Tornar-se um mera moeda de troca não estava nos planos de Sakura, ainda mas pelas mãos de alguém tão próximo à ela, entrar naquele esquema cruel e doentio do tráfico foi tão inesperado quanto ouvir aqueles lances direcionados a si... tudo tão aterro...
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Há uma semana seu coração batia de forma descompensada e a palma de sua mão suava cada vez que Madara se aproxima a dela. Há uma semana havia se entregado todos os seus sentimentos para Madara e agora não podia voltar atrás daquela decisão, e não se arrependia. Ela estava apaixonada.
E era ainda mais difícil resistir ao calor que emanava dela mesma ao senti-lo tão perto. Madara era intenso em tudo o que fazia, nada tirava uma ideia da cabeça dele quando a tinha e, aparentemente, naquele momento, sua ideia era enlouquece-lá.
Ele lhe deu sua palavra de que jamais a forçaria em nada, mas nada o impedia de tenta-la até o último resquício de sua sanidade.
- Você está vermelha. — Sakura pulou com o susto que levou ao vê-lo sentado em sua cama, Madara sorriu — Já faz dez minutos que estou aqui vendo você com esse pincel sem saber o que fazer, o que tanto se passa na sua cabeça?
- Estou sem criatividade... só isso. — tentou responder com indiferença — Estou enjoando de olhar para as mesmas paredes.. Queria conhecer lugares diferentes.
- Fomos caminhar pela cidade à três dias, Sakura. Já te mostrei tudo de bom que há em Sicília. — ele a viu revirar os olhos com desdém e se voltar novamente para o quadro em branco — Está realmente revirando os olhos pra mim? — indagou.
- Vai fazer algo a respeito? — ela o confrontou e por alguns segundos Madara hesitou — Foi o que eu pensei!
Sem que ela pudesse prever ele se levantou e caminhou até a porta, dando sua última palavra: — Arrume suas coisas, iremos passar o fim de semana fora!
Assim que ele saiu do quarto Sakura sorriu vitoriosa e se levantou dando pulinhos de alegria antes de procurar por uma bolsa.
Era engraçado ver a forma com que Madara cedia a tudo que ela pedia mesmo de maneira relutante. Era raro ela ver um sorriso verdadeiro dele, era sempre aquele sorriso de lado, pretensioso e arrogante, presunçoso. Mas atualmente, ela podia vê-lo mais tranquilo e caloroso que nunca.
Depois de algumas horas e Madara ter escolhido um carro pouco menos ousado e ostensivo que o habitual, eles partiram. Sakura não sabia para onde estavam indo e por isso levou um pouco de tudo na bolsa, Madara estava mais silencioso que o normal e por isso ela pegou no sono. Deveria ter se passado muitas horas já que quando acordou estava amanhecendo e Madara ainda dirigia atento. A paisagem já era diferente, a noite estava estrelada já dava espaço novamente para o sol.
- Ainda não chegamos? — perguntou sonolenta.
- Estamos quase.
- Pensei que você fosse fazer algo a respeito do meu tédio mas parece que está intensificando ele. — ela resmungou olhando para a janela até que sentiu a mão dele em sua perna.
