Parte I

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Especial Haloween – Bakuraka

O vulto passou entre as árvores em alta velocidade tentando ser o mais rápido possível e do jeito mais silencioso. Porem o adversário estava mais que a altura. Por isso mesmo que fugia, pois tinha a certeza que em um combate perderia e teria sua vida ceifada.

Tiros passavam de raspão pela mulher que corria desesperadamente. Uraraka Ochako havia acabado de conquistar a maioridade, estava na faculdade finalmente e em uma noite que era para ser de festa acabou terminando em perseguição, ela como bruxa jamais pensou que encontraria um caçador pelas redondezas. Mas agora se via fugindo do homem todo vestido de preto cabelos loiros, de estatura alta, mas uma coisa que chamou a atenção era que ele não se importava em ser discreto, exalava fúria e raiva a todo o momento.

Bakugou Katsuki sendo de uma família poderosa de caçadores estava entediado com os amigos em uma festa qualquer num dos extremos daquela floresta quando identificou a pequena jovem como uma bruxa. Para sua família não existia bruxa boa ou má, eram bruxas deveriam morrer. Mas aquela em especial era muito boa em fugir e por isso estavam em outro extremo da floresta.

Ela estava desesperada. Quando surgiu um penhasco ele sorriu vitorioso, seria agora que ele pegaria a bruxa, mas ela sorriu aliviada aumento a velocidade, ele não entendeu de imediato.

Ela pulou no penhasco ele até derrapou pelo chão para não cair do penhasco, xingou a bruxa por ter escolhido um suicídio e não morrer pelas mãos dele. Mas qual foi à surpresa ao ver a jovem flutuando em direção oposta a dele, banhada pela luz da lua, a lua em um dia das bruxas, devia estar dando forças a ela. Ele trincou os dentes.

— NÃO IMPORTA AONDE VOCÊ VÁ IREI LHE ENCONTRAR E TE MATAR SUA MALDITA BRUXA! – Ele gritou com toda a fúria que estava sentindo, ela sentiu-se muito ameaçada e sabia que teria que fugir, olhou uma ultima vez para o seu inimigo. Que havia se afastar mal contendo o turbilhão de sentimentos.

[...]

Ochako não aguentava mais ter que fugir, aquela seria a quinta cidade que ela tentava se estabelecer, mas quando ela menos esperava, ele a encontrava e a perseguição começava. E cada vez mais as coisas mudavam. Seu maldito coração de bruxa a tinha sacaneado, aonde já se viu se apaixonar por seu perseguidor? Ela sentia que se pertenciam, mas como tirar a prova se ele apenas queria mata-la?

Tinha-se decido que seria a última vez que fugiria, o deixará mata-la, pois ela não será capaz de mata-lo. Nesse tempo ela descobriu que para um caçador que perde sua caça vira questão de vida ou morte. Ou ele a mata ou ela o mata.

Mas ela já havia tomado a sua decisão. Morreria. Mas enquanto ele não a encontrasse ela iria vivendo, aproveitando o que dava tempo, teve que mudar a faculdade para há distancia, pois fugindo assim não poderia se dar ao luxo de frequentar o mesmo lugar todos os dias.

Dois meses se passaram, Ochako havia feito amizade com uma idosa que era sua vizinha, tendo a mesma com um machucado que não sarava Ochako de coração mole, resolveu ir a floresta fazer um unguento para que ela passasse e sarasse. Estava quase terminando de encontrar as plantas necessárias quando uma flecha se afundou no tronco da árvore acima de sua cabeça, pensou que finalmente o homem loiro havia lhe encontrada, mas qual foi à surpresa que teve assim que virou e se deparou com outro homem.

— Olha só o que temos aqui, há muito tempo não se tem bruxas rondando essa cidade. – Por fim ela morreria mais não como pensou ser nas mãos do homem loiro de olhos rubis que fazia seu coração acelera sem motivo. Seria por um homem musculoso de cabelo prateado caído na cara, mas ela podia ver que ele tinha o rosto tampado por uma mascara.

