A Vampire Tale of Harry Potter

Capítulo 5

É óbvio que eu tinha que me perder naquela porra de castelo. Eu vaguei por uma meia hora e acabei topando com Hagrid. Ele era ainda maior que os filmes mostravam mas era impossível não reconhecê-lo.

"Hagrid!" Eu o chamei e ele pulou de surpresa. Seu olhos de besouro me analisaram com suspeita.

"Quem é você? O que está fazendo aqui?" O tom de voz era ameaçador.

Hmm, essa era uma excelente pergunta. Eu não sabia quem eu era ou qual era meu nome, supondo que eu tivesse assumido a identidade de alguém. Decidi manter as coisas simples.

"Não se preocupe, Dumbledore me convidou."

A expressão de suspeita de Hagrid se desmanchou em constrangimento.

"Por que Dumbledore está precisando de um Incubus?"

Eu gargalhei e as bochechas dele ficaram muito vermelhas.

"Não tem nada a ver com isso", eu garanti e ele se acalmou. "Você sabe bastante sobre Incubus, certo? Dumbledore disse que você é um especialista em criaturas mágicas."

O peito dele inchou com o elogio. Pfft. Ridículo de fácil.

"Bom, eu não diria 'especialista', sabe? Mas eu sei um pouquinho, sim."

"Você se importaria se eu fizesse algumas perguntas?"

"Pode falar."

"Me diga o que sabe sobre os Incubus."

Hagrid deu uma risada abafada.

"Você provavelmente sabe mais do que eu, já que você é um."

"Aham, é verdade, mas eu queria saber mais das teorias. Eu sinto todos os efeitos práticos mas eu não sei nada sobre porque eles aparecem e como controlá-los. E tem outros tipos de vampiros, certo?"

"Isso é verdade. Mas eu preciso ver a Professora Sprout sobre as minhas abóboras. Você pode vir até minha casa mais tarde?"

Assenti.

"Valeu, Hagrid", eu disse e dei um tapinha no braço dele.

"Aí está você", disse uma voz às minhas costas. Eu me virei; Snape estava vindo em minha direção.

"Aqui estou eu, um vampiro faminto no meio de uma escola."

Snape fez uma careta.

"Impertinente."

"Rawr", eu disse atrevidamente, fazendo um gesto com as mãos que lembrava garras. Minhas unhas imediatamente se transformaram em garras afiadas, com quase dez centímetros de comprimento. Eu encarei aquilo, maravilhado.

"Hm, isso é novidade."

Snape me guiou até as cozinhas.

"Você parece inteiramente mal informado a respeito das suas próprias características."

"Não sei se Lucius te disse, mas a primeira coisa que eu falei com ele foi 'aparentemente eu estou sofrendo de uma súbita perda de memória'. Aliás, qual meu nome?"

Ele ergueu uma sobrancelha.

"Você não sabe quem você é, mas sabe o primeiro nome de todo mundo que encontra e tudo a respeito do futuro."

"O que posso dizer, eu sou uma dádiva do destino. Você deveria agradecer."

Chegamos na cozinha. Os elfos domésticos nem perguntaram o que eu queria e já vieram trazendo uma porrada de carne crua à minha disposição. Me mexi para pegar um fígado enorme, mas Snape me segurou. O instinto me fez rosnar imediatamente, um som ameaçador e grave vindo do fundo da garganta.