Nordeste dos Estados Unidos, entre 1971 e 72. Onde começaram a apostar, com a ajuda de seu empresário novo, Frank Connally. Tocariam em algumas faculdades e clubes em New Jersey. Mas quando estavam na Turnpike, quase chegando, aconteceu.
– Joe, é a polícia! – Kramer parecia assustado ao olhar para trás. O guitarrista principal, que dirigia, apenas grunhiu alguma coisa.
– Puta merda, será que...? – Tom encarava Steven, nervoso.
– Sem pânico, gente. – O vocalista suspirou, tranquilamente. – Com toda a certeza não é com a gente e...
– Mas, mas! – Tom começara a roer as unhas. – Eles podem ter sentido o cheiro.
– Que cheiro, porra? Relaxa, Tom. – Steven, no banco da frente, colocou as mãos atrás da cabeça, fechando os olhos despreocupadamente. – Joe, quando chegarmos, me acorda. – Disse, e fechou os olhos. Perry, calado como sempre, apenas consentiu.
Os três que dividiam o banco de trás se entreolharam, curiosos. O que o líder estava pensando? Estavam com um carregamento enorme de drogas, que sempre usavam nos bastidores! Quem nada deve não teme, mas eles deviam. E muito.
– Brad? O que a gente faz? – Perguntou Kramer para o segundo guitarrista.
– Err... – O ruivo olhou para os lados, sem saber direito o que fazer. Seus companheiros de banda esperavam uma resposta e, sem pensar, simplesmente pegou os plásticos que continham as ervas e jogou pela janela.
– NÃO! – Tom e Kramer bradaram em uníssono, ao ver suas drogas voarem janela a fora.
– O que vocês...? – Tyler abriu os olhos e olhou para trás e teve vontade de chutá-los para fora, gritando para que pegassem suas drogas de volta. Mas lembrou de que tinha mais e...
“AQUI É A POLÍCIA. ENCOSTEM O CARRO.”
O autofalante do carro de trás ecoou, e a banda gelou. Menos Perry, claro. Este apenas obedeceu, com os protestos de seu líder ao fundo, xingando-o e querendo brigar.
Mas algo ocorreu no italiano. O mesmo pensamento confiante que tivera a pouco acabara por traí-lo.
– Puta que pariu, nós temos mais! – Desesperado, gritava. – Pisa fundo, pisa fundo!!
– Por quê? – Joe perguntava, lentamente. Por Deus, ainda bem que ele era um puta guitarrista, porque ele era lerdo como o Diabo!
– “Por quê?” “POR QUÊ?!” – Repetiu o vocalista, elevando sua voz a uma oitava. – EU TE DIGO POR QUE! PORQUE TEMOS AINDA MAIS DESSAS DROGAS NA...
– CALA A BOCA, STEVE! – Todos do banco de trás bradaram, e Brad Whitford esticou os braços, tampando a boca enorme do homem, prendendo a cabeça deste entre suas mãos e o encosto do banco do carona.
– Com licença. – O policial aproximou-se do carro, curioso.
– Sim? – Joe perguntou.
Mostrando um saquinho com maconha dentro, o oficial perguntou, erguendo uma sobrancelha.
– Isto... Seria de vocês, senhores?
Todos, tirando o guitarrista principal, sacudiram a cabeça negativamente. O que não o fez, simplesmente dizendo:
– Sim, é nosso.
– JOE! – Os outros quatro bradaram.
– É, nós sabemos. Vimos vocês jogando isso pela janela e pensamos em devolver. – O policial tinha um sorriso divertido no canto dos lábios. – Se os senhores puderem nos acompanhar à delegacia, seria um grande favor.
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Outta Your Head
Fanfiction"Essa é minha banda. Beavis and The Butthead teriam começado: 'He he he, isso é tão legal!'. Mas minha banda dizia: 'Cala a boca! Vamos acabar presos por sua causa!'. Acho que Joey tinha cagado na calça. Por algum milagre... [...] todos recebemos um...