Capítulo quarenta e três

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Pedro


É uma sequência de estouros. Beijo roubado por uma louca na festa, discussão com a Malu, tentativa de término de relacionamento, denúncia falsa para destruir o negócio dos meus sogros, volta tácita de namoro, o Mauricio sendo internado...

Ufa!

Sem dúvida tenho que tirar coisas positivas disso tudo. A assunção incontestável da confiança da Malu é um ponto alto, bem como a chance que ganhei de acabar definitivamente com a Luciana.

Queria manter a porcaria do contrato para não dar o gostinho a ela de receber uma multa gorda da empresa, mas quem vai acabar tendo que desembolsar uma grana será ela por descumprimento do mesmo. Quero verificar certinho com o Mateus, mas tenho quase certeza que há uma cláusula no contrato de prestação de serviços da Luciana que a obriga a informar todos os atos a serem praticados em nome da empresa.

Logicamente que não autorizei envio de nenhuma notificação em nome da No Alvo.

Paro a moto na minha vaga do prédio.

— Vai precisar de mim ainda? — A Malu está com a expressão bem abatida e fico preocupado com isso.

— Para todo o sempre. — Tento aliviar o clima e arranco um sorriso de leve dela.

— Você me entendeu.

— Sim. Só preciso fazer uma ligação para confirmar algo, e se tudo estiver certo, enxotar aquela mulher da empresa ainda hoje. Depois disso, sou todo seu. Você não vai ficar sozinha por muito tempo. O que pretende fazer agora?

— Vou abrir o trailer e encerrar o expediente. — Fala decidida.

— Como vai dar conta sozinha? Eu realmente preciso dar um jeito naquela desgraçada, porque...

— Faça isso. Estou acostumada e tenho certeza que os clientes terão paciência.

— Faz assim, vai indo. Vou adiantar o máximo que puder e já corro para te ajudar.

— Você? — Indaga incrédula.

— Para com isso. Me dê um voto de confiança, mulher de pouca fé.

— Tudo bem. E, quanto a nós? — Questiona, meio reticente.

— Nós vamos conversar para esclarecer o que restar, mas estamos juntos. Nunca estivemos separados, só tivemos nossa primeira discussão de relacionamento, agora estou ansioso para o tal sexo de reconciliação. — Beijo a sua boca e depois dou uma leve mordidinha em seu lábio inferior.

— Vou pensar no seu caso. Agora, vamos trabalhar.

— Já nos vemos.

— Sim, senhor.

Nos despedimos, mas ela fica na minha cabeça.

Realmente quero afastar a Luciana de nossas vidas o quanto antes, mas também não quero deixar a Malu lidando com o trailer sozinha. Tento pensar numa solução e ela não demora a chegar.

Pego o celular no bolso, enquanto espero o elevador chegar e procuro na agenda o contato desejado. No segundo toque ele atende.

— Fala, cara.

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