis meses de convivência e sabia que o maior desejo dele era deixar o palácio.
— Há algum carro programado para deixar o palácio? — perguntou enquanto descia uma escadaria.
— Sí. (Sim) — respondeu outro segurança pelo sistema de comunicação — Quatro vãs da lavanderia estão programadas para deixar o palácio em dez minutos, chefe.
Lee deu um meio sorriso por saber exatamente onde o príncipe estava, apressou seu passo para a ala Oeste do palácio de Zarzuela, o dia era quente e por isso ele suava ao correr, mas precisava chegar em dez minutos. Viu as vãs e fez sinal para que os seguranças as parassem, ordenou silenciosamente que revistassem as três primeiras e não encontraram nada, abriu ele mesmo o quarto carro e sinalizou para que tirassem a caçamba de lençóis de dentro do veículo. Assim que os homens o colocaram no chão puxou os tecidos de cima e viu o príncipe bufar por ter sido encontrado, usava roupas simples e tinhas os longos cabelos presos em um coque alto, deu um meio sorriso falso. Lee ativou seu comunicador.
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O príncipe (OneShot - LeeNeji)
FanfictionQuando se é jovem as emoções tendem a ser intensificadas, você sofre mais e ama mais. Quando Neji se apaixonou, apaixonou-se de verdade e por isso não via o amado como alguém inferior mesmo que o ensinassem que ele era superior a todos os outros. Od...