14- Não é nada

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Dan

Passei o dia inteiro deitada em meu quarto. Estava guardando o pouco de ânimo que eu tinha para o jantar à noite. Eu não estava com tanta vontade, mas não quero que meu avô se chateie, e talvez seja bom pra me distrair um pouco dos meus pensamentos.

Já estava de noite e eu estava me arrumando, coloquei uma saia verde xadrez, com uma blusa preta de manga comprida.

Já estava de noite e eu estava me arrumando, coloquei uma saia verde xadrez, com uma blusa preta de manga comprida

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_ Já está pronta? - Ana aparece na porta do meu quarto.

_ É... Eu já estou indo! - digo me olhando pela última vez no espelho e saindo do meu quarto.

Nós fomos até à um restaurante que ficava a uns dez minutos da nossa casa, o meu abuelo já tinha reservado para a hora que chegássemos. Conversamos e jantamos, tudo em família.

_ Vou precisar viajar amanhã, vou ficar fora por pelo menos uma semana, mais ou menos. - Gael diz.

_ Para que seria? Trabalho? - Pergunta o meu avô se referindo a Gael enquanto tomava o seu vinho.

_ Isso! Terei que resolver algumas coisas e também terei que participar de algumas reuniões. - Gael explica.

O jantar já havia acabado, e já estávamos indo embora. Mas, antes de irmos embora, fui ao banheiro, mas não demoraria muito. Após sair, iria para o carro, onde todos estavam me esperando. Ao sair, me deparo com uma cena inesperada, vejo o Oscar e meu abuelo conversando, fiquei parada esperando eles terminarem. Assim que meu avô saiu indo em direção ao carro, passei pelo Oscar, o olhando com indiferença.

_ Eu posso falar com você? - sua voz grossa soa me fazendo virar em sua direção.

_ O que você tá fazendo aqui? - pergunto o encarando.

_ Eu trabalho com o seu avô, tive que conversar com ele. - ele diz explicando.

_ Pra mim tanto faz! - digo virando novamente e saindo.

_ Dandara! - ele me chama me fazendo parar e escutar ainda de costas. _ Ela quem me beijou. - Ele disse me fazendo ignora-lo e seguir em frente.

Não acredito nem um pouco no Oscar, porque eu acreditaria? Eu já acreditei, mas isso foi antes de ver ele pegando a MINHA AMIGA.

Ao chegar em casa, me bateu um desânimo enorme, fiquei pensando o quão fui tola de pensar que o Oscar gostava de mim assim como eu gostava dele, ou... ainda gosto, não sei. Liguei para Martin, queria alguém comigo, era isso ou passar a noite inteira sem dormir, com a cabeça cheia, pensando em várias coisas.

Chamada.

Dan: Oi, o que tá fazendo?

Martin: Tô indo para casa, o que você quer?

Dan: Pode vir pra cá?

Martin: Posso, mas.. o que aconteceu?

Dan: Não aconteceu nada.

Martin: Sei que você tá mentindo, vou passar em um canto e de lá vou aí.

Chamada off.

O Martin realmente sabia quando eu estava mentindo e que eu não estava bem. Depois de dez minutos ele chega. Já estava tarde, então ele entra pela porta da frente mesmo, ninguém o veria.

_ O que é isso? - pergunto se referindo a sacola que estava em suas mãos.

_ Sorvete, o que mais seria? - ele diz sentando ao meu lado na cama. _ Agora me conta o que aconteceu! - ele pergunta me entregando uma colher.

_ Já falei, não aconteceu nada, não posso mais te chamar pra vir aqui? - digo ríspida.

_ É o Oscar, né? - ele pergunta me fazendo ficar calada. _ Eu sabia! Foi o que aconteceu na festa, mas porque você ficou chateada por ele tá pegando a sua amiga?

_ Porque eu estava gostando dele, e me sinto uma tola por isso. - cuspo as palavras rapidamente.

_ E porque você estaria gostando de alguém que nunca ficou? Ainda mais você. - ele diz rindo, mas logo o sorriso dele desmancha quando não digo nada. _ Você ficou com ele, não ficou? - pergunta levantando e sentando em uma poltrona a minha frente

_ Sim, antes da festa. Encontrei ele mais cedo conversando com o abuelo, talvez algo sobre trabalho. Ele fez questão de dizer que não foi ele quem beijou ela e sim o contrário, mas eu não acreditei. - digo cabisbaixa.

_ Uma coisa que eu sei trabalhando com o Oscar por todo esse tempo, é que ele não é mentiroso, talvez ele tivesse falando a verdade, já pensou nessa possibilidade? - Martin diz.

_ Eu não sei, não consigo confiar em uma pessoa tão fácil assim, você sabe disso. - digo caindo na cama junto com o meu desânimo.

_ Eu sei... mas agora você vai levantar daí, vai colocar um filme qualquer para a gente assistir e vai vim tomar esse sorvete comigo, antes que vire um suco. - Martin diz e assim eu faço.

Ficamos conversando por um bom tempo até ambos dormirem. O Martin poderia ser um amigo distante, que não o via todos os dias, mas sempre que precisávamos um do outro estávamos ali, ele não me julga e nem eu o julgo, e acho que é por isso que a nossa amizade permaneceu até hoje.






Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora