Capítulo Único

984 153 76
                                    


Meus leitores  falaram hi, eu falei hello. Aí eu falei pra eles: eu amo muito vocês, vocês são os donos do meu coração.

Autora-chan surgindo com mais uma one-shot.

— Tia Obliviate, por que você está fazendo mais uma one-shot quando tem uma história parada?

Bom, primeiramente vou pedir novamente desculpas por isso. Como eu andei comentando, muita coisa aconteceu nesses últimos meses e eu fiquei um pouco out de tudo. Bad Habits vai ter sim continuação, vai ter um final, não vou deixar ela a deriva para vocês ficarem se remoendo. A única coisa ruim é que eu não sei quando. Andei com um bloqueio criativo para continuar com ela, e prefiro demorar para atualizar do que entregar algo meia boca.
Sobre a one-shot, eu juntei o útil ao agradável. Primeiro que estou em dívida com vocês, então queria trazer algo para se entreterem. Segundo que como o halloween estava se aproximando queria fazer um especial dessa temática..

Então, boa leitura.



__________________________________





Neji Hyuga já havia planejado tudo. Com uma semana antes do dia marcado em vermelho em seu calendário, o dia 31/10, ele organizou tudo como combinado. Anotou a senha do banco onde tinha a sua poupança com a parte do dinheiro que herdou de seus falecidos pais, finalizou os desenhos que a meses deixava pela metade, arrumou todo o quarto e jogou fora o que não prestava mais e o restante deixou para que fosse doado -queria ele mesmo fazer isso, mas iriam desconfiar caso tudo sumisse de seu quarto-. A carta de despedida estava escrita, uma única carta apenas para se explicar para aquele que o criou, seu tio Hiashi Hyuga, deixava uma parte para se despedir das suas duas primas Hinata e Hanabi.

Agora só faltava o último detalhe, limpar o armário do colégio. Neji tinha 17 anos, em seu último ano de ensino médio e pronto para morrer. Não teve um vida fácil, a beleza logo foi deixada de lado quando notaram como ele era quieto e introvertido. Nunca fez questão de falar com outras pessoas, ter pessoas por perto significa que as poderia perder a qualquer momento e não queria sentir o que sentiu ao perder sua mãe e alguns anos depois seu pai. Se tornou amargurado e fechado. O silêncio atraiu os olhares daqueles que gostam de perturbar a paz de outras pessoas, e assim passou todos os seus anos escolares sendo chamado de estranho por ter cabelos longos e olhos de cor estranha. Não eram nadas estranhos, apenas diferentes e as pessoas não costumam aceitar as diferenças.

Olhou no celular, lembrou-se que deveria resetar antes que anoitecesse, era dia 30/10 e em algumas horas chegaria o dia 31 e com ele a sua partida. Respirou fundo e pegou os livros que estavam em seu armário. Alguns poderia deixar na biblioteca, mas outros iria levar pra casa, não poderia deixar pra outra pessoa a limpeza do armário que foi seu por tanto tempo. Equilibrou os livros da melhor maneira possível e saiu.

Enquanto naquela sexta todos iam embora falando apenas sobre a festa que se iniciaria à 00h, Neji saia do colégio carregando vários livros. Um grupo passou mexendo com ele, ao chamá-lo de nerd um dos grandões aproveitou para lhe dar uma ombreada, fazendo com que os livros caíssem pela calçada.  O grupo saiu rindo e chutando os livros para os espalhar. Se abaixou pra os pegar, as pessoas se afastavam da cena como se fosse feio demais para olharem por muito tempo. Mas isso não impediu que alguém pegasse os livros que caiu para a rua e levasse até o dono.

— Sério, nós temos uma festa e você vai estudar? — as palavras saíram de forma divertida — Eu te ajudo, onde você mora?

— Não precisa. — disse sem o olhar e já levantando

Uma Segunda Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora