Capítulo sem título 4

159 65 1
                                    

Martin era muito calado. Anya falava demais. Ela partia de um assunto sobre as águas sujas do planeta para o tipo de comida que ia fazer amanhã em dois segundos. Era difícil saber o que ele pensava, enquanto ela devería ter um filtro em sua boca, pois todos o seus pensamentos, até mesmo os que não se devem falar, eram totalmente expostos. Chegando á casa dele, um apartamento pequeno num bloco no bairro de Laksevåg, Martin a ajudou a tirar o casaco, o pendurou, a ajudou a retirar o salto, pegou a bolsa de mão dela, eram essas coisinhas que a fascinavam num homem. 

Ele mostrou seu pequeno apartamento á ela, que da entrada da casa já se via o banheiro de frente á porta, um corredor curto á levava á porta de um quarto, o quarto de Magnus, a cozinha ficava de frente é essa quarto, e de frente ao corredor se via a porta da sala. Os dois ficaram na sala conversando num sofá pequeno feito de couro que tinha apenas três assentos. Ele sempre muito educado, pedindo desculpas pela bagunca, que estava fora no mar, que não esperava trazer ninguem em sua casa. Os dois seguiram conversando e depois de algumas horas estavam fazendo comida juntos na cozinha, e arrumando um pouco a casa. Rindo e falando bobagens o tempo todo. Toda vez que passavam um pelo o outro na sala se abracavam um instante.

 Colocaram um filme na sala e foi ficando tarde, eles estavam cansados, com muito sono, Anya gostaría de ter dormido lá naquela cama larga dele, naquele quarto convidativo que estava situado na sala, com portas corredoras largase brancas, onde sentada no sofá se via quase todo o quarto. Comecaram a se despedir, mas dava pra se notar que nenhum dos dois queriam de fato que ela fosse. Não aconteceu absolutamente nada entre eles esse dia. Depois de tanto fogo, tanto desespero em possuir um ao outro, os dois quando tiveram a chance de fazer tudo o que queriam, conversaram bastante e ela foi embora pra sua casa. Ele não era do tipo que tomava iniciativa quando se tratava de seduzir uma mulher para conseguir uma noite de sexo. Ela era muito aberta e espontânea mas não queria que ele pensasse que ela dormia com o primeiro homem no primeiro encontro.

11 de julho de 2016, os dois se encontraram denovo. Depois de terem conversado muito na internet, dessa vez mais frequentemente, e no meio de tantos assuntos diferentes que Anya foi capaz de encontrar em cada diálogo entre os dois, eles resolveram procurar uma viagem para fora do país. Ele falava que queria sair um pouco de Bergen, que trabalhava muito, estava cansado e queria vivenciar outras culturas, respirar outros ares. Ela também precisava de uma viagem depois de tanto tempo só estudando e trabalhando, e também para esquecer o que realmente estava consumindo seus nervos, a lembranca da violência que tinha sofrido, e toda vez que olhava no espelho ali estava ela, a cicatrriz na sobrancelha.

 Martin falava para ela que ainda bem que ela era enfermeira, que sabia como cuidar de seu machucado, ele já havia visto ela trocando os curativos, viu os seis pontos costurados, disse á ela: -Não vai ficar feio Anja. Nem vai dar pra notar. Você vai continuar linda! Ela adorava os elogios que ele fazia. Ele não era de conversar muito, mas de vez em quando fazia um elogio á ela. Qual mulher não gosta? Os dois procuraram horas por uma viagem que desse certo pros dois. Ele queria uma viagem que tivesse vôo direto, não queria ficar em aeroportos esperando, enquanto ela queria um vôo barato mesmo que ficasse algumas horas esperando. Ela propôs que eles viajassem para Lagos, que ficava uma hora de carro do aeroporto de Faro em Portugal. Ela explicou que os dois poderiam ficar não apartamento de sua amiga Mikeli, assim os dois não precisaríam gastar tanto com hotel e restaurantes. Gastaríam somente com passagens e ela sugeriu que os dois poderiam fazer comida em casa.A proposta dela era deles só saírem um pouco de Bergen e se conhecer melhor.

Então os dois foram adiando esses planos impulsivos do calor do momento, pois ela até tinha dinheiro para viajar, mas nas condicões dela. Podería pagar por seus bilhetes aéreos, e uma estadia na casa de sua amiga por 12 dias, mas nada de luxo, nada de bilhetes super caros ou hospedagem em hotéis caros, isso ele não queria entender, e muito menos se predisponia a pagar então, já que a exigências eram dele. Entre as diversas vezes que Anja tentava estabelecer uma relacão de diálogos e comunicacão recíproca entre eles, Martin se mostrava desconfortável toda vez que o assunto ou era dinheiro ou relacionamento futuro. Várias vezes Anja se sentiu rebaixada por ele comentar que mulher aqui na Noruega tem seu prórpio dinheiro e não é certo um homem ter que pagar nada para uma mulher só porque está saindo com ela. 

Filhinho de papaiOnde histórias criam vida. Descubra agora