Esse capítulo está bem louco, mas é basicamente aqui que Angel entra nesse mundo... É um passo e tanto pra ela. O bordel foi só o começo do fim... Divirtam-se aka boa leitura x
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Ela estava coberta, mas não sentia mais o corpo quente de Bradley encostado no seu, enquanto dormiam. Angel olhou no relógio sob a TV e dizia que eram quatro da manhã. Ela levantou e procurou por ele, no banheiro. A porta estava entreaberta e saia uma fumaça de lá. Ele estava fumando algo. Bradley estava se drogando.
- Hmm... Está tudo bem aí, Brad? – ela perguntou hesitante, porque já tinha deduzido o que era aquilo.
- Claro que sim, gata. Entra, tenho uma coisinha pra você... – ele disse, em meio a algumas tossidas. Ele deu-lhe um instrumento semelhante a um canudo, mas com a parte inferior redonda. Em seguida, ele pegou uma garrafa de cerveja do chão, mas não era cerveja que estava ali. Parecia ser uma mistura de algo. – Beba, tudo vai ficar legal. A vida vai ficar melhor se você ver as coisas desse jeito. – ele falou, enquanto enlaçava a cintura dela e deixava uma marca em seu pescoço.
Ela sabia muito bem onde estava se metendo. O que ela tinha a perder? Ela não iria se suicidar, como tinha prometido a Mike. Ang precisava relaxar, se preocupava demais com as coisas, e talvez, essa fosse a saída... Ou pelo menos um jeito de escapar. Uma vez só não a mataria.
Ela pegou a garrafa e bebeu mais da metade. Sentiu-se tonta quase instantaneamente. Bradley tomou a garrafa das mãos dela.
- Wow, devagar ai, baby. Você não é tão forte assim.
- Me deixa! – ela falou, virando mais do liquido. Era bem forte, sua garganta queimava. Mas dava uma sensação de alivio, como se todos os problemas dela fossem desaparecer naquela fumaça. Seus pensamentos vagavam para longe de todas as confusões, E ela gostara dessa perspectiva. Mal sabia que a longo prazo só estaria se metendo em mais uma.
Algumas horas depois, os dois estavam bêbados e drogados, cantando Here comes the Sun, e pulando pela casa. As coisas giravam e eram confusas, como se tudo estivesse em um caleidoscópio.
Seus pensamentos ficavam cada vez mais complicados, e se embolavam no meio do caminho, fazendo a letra da música sair com um som terrível.
Em seguida, Angel se sentou no sofá, e começou a chorar e a rir simultaneamente.
- O que foi? – Brad perguntou, sentando-se do lado dela e botando uma mão em sua perna direita. A frase dele saiu enrolada, e Ang demorou alguns segundos para processar – afinal, seu cérebro também estava lento para uma interação coerente-. Então, formulou uma resposta.
- Meu nome de verdade, é Angel. Traicy é um nome secreto de prostituta. Shhh... Ninguém pode saber... – ela falou, rindo e botando o dedo indicador nos lábios dele, enquanto se virava para ele. Então, lambeu algo que tinha na rala barba de Brad e em seguida, voltou a chorar.
- Não saquei, gata. – ele falou, deitando a cabeça na parte de trás do sofá.
- Meus pais me deram o nome Angel, mas eu fui um inferno pra eles. Que ironia... – Angel falou, bufando e sorrindo, enquanto olhava para o teto. Sentia seus olhos encherem de lágrimas.
- Inferno? Está brincando? O que você fazia?
- Tudo que era possível pra eles gostarem de mim. Quanto mais eu tentava, mais eu falhava, não importava mais quanto eu me esforçasse... Mas eu fui parar no chão da rua, por isso... Nunca me deixe fazer apostas, nem dever a ninguém.
Ele assentiu, apesar de não ter entendido nada. Aquela conversa não fazia o menor sentido.
Um peixe laranja começou a tomar conta dos pensamentos de Ang, e instantaneamente ela pensou no ruivo que comprara suas revistas. Os olhos azuis e quentes, sua voz melodiosa: “Você nunca deve se sentir triste.”, o peixinho dizia, e os olhos flutuavam pelas nuvens – o peixe estava no céu. A voz ecoou, e entrou uma sinfonia de peixes ruivos, mas depois não se tornaram nada agradáveis, e ela começou a tapar os ouvidos, tentando ver se eles paravam de gritar em sua cabeça.
- Eu gosto de você. – Brad falou, a trazendo de volta a realidade. Ele tirou as mãos dela do ouvido, e foi para cima dela, apertando sua cintura com força.
- Mas a gente se conheceu ontem... E eu sou uma prostituta. – Angel falou, sem impedi-lo, agora mais calma e menos chapada.
- Você é minha vadia. – ele falou, passando a língua dentro da orelha dela. Ela gargalhou, e, de tanto rir, acabou rolando do sofá para o colchão. Ela não ria dele, mas ria de como se sentia. Suas pálpebras foram pesando e ela adormeceu.
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Nunca usei drogas, e tentei ser o mais criativa possivel, como me saí? Podem e dar um feedback, eu não mordo (muito) hahaha
P.S.: Next: 10. Such a blur (nem acredito que já chegamos no 10 :o )
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The A Team Story (#Wattys2016)
Teen FictionAngel era uma doce garotinha... Até a vida acontecer. Obrigada a se virar nas ruas, ela tem um simples plano: ganhar dinheiro, custe o que custar. A menina se torna uma perigosa e envolvente mulher, fascinada pelo mundo da luxúria e da perdição. A q...