P. V. Jay Park
Revoltado com o que eu acabará de ouvir, pego uma outra garrafa de soju e sigo para pista. Logo várias garotas vem em minha direção e me permito dançar com algumas, porém a angústia me assola assim que fito S/n conversando entre risos com Gray. Mas agarro uma outra garrafa e sigo a me distrair com a empolgação de minhas fãs.
◇
P. V. S/N
- O que está vendo? – Pergunta Gray ao me ver fitando Jay a dançar com um grupo de fãs.
- Ele realmente ama o que faz né? – Respondo o questionando retoricamente. – Eu queria ser como ele... Olha como ele está livre, olha o quanto amor ele recebe delas! – Dito encantada. Porém por um momento sinto Jay me fitando com raiva.
- Você é linda, sabia? – Me surpreendo com as palavras de Gray e coro instantaneamente, vítima da vergonha.
- Tenho que voltar ao trabalho! – Digo sem o encará-lo e o mesmo rí.
◇
Assim que a manhã surge, eu e Bora finalizamos nosso trabalho e saímos a procura dos garotos ainda na pista, acompanhados de fãs. Bo-ra faz um sinal de partida ainda distante e seguimos para nosso apartamento.
Ainda na entrada, enquanto eu ligava para o restaurante de sopas, Gray nos alcança com dificuldade.
- Meninas me ajude! – Grita com Jay aparentemente embriagado, apoiado em seu ombro.
Corro até seu encontro, pegando o outro braço de Jay e colocando sobre meu ombro. Era a primeira vez que eu o via naquele estado, não conseguia disfarçar a preocupação apesar da calma e naturalidade de seu amigo. Bo-ra pega o celular de minha mão aumentando o pedido para felicidade de Gray que hurra de alegria a fazendo corar.
Assim que Jay abre os olhos e me vê o amparando, resmunga me empurrando desajeitado para direção oposta.
- Saia daqui! – Exclama com voz enrolada. – Não preciso de sua ajuda... Traidora. – Diz entre outras palavras desconexas.
Mesmo sentindo que os demais não haviam entendido suas palavras e também sabendo que o álcool tomava conta de seu raciocínio, nada conseguia me consolar, e por algum sentimento de paixão idiota, as lagrimas rapidamente começam a escorrem em meu rosto. Ele me fita e estende seu braço para que eu voltasse a ele, já arrependido do que acabará de dizer, mas não o faço, fazendo-o murmurar meu nome algumas vezes. E antes que Gray pudesse perceber o ocorrido, Bo-ra toma meu lugar e o guia junto de seu amigo até dentro de nossa casa.
◇
- Desculpe ter que ficarmos aqui por hoje! – Dita Gray de boca cheia, ainda analisando atentamente nossa pequena e simples moradia.
- Imagina... É um prazer poder te hospedar. – Diz Bora, pausando a colherada de sopa que ia em direção a sua boca. – Sinto por não poder te oferecer mais conforto. – Gray nega com a cabeça.
Jay fitava triste minha tristeza por sua atitude violenta. Sua embriaguez já era mínima, por conta de já ter relaxado em um banho quente e se alimentado. Só lhe restava os maus sintomas.
- Pode fazer um chá de calmante para mim? – Pergunta em tom envergonhado e baixo. – Não me sinto muito bem.
Por algum motivo Gray sorri ao me levantar. Disfarço a timidez e sigo a ferver a água. Enquanto Bora aumenta a temperatura do aquecedor, o mesmo coloca os pratos de sopa para fora da casa, e ao voltar se posiciona de costas apoiando-se na pia, me encarando.
- Ele poderia estar pior, sabe... – Coloca a mecha solta do meu cabelo atrás de minha orelha. Conseguia sentir o seu perfume, mesmo após do banho. – Irmão não faça drama! – Fala a Jay. – Você costuma beber muito mais, fale para ela! Ainda não sei como está aqui conosco... S/n você acha que seu chefe é um bad boy apenas por estar nessa situação, porque não o viu realmente aproveitando a noite. Ele consegue beber muito mais e ao mesmo tempo “atender” muitas mulheres...
- Não fale besteiras! – Jay o interrompe.
- Qual é? Você pega mais garotas em uma noite do que eu já fiquei em toda minha vida. – Jay se aborrece por medo de minha reação, mas não me sinto atingida, pois já sabia a fama de com quem estava envolvida.
- Chega Lee Seong-hwa! – Grita não como amigo, mas sim como chefe o assustando. – Me desculpe... – Dita arrependido novamente e Gray rí.
- S/n ! – Fala manhoso enquanto entrego a bebida quente a seu chefe/amigo. – Amanhã eu irei ao Japão com Jaebeom. – Fito Jay por aquela fala de Gray e o mesmo faz expressão de esquecimento, dando a entender que por não se lembrar, não comentou sobre. – Só voltaremos semana que vem... – Me volto a ele. – Podemos deixar nosso jantar para o sábado? Será um dia após eu retornar e usarei esse dia para preparar tudo... Okay? – Concordo com a cabeça e ele sorri.
Antes de todos resolvo me deitar, meu corpo estava exausto. Em questão de dois dias tive uma quase overdose, ensaiei ao máximo, trabalhei a noite inteira em pé de um lado para o outro. Para completar o sexo frenético com Jay também deixava alguns hematomas dolorosos e torcicolos espalhados por todo meu corpo.
◇
A claridade do dia me desperta e logo sinto a ausência dos rapazes em nossa pequena casa. Não os vi indo se deitar, muito menos partirem. Certamente já estão no vôo para o Japão.
Ontem não foi um dia bom, sinto que essa semana não será diferente. Jay nem ao menos se desculpou ou se despediu. Também não havia me deixando uma só mensagem com tais ou diferentes assuntos, senti logo as lágrimas recorrerem mais uma vez. Sabendo que nos momentos em que eu estaria pensando nele, provavelmente o mesmo estaria se “divertindo” com outras mulheres. Meu coração se partia e minha mente trazia dolorosos pensamentos de que naquele instante estava tudo acabado.
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Olhando a Vida nos Olhos
RomanceQuando se está cansada de apenas sobreviver e resolve "olhar a vida nos olhos", a ansiosa S/n, se arrisca em uma nova forma de viver sua vida. Sem rumo ou um plano, por amor a dança e em busca de autoconhecimento; o destino faz com que ela esbarre...