A Chegada.

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As ruas iluminadas pelas luzes amareladas e pouco radiantes, eram motivo de conforto para Zhong Chenle.

Enquanto o frio se alastrava, junto ao inverno congelante do país, suas mãos tremiam um pouco, e sua respiração falhava. O carro passava rapidamente pelo asfalto molhado e reto, com um só destino, sua casa.

O tempo gelado, congelavam árvores e plantas. Algumas pessoas ao menos saiam de casa, era sem dúvidas, o pior inverno na Coréia do Sul, a neve cobria parcialmente as casas e logo as montanhas baixas da cidadezinha pequena onde vivia.

Estavam no começo da estação, poderia piorar em alguns dias.

A camisa fina que usava fazia seus ossos se contraírem por conta do frio.

Suas mãos entraram em contato com o vidro da janela do carro de seu pai, a quanto tempo não voltava para casa...?

Sentia falta da cidade, era tão pequena e desconhecida...

A dor de perda se fez presente em seu coração, sentia falta de sua mãe...

Lembrava bem dela, a flori culturista da cidade, com um sorriso aconchegante e aparência fofa... Sorriu minimamente, mesmo que seus lábios estivessem congelados e um pouco doloridos.

Seus olhos percorreram pela estrada, estava próximo de sua antiga casa, e a vontade de rever o local crescia dentro de si.

- Então, está ansioso? – seu pai, xerife da pequena cidade, perguntou.

O filho parecia distante.

- Sim...- respondeu simples, vendo o pai sorrir.

- Sei que – começou, limpando sua garganta – não estava preparado para voltar para a Coreia... – Chenle suspirou – ela te amava muito, Chenle... Vamos ter uma nova vida aqui – reconfortou o filho – ou ao menos você! – disse vendo o mais novo rir.

- Vou tentar...- prometeu, sorrindo.

Seu pai assentiu, avistando sua casa, morava sozinho a um tempo.

Chenle suspirou, tinha que ser forte.

Eles foram quietos por alguns pouquíssimos minutos, até o senhor Wishag estacionar na frente da casa, coberta pela neve branca e grossa.

Eles desceram e o xerife pegou as malas do chinês, o pedindo para entrar o mais rápido possível na casa, para evitar qualquer resfriado. O menor apenas assentiu, entrando sem ao menos reclamar.

Assim que passou pela porta, se sentiu confortável e curioso, tantos anos sem ver a casa...

Seu coração parou, ele começou a caminhar, enquanto seu pai comentava alguma coisa - que nem se deu o trabalho de ouvir – sobre a janta. Zhong olhou toda a casa, uma parte de si pedia para se lembrar dos momentos lindos que fez junto a sua família, outro lado o impedia de tocar no nome de sua falecida mãe.

Ele não esbanjou nenhuma reação ao ver a foto dos quatro membros da antiga família encima da lareira acesa. Seu pai o olhou, enquanto sorria, estava sendo especial ver seu pequeno de novo.

O loiro arrumou sua postura, deixando o local para trás, enquanto ia até às escadas, subindo os degraus que começavam a ranger pelo longo tempo que estavam ali, seus pés foram mais rápidos que sua vontade de chegar no topo. Ele olhou para as portas no corredor.

Insane - ChensungOnde histórias criam vida. Descubra agora