Never Enough

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Notas: Mais uma história para o aniversário do Zoro e o projeto ZoSan @LettuceCheesePj no SpiritFanfiction. Essa é a primeira parte dessa longfic, porém a última em que escrevi.

Capa: https://www.deviantart.com/prinzack/art/Iwatobi-Zoro-Club-395939397

Postada em 11/11/2020

Saibam que quanto mais vocês comentam, mais eu me motivo a continuar postando, então comentem sem medo. sz

Sobre esse capítulo: 

Sinopse: Zoro se sentia solitário quando Sanji não estava o irritando... Não que ele fosse admitir.

+18 (Nudez, Linguagem imprópria, Masturbação)

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Fazia meses desde que haviam se separado com a promessa de um reencontro em dois anos. Tanto tempo que Zoro perdeu as contas. Era solitário naquele castelo. Mihawk sequer ficava muito tempo lá e quando estava, costumava não interagir muito com ele. Perona era tão irritante que o fazia desejar passar ainda mais tempo sozinho apenas para não ter que aguentá-la.

Diariamente Zoro tentava se convencer de que não sentia falta de algo, que não era um problema esperar dois anos para ver seus amigos, mas ele sabia que era uma completa mentira, especialmente quando se tratava daquele cozinheiro idiota. Entre todos, Sanji era o que mais interagia com ele, sempre agindo daquela forma insuportável que o irritava tanto que desejava fazer picadinho dele, e era assim que eles se davam bem. Nunca admitiria esses sentimentos, ou que sem o loiro esquentado a seu lado, sentia um vazio que machucava.

No começo ele achou que seria fácil. Sua relação com Sanji estava mudando desde que Brook se juntou ao bando. Eles estavam mais... Íntimos. Era estúpido como tudo havia acontecido, mais ainda em como nenhum dos dois parecia desejar que acabasse. Porém, durou menos do que esperava. A última imagem que Zoro teve antes de desaparecer magicamente em Saboady, foi o olhar azulado brilhando em sua direção, enquanto o loiro idiota se desesperava correndo até ele para salvá-lo. De novo. Não queria aceitar que o imbecil já o salvara tantas vezes que sequer conseguia contar. Era frustrante. Zoro ainda era muito fraco para proteger uma pessoa importante, ele precisava se tornar mais forte.

De acordo com sua lógica, para adquirir força, precisava se privar de outras distrações. Muitas vezes esquecia até de se alimentar por passar dias em treinamento. O pouco que Mihawk ajudava, e era realmente pouco, ultrapassava qualquer limite que era capaz de alcançar. Parecia que aquele shichibukai apenas o ajudava quando se demonstrava muito confiante, para quebrar totalmente seu orgulho e mostrar que ele ainda era patético.

Deixar de lado qualquer coisa que o distraísse, incluía alívio sexual. Zoro nunca teve realmente desejo ou vontade de experimentar. Sexo era algo que ouvia Johnny e Yosaku sempre falar, como se fosse uma maravilha ou qualquer porcaria dessas, mas era perda de tempo. Assim como seus amigos da época em que caçava piratas para sobreviver, o cozinheiro loiro também era um pervertido. Na verdade, era o mais pervertido, ninguém conseguia superá-lo. E a perversão de Sanji o fez ter vontade. Os beijos que trocaram várias vezes o excitavam. A boca faminta do loiro percorrendo seu corpo, juntamente as mãos tão habilidosas, conseguiram deixá-lo duro como ele nunca se imaginou. Zoro entendeu na época que não se excitava ao olhar para o corpo de Nami e Robin porque não sentia desejo por mulheres. E ao olhar para Usopp, Luffy e o resto dos homens no bando, ele também não se interessava, a não ser quando se pegava na cozinha, observando as costas do loiro idiota e deseja agarrá-lo, fazê-lo seu. Era muito confuso para alguém com um cérebro tão minúsculo compreender.

Mas, Zoro não ligava para isso. Havia aceitado seu próprio desejo, assim como aceitado Sanji. E talvez o desejo acumulado durante os meses estivesse começando a atrapalhar seu treinamento. A adrenalina estava causando ereções doloridas em seu corpo, pensar no loiro tirava sua concentração. Precisava de Sanji tocando-o como antes, sempre desesperado e com desejo, provocando-o até não conseguir mais, do jeito irritante que Zoro amava odiar. Queria a boca em seus mamilos, fazendo-o revirar os olhos e sentir as pernas fracas, deixando mole um espadachim tão forte quanto ele.

