Todos tem poderes agora?

Único - Eu quero um também!

— Pois que assim seja, te vejo no inferno! – como resposta teve o som de ligação encerrada – Dá pra acreditar? Ele simplesmente surtou achando que vou trocar ele por vocês só porque não vou na festinha de halloween dele. – Yukhei dizia enquanto guardava o celular no bolso novamente.

— Era o Kunhang? – Yangyang perguntou sem se dar o esforço de levantar-se da cama.

— Quem mais seria? Minha mãe? Mais provável que fosse a sua. – os outros rapazes gargalharam com a resposta, pareciam estar na quinta série ainda para rirem de piadas com a mãe alheia.

— Haha, muito engraçado você, estou rindo muito. – disse em um tom sarcástico antes de soprar a fumaça branca no rosto do Wong, fazendo-o tossir – Hyuck, o que você falou que iriamos fazer hoje mesmo? Eu queria ir pegar doce. – arrastou a última palavra de forma manhosa — Tem uma casa que sempre enche a mão de docinhos para entregar, preciso de açúcar correndo nas minhas veias.

— Tem sete anos de novo? Já falei que quando a noite cair nós vamos para a floresta chapar o coco e procurar o livro que tão indo atrás. – o questionado explicava novamente enquanto abria a janela – Não acham estranho ter uma recompensa tão alta para um livro estúpido que sequer sabemos se existe de verdade?

— O livro deve ter as folhas de seda. – Jeno, o gêmeo mais velho de Donghyuck disse entre alguns risos – Ainda não entendi como tu conseguiu fechar negócio com esse cara, e pior, aceitar e nos colocar nessa pra ir atrás de um amontoado velho de páginas.

— Jeno, estamos falando de muito dinheiro, acha mesmo que eu iria deixar passar? – colocou a cabeça para fora do cômodo para soprar a fumaça, mas ao escutar o barulho de uma porta de carro se fechando se assustou – Inferno, ele voltou mais cedo. Yangyang, apaga essa merda.

— E se eu não quiser?

— Eu apago no punho. – o mais novo riu e foi até a janela, jogando o baseado no telhado do vizinho – Nunca tinha pensado em fazer isso.

— Porque você é burro. – mal encerrou a fala e escutaram os passos subindo as escadas.

— Hyuck, Jeno, eu e o Do vamos estar no porão mexendo no laboratório, se precisarem de algo me mandem uma mensagem que eu pego, não vou deixar vocês explodirem outro tubo de ensaio. – o irmão mais velho dos gêmeos falou enquanto passava pela porta, os passos seguiram até o cômodo ao lado e saíram novamente – Se comportem, e eu 'tô sentindo o cheiro.

— O cheiro que se foda. – Donghyuck resmungou quando o irmão desceu as escadas – Tomara que ele e o namorado fiquem trancados no porão e me dêem um sossego. – resmungou enquanto se sentava na janela, cogitando a ideia de subir no telhado novamente.

— O seu irmão parece ser tão legal, não sei por que o odeia tanto. – Yukhei acabou perguntando alto demais.

— Também sempre me perguntei isso, ele nunca me tratou mal ou coisa do gênero. – Yangyang comentou – Ele foi até gentil quando flagrou a gente-

— Qual parte do sigilo daquele dia você não entendeu? – rapidamente o Lee mais novo interrompeu – Acho que eu sou assim com ele desde quando o papai disse que como herança ele iria deixar a empresa toda para o Taeyong, nadinha para mim e para o Jeno pois ele nos julga como incapazes de administrar. – acabou descendo no telhado, ficando de pé aos poucos e descendo para sentar-se na beirada do telhado.

— Bom, teoricamente somos incapazes mesmo. Não sabemos nada de química enquanto ele e o namorado parece que já nasceram na tabela periódica. – Jeno complementou o comentário – Você é emburrado com o irmão por motivo nenhum, boboca. – o gêmeo mais velho realmente era tranquilo com ambos os irmãos, mas por nascer junto de um acabava ficando mais próximo dele.