Last Sight of Love (one-shot)

Capítulo Único

O Halloween era um dia esperado pelos adolescentes em Paris, pois era quando acontecia a famosa caça aos tesouros. A partir do momento que fazia-se a inscrição no jogo, era tudo uma surpresa, uma dupla seria sorteada, assim como um mapa, onde mostraria os locais por onde procurar seus tesouros.

Marinette, uma franco-chinesa de olhos azuis e cabelos tão negros que tinham reflexos azulados, estava muito ansiosa com a chegada do dia 31 de outubro. Era a primeira vez que ia participar da caça aos tesouros, algo que almejava desde pequena, quando via as pessoas na rua se divertindo procurando por seus prêmios. Por isso, acordou animada e olhava seu celular a cada minuto, esperando a mensagem, a qual diria quem seria sua dupla. Então, chegou a tão esperada notificação que foi imediatamente aberta e não trouxe tanta alegria para a mestiça. Sua dupla seria Adrien Agreste.

- NÃO, NÃO E NÃO! POR QUE JUSTO ELE? - a de olhos azuis gritava de raiva sozinha em seu quarto, quase quebrando o celular com a mensagem.

Adrien Agreste era um francês loiro dos olhos verdes que estudava na mesma escola que Marinette. Era filho de um dos homens mais ricos de Paris, famoso na cidade e popular na escola, exatamente o oposto da mestiça que odiava estar rodeada de pessoas, sempre com a cara fechada, a qual fazia algumas pessoas terem medo da garota. Os dois jovens era muito amigos na infância, brincavam juntos, dormiam na casa um do outro, no entanto, após a morte de Emily, mãe de Adrien, o garoto mudou e se afastou de sua amiga Dupain-Cheng.

Cresceram afastados, sem nenhum interesse em voltar com a amizade, o que loiro não sabia é que isso havia criado uma mágoa em Marinette, pois além de ter perdido um amigo, ela percebeu um sentimento pelo Agreste, o qual tentou esquecer, porém seu coração insistia em bater mais rápido quando ele estava perto e isso irritava a mestiça, o loiro nunca iria descobri tal fato, pois ela não queria se magoar novamente. No entanto, Adrien também tinha um segredo, ele sentia o mesmo pela azulada, porém nunca iria contar a ela, tinha medo de sua reação, tinha medo dela odiá-lo ainda mais.

- Tá bom, Marinette - falava consigo mesma - respira fundo - puxou e soltou o ar - é só uma noite que você vai ter que conviver com aquele loiro filhinho de papai, é só para um jogo, amanhã acaba, certo? Certíssimo! Vai dar tudo certo. Nós já fomos amigos, né? - sentiu um aperto no peito - há muitos anos atrás, nem parece que um isso foi real - soltou um suspiro triste.

[...]

À noite, todos que iam participar da caça aos tesouros encontravam-se no ponto de encontro marcado, no ponto turístico mais famoso de Paris, a Torre Eiffel. Marinette havia chegado cedo, sempre fora muito pontual com seus eventos (menos com a escola, odiava acordar cedo) e estava impaciente, porque Adrien ainda não tinha chego. Estava com vontade de dar muitos socos na cara perfeitinha do Agreste e quase se arrependendo de ter se inscrito, porém o loirinho filhinho de papai (como ela pensava no momento) chegara, encontrando uma Dupain-Cheng emburrada no local.

- Boa noite, princesa - disse Adrien, cumprimentando Marinette.

- Me chama assim de novo e vais perder um braço.

- Educação mandou "oi", Dupain-Cheng.

- Estás muito engraçadinho hoje, hein Agreste. Achas que tem intimidade comigo pra isso? Pois se achava, pare.

- Pelo visto a noite vai ser longa - Adrien resmungou.

- Disse alguma coisa, Agreste?

- Nada não, Cheng.

- Tá, daqui a pouco eles devem liberar o mapa com os locais onde devemos procurar os tesouros. Presta atenção, Adrien, eu não aceito perder, então nada de gracinha, estamos entendido?