Prólogo

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( Shikamaru on )

Primavera de 1509 Inglaterra.

Eu estava andando a cavalo em direção a cachoeira quando uma voz fez meu cavalo parar. Eu só o deixei ir. O canto era lindo e puro. A voz de anjo vinha de uma mulher. Eu não sabia onde estava indo até o cavalo parar. Eu desci e fui caminhando depois de lhe amarrar em uma árvore ali perto. Meu coração acelerou quando cheguei. Uma mulher loira estava com uma roupa branca dançando nas águas. Nunca vi nada tão lindo. Nem minha noiva que foi escolhida a dedo tinha aquela beleza. Afinal eu sou o último conde da linhagem Nara por isso tudo foi decidido por mim. Não pude opinar em nada. Porém naquela dama havia algo além de beleza. Ela brilhava mais que o sol. A roupa molhada até as coxas se agarravam a sua pele delineando algumas curvas. Era belíssima. Ela parou de cantar e me olhou, e eu perdi meu coração para aquela mulher no mesmo instante. Mesmo sem lhe conhecer. Ela ficou me olhando e seus olhos eram verdes sua pele branquinha como leite e eu imagino que deve ter a maciez de uma pétala de rosa. Talvez até seu perfume seja de rosas.

_ Acho melhor o senhor ir embora my lorde. Há ursos e leões da montanha nessa região._ ela falou calma e sua voz até falando era bonita.

_ Então my lady não deveria estar aqui portanto._ ela me brincou com o mais belo e verdadeiro sorriso que já vi.

_ Eles jamais irão me atacar. Não sou atraente ao paladar requintado deles._ ela fala confiante, atrevida até. Ninguém fala assim comigo. Todos acham que devem me temer. Ela tirou os pés da água e foi até a sua cesta de onde pegou um xale e colocou sobre os ombros. Ela caminhou até mim.

_ Bem my lorde devo ir-me sem demora. Meu irmão tem febre e já o deixei sozinho por muito tempo._ ela fez um gracejo e foi se afastando em direção aos arbustos e eu fui atrás dela. Era impossível ficar longe agora que a encontrei.

_ Diga-me sua graça my lady?_ ela me deu um sorriso pequeno.

_ Temari my lorde. E vossa graça?_ ela quer saber meu nome também.

_ Shikamaru Nara a seu dispor minha bela dama._ fiz uma mesura e ela não esboçou reação alguma ao saber que falava com o seu senhor. Dono dessas terras e arredores. Ela só acenou e fez um carinho na minha montaria e lhe ofereceu uma maçã que tirou de sua cesta o animal comeu agradecido.

_ Bom , agora sim eu irei. Foi um gosto conhecê-lo my lorde._ ela estava indo embora. Mas eu quero vê-la outra vez.

_ Quando posso ver-te outra vez?_ ela se voltou e ficou séria.

_ Venho aqui todos os dias. Passar bem._ eu abri um sorriso e fiquei olhando seu belo caminhar. Ela olhou para trás com um sorriso singelo. E eu pela primeira vez na vida não deixarei ninguém tomar decisões por mim. Voltei para o castelo e fui para os meus aposentos e lá fiquei pensando em Temari. Que belo nome. Espero que também pense em mim. No dia seguinte eu voltei ao mesmo lugar. E lá estava ela. Me esperando pelo visto. Estava sentada em uma pedra e tocava uma música suave em uma lira. Mas seu instrumento era um pouco menor do que os normais e de uma cor avermelhada.

_ Já estava desistindo de espera-lo my lorde._ ela falou sem me olhar e colocou a lira no chão e só aí se voltou com o seu sorriso bonito. Eu aproximei-me dela e sentei ao seu lado na pedra grande.

_ As águas cálidas me acalma. E você my lorde o que o trás aqui?_ foi a minha vez de sorrir.

_ No momento você my lady._ ela rio um pouco e ficamos conversando coisas triviais. Com ela era fácil. Tudo fluía como as águas. Passamos várias tardes conversando sentados sobre a mesma pedra. Mas no dia de amanhã terei que ir ao vilarejo vizinho. Não quero afastar-me dela. Porém ela tem resposta para tudo e me convenceu a ir e disse que quando eu voltar estará no mesmo lugar.

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