The Movie of My Life | Z.J.

30. Me Dijo Estrella.

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Quando finalmente chegamos em nosso prédio, depois de um longo dia de entrevistas, Frank, nosso motorista, disse:

— Pronto, meninos!

"Obrigado, Fran! Até amanhã!", tentamos dizer juntos antes de sairmos do carro e irmos em direção ao elevador do lugar.

— Acho que agora eu posso dizer com liberdade, porque vocês devem estar sentindo o mesmo que eu... - Rich se pronunciou. — Eu tô um caco, guys!

Olhou-nos, fazendo com que percebêssemos, pela primeira vez, as olheiras que já habitavam em seu rosto — o que não era nada julgável, já que todos nós estávamos exatamente do mesmo jeito.

Antes de o elevador se abrir e entrarmos nele, Erick agregou:

— Nem fala, brother! Já que eu não tenho a gata, tudo o que eu mais quero agora é a minha caminha.

— Por falar na Valentina, como ela tá, güey? - Joel perguntou enquanto digitava o número de nosso andar na espécie de máquina digital que ali havia.

— Ela tá bem, Joelito. Tá sumidinha porque tá lotada de tarefa da faculdade pra fazer, então nem se eu quisesse muito, a gente ia conseguir se encontrar. Mas, sei lá, tô agradecendo a Deus por isso.

— Quê? Como assim "agradecendo a Deus", Erick???

Rich o olhou indignado, recebendo uma risada alta do mais novo.

— Não é isso, cabrón! Eu disse isso porque é a primeira vez que vamos passar tanto tempo longe um do outro. Se eu fosse viajar e ela estivesse à toa, com o tempo livre, eu me sentiria mal por não poder estar com ela. E, não sei, acho que a probabilidade de muitas coisas ruins surgirem na cabeça dela, seria grande. Contudo, já que ela está atolada com os lances da faculdade, ela quase não vai ter tempo pra pensar nesse lance de saudade. E aí, quando ela menos esperar, eu já vou estar de volta pra podermos ficar juntos como antes. Ou, pelo menos, tentarmos. - explicou, pensativo.

— Você gosta dela, né?!

Joel acariciou amigavelmente seu ombro.

— Às vezes eu tenho a certeza de que ela foi feita exatamente pra mim, mas, agora, com tudo isso da nossa vida voltando ao normal, tenho medo de...

Pausou. Mais uma vez, pensando.

— Sei lá! - cortou o assunto, não terminando, assim, de expressar o que verdadeiramente sentia.

— Relaxa, bro. Já dizia a Cecília: "o que for pra ser, será!"

Rich sorriu, antes de o elevador fazer barulho, indicando que havíamos chegado em nosso andar.

— Então é isso, né?! A mimir, porque amanhã tem mais! - Erick comunicou enquanto todos estávamos na porta de nossas respectivas casas.

— Tem "muito mais", você quis dizer, né?! - me pronunciei, pela primeira vez. — Amanhã já tem viagem programada, caras.

— Olha, gente, ele tem boca!!! - Joel zombou, recebendo, por isso, a imagem do meu dedo do meio.

— Deixem o meu bebê, pessoal! - Christopher entrou na pilha da zoação, agarrando minhas bochechas. — Hoje foi um dia difícil, querendo ou não.