Com as lembranças na memória, Zoro desistiu de tentar abaixar a ereção com a água congelante do chuveiro. Não ia funcionar. Ele pulsava e seu pau praticamente se movia sozinho em busca de um alívio. As próprias gotas geladas o estimulavam. Era uma droga sentir desejo por quem não podia ter. Irritado, ele praticamente rosnou ao ceder a todo aquele tesão. Como se pudesse ainda sentir o toque das mãos perfeitas de Sanji, ele tocou seu peitoral, apertando com tanta vontade quanto o loiro sempre fazia. Apanhou seus mamilos e os torceu bruscamente, tentando se aproximar do prazer absurdo que sempre sentia ao ser tocado dessa forma. Nem se comparava, mas também não era desagradável.

Diferente do loiro, Zoro era sempre muito mais prático e rápido. Enquanto Sanji gostava de passar horas atiçando-o, provocando com palavras sujas que o constrangiam, Zoro preferia terminar agilmente. Então ele desistiu de seu peitoral, percebendo que jamais saberia se tocar como o loiro sempre fazia. Até tentou achar o prazer de quando o outro traçava a cicatriz tão sensível em seu tronco, mas deixou de lado, aquilo levaria muito tempo.

Apanhou suas bolas e tentou massageá-las com os polegares, fechando os olhos e mordendo o lábio inferior para não emitir ruídos. O cozinheiro gostava quando se sentava entre as pernas longas dele e abria as pernas, para que assim pudesse massageá-lo da forma que Zoro sempre sentia que perderia a consciência. Ele percebia o quanto estava necessitado, todo gozo acumulado naquela parte, enquanto seu pau babava em desespero por um alívio. E enquanto se massageava, Zoro passou a se masturbar, segurando a ereção com mais força do que o necessário e deslizando a mão pela extensão. Sentindo que as pernas estavam vacilando, ele jogou as costas para trás, até se apoiar na parede, abandonando a água gelada.

Conforme o prazer aumentava, ele intensificava o ritmo, sentindo a respiração acelerar e o coração bater tão forte que parecia uma bomba relógio. Mais, ele precisava de muito mais do que aquilo. Sua boca começava a sentir o gosto metálico do sangue que a pressão que seus dentes faziam haviam arrancado e ele gostava de sentir aquilo.

Buscando na memória todas as vezes em que se tocou com Sanji, e se lembrando da voz indecente do loiro sussurrando as palavras mais sujas em seu ouvido, Zoro jogou bruscamente a cabeça para trás, batendo com força na parede dura e gozou forte alguns jatos diretamente ao chão, que foram levados pela água antes mesmo que sua visão deixasse de ficar embaçada. Aquilo era insanamente bom, mesmo que não chegasse aos pés do prazer que sentia quando o loiro fazia nele.

Observando sua ereção diminuir, ele sentiu as pernas tão fracas que precisou se agachar, percebendo o estado patético em que se encontrava. Ainda sentia alguns espasmos percorrendo seu corpo e todo o treinamento para autocontrole pareciam ir para o ralo junto com sua porra, fazendo-o se odiar por ser tão absurdamente pervertido. Ele queria desesperadamente ter Sanji e voltar a fazer aquilo com ele, mas não desejava precisar ser protegido outra vez, ter que observar o imbecil que não saia de sua cabeça por um segundo entrando na frente de um maldito urso gigante e dizendo para que o matasse em seu lugar, que seu sonho era muito mais importante que o dele.

Zoro estalou a língua ao perceber o quanto aquele retardado se menosprezava, como se fosse apenas um cozinheiro qualquer e não o membro mais importante do bando. Completamente irritante. Sempre achou incrível a habilidade do idiota em irritá-lo mesmo quando estava longe, e talvez por isso, apenas por isso que iria aceitar seu desejo de se reencontrar com ele o quanto antes. Não por seus desejos, ou pela saudade, apenas porque era melhor ser irritado pessoalmente, do que carregar o fantasma de um imbecil em sua mente durante todo o tempo. Até que se reencontrassem, ele continuaria se enganando dessa forma covarde.

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