*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*
***Max só tem uma andorinha tatuada, vocês já vão entender o porquê***
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Me debatia furiosamente, mas estava afundando cada vez mais. A água gelada deixava meus movimentos mais lentos, meu peito ardia implorando por ar, minhas lágrimas de desespero se fundiam na água escura e gélida que me cercava.
Eu tentava chegar até superfície, mas não conseguia enxergar nada. Eu não sabia onde estava, a agonia tomava conta de mim, meus gritos desesperados eram abafados, eu iria morrer! Eu estava me afogando e congelando, morrendo segundo por segundo.
Uma mão alcançou meu pulso e me puxou, senti o ar atingindo meu rosto e eu pude respirar. Fui puxado para algum lugar seco, talvez um barco. Eu puxava o ar com força, o sentindo entrar nos meus pulmões. Estava jogando ali no chão, molhando tudo a minha volta, voltando a respirar e observando as estrelas brilharem acima de nós.
- Estou aqui, eu sempre vou estar - ele sussurrou me abraçando.
- Obrigado - eu sussurrei com a minha voz falha - Você me salvou!
- Você me salvou antes - ele respondeu na sua voz grave, ainda estávamos agarrados, como se um fosse a salvação do outro
- Eu não posso te perder!
- Você não vai! - eu respondi afastando seus cachos do seu rosto, observando as duas esmeraldas que me olhavam de volta
- Eu te amo!
- Eu também te amo! - ele sorriu para mim e sorri de volta para ele.
Ele inclinou seu rosto sobre o meu e seus lábios tocaram os meus... Acordei confuso, olhando em volta e tentando lembrar o que tinha acontecido. Aquilo tinha sido um sonho? Com certeza, aquele foi o sonho mais real da minha vida! Eu praticamente pude sentir o abraço dele, seus toques, seus lábios nos meus! Meu Zeus, eu ainda consegui sentir seu cheiro!
- Bom dia, Tuly - veio de trás de mim, me dando um susto tão grande, que pulei na cama e quase caí dela.
Se Max já não estivesse com seu braço a voz grave na minha cintura, não teria tido tempo de me segurar, o que faria que eu tivesse que voltar para o hospital para imobilizar o outro braço
- Tul, tudo bem?
- Hã... Sim, eu só me assustei - me virei para ficar de frente para ele.
Estávamos deitados na cama, cobertos pelo edredom bege, rosto com rosto. Só então eu percebi que Max não usava camiseta, deixando seu peito a mostra, apenas uma calça de moletom.
- Como você está? - ele me perguntou.
- Bem, eu acho - respondi meio perdido na beleza dele - foi bem melhor do que eu esperava.
- Você ficou agitado um pouco, teve pesadelos?
- Mais ou menos, não foi bem um pesadelo, só um sonho não tão bom assim, mas considerando tudo que aconteceu, estou no lucro.
- Vem cá - ele envolveu minha cintura e me puxou para perto dele, me fazendo apoiar minha cabeça no seu peito - Eu não vou deixar nada te acontecer, você está seguro agora.
- Eu sei, obrigado - eu murmurei, sentindo ele fazer carinho no meu cabelo. A sensação era muito boa, de paz, tão diferente de como eu me senti no meu sonho. Fiquei reparando nas tatuagens dele, eram muitas de um jeito desconexo, eram lindas.- Max, posso te perguntar uma coisa sobre suas tatuagens?
- Claro que sim, você sempre pode me perguntar qualquer coisa eu levantei meu rosto e sorri para ele - o que você quer saber?
- Por que você só tem uma andorinha? Elas não são em pares?
- Sim, andorinhas encontram o amor uma única vez na vida e são companheiros até morrer, eu sou um Lúpus e é mais ou menos assim comigo. Eu só vou amar uma vez e para sempre - ele disse passando os dedos por cima da tatuagem - mas eu sempre estive só, eu nunca tive alguém que fosse companheiro de verdade. Essa andorinha me lembra que estou só, mas um dia posso encontrar o amor.
- Isso é lindo eu sussurrei. - Eu queria dizer algo do tipo "eu tenho certeza que você vai encontrar alguém e vocês serão felizes" ou "espero que tudo certo", mas sou egoísta demais para querer que o Max encontre outra pessoa. Eu estava apegado demais a ele para abrir mão. Talvez no futuro, hoje não!
- Você está com fome? - ele disse depois de um tempo que ficamos em silêncio, eu já estava quase dormindo.
- Não sei - nisso minha barriga roncou muito alto - é, acho que estou.
- Tudo bem - ele riu - vou fazer café da manhã para a gente.
- Não precisa, eu consigo.
- Tuly, você está machucado ainda.
- Mas não inválido, eu já tive que imobilizar o braço antes e continuei fazendo os serviços de casa normalmente - eu disse quando nos levantamos, indo para o banheiro.
- E por quê você teve que imobilizar o braço? - ele perguntou distraidamente enquanto abria duas escovas novas e colocava pasta de dente para mim e para ele. A gaveta tinha várias escovas de dentes fechadas, o que me deixou curioso.
- Por quê tem tantas escovas aqui? - perguntei.
- As vezes alguém do grupo dorme aqui, aí eu tenho estoques dessas coisas. Normalmente tudo fica nos quartos do outro corretor, que é onde eles dormem. Krist deve ter deixado aqui - ele disse escovando os dentes, o que acabou sendo engraçado - e por quê você teve que imobilizar o braço? Tropeçou e caiu? - ele me provocou.
- Pleng - eu dei de ombros, enxaguando a minha boca - uma das discussões.
- O quê? - Max perguntou atônito.
- É, mas não é nada demais, já passou e você até já a matou - eu tentei fazer graça, mas Max não achou engraçado.
- Eu juro Tul, se eu soubesse de tudo isso, eu a tinha matado mais devagar! - ele estava furioso.
- Max, está tudo bem, tudo isso já passou. Pleng não vai mais me machucar e estamos bem agora, não é?
- É - ele bufou contrariado.
- Vem, vamos tomar café da manhã - eu disse o puxando pela mão - não sei como Lin não acordou ainda.
- Eu já acordei faz tempo ela disse colocando a cabeça para fora do quarto - vocês que são dorminhocos - onde essa menina está aprendendo a ser tão atrevida? Max riu alto
- Bom dia papai! Bom dia Pai! - ela veio nos abraçar, mas por causa do meu estado, Max a pegou no colo.
- Por que não me chamou, meu amor? - perguntei.
- O Kris disse que se vocês estivessem dormindo juntos, era para eu escutar se tinha barulho, eu só podia entrar se estivesse em silêncio - ela falava e eu já fui sentindo meu rosto corar, Max parecia se divertir com tudo aquilo - Aí eu ouvi e estava em silêncio, então entrei. Só que vocês dois estavam dormindo abraçadinhos. O Papai Max te abraçava igual eu abraço o meu ursinho, aí lembrei que o Kris falou que se vocês estivessem abraçados, já tinham terminado, só que ele não falou o que vocês tinham terminado, mas ele falou que não era para eu ir no meio, porque se não eu ia virar uma empata e que isso é muito feio. Viu papai, eu não sou uma empata! - ela sorriu orgulhosa. Max gargalhou alto e eu não sabia onde enfiar a cara.
- Eu vou matar o Krist - resmunguei.
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Look After You
FanfictionTul foi obrigado a se casar com Pleng, uma Alfa que só queria uma vida fácil e ter muito dinheiro para gastar, a única coisa boa desse casamento, foi a vinda de Phailin, sua pequena filha. Por mas que Tul implorasse para Pleng se afastar do crime...