Benedict sentou-se silenciosamente na beirada da cama e enquanto observava a filha dormir passou a mão pelos fios ruivos dela sorrindo levemente.
- Você está cada dia mais parecida com sua mãe, menos a cor dos olhos - sussurrou ele. - São esverdeados como os meus.
A filha, sentou-se na cama, ainda sonolenta, e olhou para o pai com curiosidade.
- Papai, por que o senhor está chorando? - perguntou ela, notando a lágrima que escorria pelo rosto de Benedict.
Benedict sorriu fracamente e enxugou a lágrima com a mão.
- É apenas saudade, filha. Hoje é um dia difícil para mim. - respondeu ele, tentando esconder a emoção.
A garotinha olhou para o relógio na mesa de cabeceira e seus olhos se arregalaram.
- É meu aniversário! - exclamou ela, pulando da cama.
Benedict sorriu, lembrando-se da data.
- Sim. Feliz aniversário, meu anjinho! - disse ele, abrindo os braços para um abraço.
Mas a filha não se aproximou. Em vez disso, ela olhou para o pai com uma expressão séria.
- Papai, me conte sobre mamãe. - pediu ela, com uma determinação nos olhos que Benedict nunca havia visto antes.
Ele sabia que esse dia chegaria, só não estava preparado para ouvir a filha questionar a respeito justamente no aniversário dela, data essa que a mãe faleceu.
E então, ao recordar do tempo em que a esposa estava viva, uma lágrima escorreu dos olhos de Benedict.
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Aquela que se foi | R O M A N C E C R I S T Ã O |
ДуховныеCONTO Nunca sabemos quando vamos perde alguém que amamos. E Benedict não estava pronto para o dia que perderia a esposa. ©2020