33. Best Friend Since Always.

126 21 19
                                    

🎬
  𝒞𝑒𝒸𝒾𝓁𝒾𝒶
_________________

— Me desculpe, tia Cris... - disse envergonhada ao perceber que havia, querendo ou não, assustado minha mãe quando entrou daquela forma em nossa casa. — E me desculpe por isso também. - avisou antecipadamente.

Minha mãe, então, a olhou confusa quando ela começou a caminhar em minha direção.

— TEM COMO VOCÊ IR ALI SE FODER RAPIDINHO? PORQUE, ASSIM, EU NÃO TÔ ENTENDENDO O PORQUÊ DE EU TER SABIDO QUE VOCÊ ESTAVA AQUI, NO BRASIL, NO RIO DE JANEIRO, NA NOSSA RUA, PELOS NOSSOS VIZINHOS FOFOQUEIROS, E NÃO POR VOCÊ!!!

Apenas parou de gritar quando, inesperadamente, puxou meu corpo e me encaixou no seu abraço confortante.

— Eu senti sua falta. - foi como concluiu.

— Eu também.

Retribuí o momento de afeto com inúmeras lágrimas escorrendo por meus olhos.

Esta é Rafaella Castro. Rafa, para os íntimos. Minha boa e velha melhor amiga. Dou este título à Rafa desde sempre — graças às nossas mães, que também o fazem desde que são jovens. Acabou que, sem planejar ou combinar, isso se tornou como uma linhagem; mães melhores amigas, filhas melhores amigas.

Apesar de ter um pouco mais de um ano de diferença entre nossas idades, vivemos absolutamente tudo que podemos lembrar, juntas. Desde a nossa formatura da Alfa até nossas aprovações em nossas respectivas faculdades. E, sem dúvidas, só não conseguimos colecionar mais momentos assim pela minha ida definitiva à Miami.
No entanto, mesmo com a viagem, Rafa e eu mantivemos contato. Óbvio que não era o mesmo, visto que somos péssimas com esse lance de comunicação por mensagem - o que, em partes, é legal, porque nos anima ainda mais pra viver de fato, os momentos presenciais -, mas, só de termos nos esforçado para não deixar a nossa amizade ir por água abaixo por conta da distância, já significava muito.

— Meu Deus, eu não tô acreditando que, finalmente, estamos aqui, juntas!!!

Sorriu, se separando do abraço e se sentando no sofá que eu antes estava.

— Eu vou fazer algo pra comermos, meninas! - minha mãe disse, simpaticamente.

— Tia.

Rafa a chamou, fazendo com que a mesma parasse de caminhar.

— Se você e Lia não se importarem, eu gostaria de levá-la pra dar um rolê pelo bairro... Ela perdeu muita coisa, quero atualizá-la.

— Ah, tudo bem então, Rafinha! Se cuidem!

— Pode deixar, mamãe!

Demos-na um beijo e abraço.

— Pera, Rafa...

Olhei confusa para seus pés.

— Por que o salto?

— Porque eu literalmente acabei de chegar do trabalho.

— Não quer passar em casa pra colocar algo mais confortável?

— Minha ansiedade não deixa. Para de enrolar, vamos logo!

The Movie of My Life | Z.J. Onde histórias criam vida. Descubra agora