Ia correr, mas o outro fora rápido demais jogando uma corda nós pés dela, à prendendo e derrubando no chão. Ela ia levantar a mão na direção dele para que pudesse fazê-lo flutuar para longe. Porem ele pisou em suas mãos, ela gritou de dor, enquanto ouvia alguns ossos estralarem, sabia que estavam quebrando tamanha a força que ele estava impondo.

— Lembre-se bem sua bruxa do nome de quem deu fim a sua vida miserável. Shoji Mezo. – Com essa fala Ochako fechou os olhos, mais ainda pode vê-lo retirando a espada das costas. Sabia que depois de perfurar seu coração ele queimaria o corpo dela.

A espada não desceu sobre ela, e a pressão em suas mãos doloridas havia sumido, teve coragem de abrir os olhos vendo o tal de Shoji com a espada quebrada em posição de luta. A sua frente o loiro o olhava em desafio.

— Então maldito saiba o meu nome. Bakugou Katsuki, dono dessa bruxinha! E você não vai feri-la novamente! – A voz dele soou como um trovão de tão forte. Ele logo avançou para cima de Shoji que mal teve tempo de se defender tamanha a fúria dos golpes de Bakugou.

Ochako caída no chão sem forças para levantar assistia a luta dos dois, repetindo diversas vezes o nome dele, para nunca mais se esquecer, para nunca esquecer o nome do homem que detém seu coração, Bakugou Katsuki.

Assim como o outro havia feito com ela Bakugou pisou nos dedos de seu adversário se certificando para não restar nenhum sem quebrar. O tal Shoji já havia desmaiado de tanto que apanhou, ela viu quando Bakugou pegou a arma e apontou para a cabeça do outro caçador. Ochako não conseguiria, ela não teria sua consciência pesada.

— NÃO! – Ele parou e olhou para ela, o grito percorreu longa distancia tamanha sua intensidade. Ele paralisou a olhando como se esperasse algo.

— Não o mate, quando você me matar não quero ir com a consciência pesada ambos são caçadores. – Ela chorava finalmente o desespero tomando conta do corpo da garota que estava sentindo sua vida por um fio.

Bakugou guardou a arma na cintura e foi até ela. Agachou para retirar a corda do pé dela. Depois de solta-la, a puxou para que pelo menos sentasse no chão. Ochako estava o achando calmo demais. Ele delicadamente segurou as mãos dela, fazendo careta quando notou que três dedos estavam quebrados.

Algumas lágrimas ainda desciam pelo rosto delicado dela, e mesmo de um jeito bruto ele ainda sim limpou as lagrimas dela, ela fez muita força para o pobre coração não pensar bobagens. Doeria ainda mais quando ele a matasse se agora ela acreditar que ele sente alguma coisa por ela.

Sem que ela esperasse á pegou no colo. E se colocou andar pela trilha que ela veio.

— Para onde está me levando? – Mesmo tendo um palpite teve que perguntar.

— Para sua "casa". – Ela sabia o porquê a palavra casa havia soado diferente, ali não era sua casa. Por causa dele estava fugida de lá. Estava confusa demais. Começou a acreditar que ele queria a bem, para poderem lutar de uma forma justa.

— Por meses você me caçou devia usar essa oportunidade para acabar com tudo. – Ela sabia que estava brincando com fogo. Ele sorriu á deixando hipnotizada.

— E se eu não quiser? – Ele parecia estar se divertindo. Ela bufou.

— Irei fugir novamente. – Ela falou como se o desafia-se.

— Você Ochako jamais voltará fugir de mim. – Ele piscou pra ela rindo em seguida do rubor que se apossou do corpo dela.

E por um momento Ochako se permitiu acreditar que o que a atingiu também o pegou. Como resposta de aconchegou ainda mais no corpo dele.

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