28. I Have to Go Now.

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  𝒩𝒶𝓇𝓇𝒶𝒹𝑜𝓇  
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Talvez vocês tenham se perguntado - ou não - o porquê de nos nossos últimos encontros eu ter citado alguns dos acontecimentos com flashbacks. E, bem, agora lhes explico de uma maneira bem rápida: vocês piscaram e já estamos na sexta-feira — mais conhecida por nós e por nossos incríveis personagens como "Primeiro Dia das Promos de Pretend" ou "Dia da Viagem da Cecília ao Brasil".

Assim, fácil e prático, da felicidade à tristeza.

Embora eu tenha pulado algumas coisinhas - nada importante -, espero que vocês tenham acompanhado bem o decorrer da história até o dia de hoje. E por falar em "dia de hoje", em resumo, depois de ambos muito surtarem, Zabdiel, pela ansiedade de sua primeira entrevista depois de meses e pela ida de sua garota para um outro país, sem sua companhia; e Cecília, pela organização de seus pertences, despedida do seu trio amado e lembranças de um possível reencontro com pessoas que, por um fio, não arruinaram sua vida, o casal já se encontrava no aeroporto.

— Tem certeza que não quer comer nada? - o rapaz perguntou novamente à Cecília.

A garota riu e respondeu:

— Tenho, Zabdiel! Eu passo mal quando como antes ou durante o vôo.

Sentou-se em um dos banquinhos de espera, em uma área isolada.

— Eu só acho que você deve parar de querer controlar a minha ansiedade, quando, na verdade, é você que tá ansioso! - debochou amigavelmente.

— Tá começando a ficar difícil esconder as coisas de você... - assumiu, se sentando ao lado dela.

— E vai ficar cada vez pior... - ironizou. — Mas, sério, se abre comigo.

Segurou sua mão.

— Eu sei que às vezes a gente prefere não contar o que está sentindo pra outras pessoas, por, sei lá, acharmos que vai ser melhor, mas eu particularmente acho que, nesse momento, esconder os seus sentimentos não é a melhor coisa a se fazer.

Então, ele suspirou e começou:

— Sendo bem sincero, a ficha de que, finalmente, vamos voltar a ativa ainda não caiu... Talvez seja por isso que eu tô tão... assim... sei lá. Acho que só vou conseguir ficar de fato, nervoso, quando eu sentar na cadeira e ver o primeiro entrevistador vindo na nossa direção.

— Fico feliz, Zab. - disse, honestamente. — Desde que a sua mãe foi embora, depois daquela nossa conversa, você tem lidado muito bem com tudo... Eu tô muito orgulhosa, sério.

Acariciou o rosto do loiro.

— Você foi fundamental nisso, Ceci.

Passou o dedo pelo cabelo da garota. Segundos depois, roubou um selinho da mesma.

— Para de fazer isso!!! A gente tá em público! - o repreendeu.

— Cecília, você escolheu o lugar mais isolado do aeroporto. Só tem eu, você... - olhou ao redor. — e a moça da limpeza. - concluiu, apontando para a mulher que, um pouco distante do casal, limpava o piso do local.

The Movie of My Life | Z.J. Onde histórias criam vida. Descubra agora