A Magia das Sete Luas de Lady Catriona

Capítulo 5

Demons - Imagine Dragons

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I wanna hide the truth

I wannna shelter you

But with the beast inside

There's nowhere we can hide

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Quero esconder a verdade

Quero abrigar você

Mas com a fera dentro

Não há onde nos escondermos

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When you feel my heat

Look into my eyes

It's where my demons hide

It's where my demons hide

Don't get too close

It's dark inside

It's where my demons hide

It's where my demons hide

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Quando você sentir o meu calor

Olhe nos meu olhos

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem

Não se aproxime muito

É escuro aqui dentro

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem

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(When the) curtain's call

Is the last of all

When the lights fade out

All the sinners crawl

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Quando as cortinas se fecharem

Vai ser pela última vez

Quando as luzes se apagarem

Todos os pecadores vão rastejar

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Adentrando o enorme jardim real, que se assemelhando a um labirinto, possuía das mais diversas e lindas flores, Thomas contou a Catriona sua mais recente descoberta: os experimentos clandestinos divinamente ilegais para dar poderes as pessoas.

-E como funciona esses experimentos? Como alguém é capaz de adquirir um poder que já não nasceu com ela? Os Deuses não permitiriam tal afronte, é como se negassem as escolhas divinas!

-Não descobri como eles fazem exatamente isso, mas minha fonte disse que é preciso extrair o poder de alguém primeiro para depois dá-lo a outra pessoa, mas parece ser um "clube" bem fechado, bem seletivo, e que apenas pessoas importantes do submundo do reino e da magia podem entrar, ou alguém que tenha um poder interessante o suficiente para atrair a atenção de algum deles.

-Suas fontes me parecem bem interessantes Thom, bem que você podia compartilha-las comigo.

-Não há necessidade querida, contarei tudo a você.

Os dois se olhavam sentados em um dos bancos do jardim, acima deles um arco de flores e folhas entrelaçadas os fazia sombra, totalmente sozinhos, em um dos lugares mais românticos, discretos e populares entre amantes afoitos das terras do rei, nada apropriado para uma dama solteira que poderia ter sua reputação completamente arruinada, mas Thomas desconfiava que se alguém fosse arruinar a reputação de Catriona apenas por estar ali com ele, tal pessoa deveria ser muito corajosa ou desapegada a própria paz pois ela não esquecia facilmente de quem a prejudicava.

Taitãnos estava sentado na grama ao lado da jovem que afagava os pelos do lobo como se ele fosse um simples cão.

-Sabe, devia se casar com ela logo Thomas.

Diz o lobo em minha mente o qual respondo do mesmo modo:

-Sabe que não é simples assim, ela já falou que não quer se casar com ninguém.

-Vocês humanos são tão lerdos e complicados, nem ao menos se entendem e entendem seus próprios sentimentos!

-Falou o lobo de quase dois metros que está recebendo carinhos como se fosse um cãozinho de madame.

Taitãnos rosna olhando em minha direção, fazendo com que Catriona afaste a sua mão e fique com um olhar de dúvida para mim.

-Ele estava rosnando para mim, não aguenta muitas brincadeirinhas sem se estressar.

-Estavam me deixando de fora da conversa? Me conte o que ele te falou pelo menos, acabou de dizer que contaria tudo para mim!

-Hãn, apesar de não ser bem isso o que eu tinha falado, não foi nada de importante, acredite em mim.

E Catriona confiava nele, ao inferno com aquilo, mas ela confiava em Thomas, e antes que o pingo de coragem que havia surgido em seu interior sumisse de vez ela resolveu falar:

-Há um baile na cidade hoje, na mansão de Lady Brenda, vão vários comerciantes de várias regiões e alguns nobres que atuam nesse ramo, podemos ir juntos, hoje será o único dia da semana em que seu tio não fará uma festa aqui mesmo no palácio, a festa é aberta ao público, Brenda está se dando muito melhor nos negócios do que seu falecido marido.

-É uma boa ideia George, mesmo eu achando que Lady Brenda não vai estar muito preocupada com esse tipo de negócios hoje a noite, será bom ver quem se reunirá lá. E não precisava de tantos preceitos para passar mais tempo em minha companhia, querida -Seu sarcasmo a fez revirar os olhos. -Fique tranquila eu entendo querer passar mais tempo comigo, entendo mesmo! Não precisa se sentir constrangida.

-Além de ser uma absurdo sequer pensar em inventar algo para passar ainda mais tempo ao seu lado Thomas, já que desde que cheguei aqui você não sai do meu pé! - Disse em uma falsa e divertida indignação. - Ainda não posso acreditar que você se lembra desse apelido, é simplesmente o pior!

-George não é um apelido ruim, talvez só um pouquinho, mas nunca iria esquece-lo se você o odeia tanto. - Disse fazendo com que um sorriso tímido brincasse nos lábios de ambos.

Dos apelidos que já haviam criado para ela, aquele era um dos quais menos gostava, mas isso era apenas um dos infortúnios de ter um nome gigantesco ainda solteira sem o sobrenome do futuro marido: Catriona Filipa Georgina Lughry Primeira.

Talvez isso apenas não fosse pior do que ficar vários segundos parada esperando ser anunciada quando adentrava um salão de baile, enquanto todos a olhavam, olhavam seu vestido cumprido e levemente decotado com cores que sempre destacavam seu cabelo, olhavam para seus delicados e treinados passos enquanto entrava, e ela tentava não olhar diretamente para a multidão, olhava os enormes lustres que enfeitavam o amplo teto, as mesas com o banquete no fundo do lugar, os empregados caminhando cuidadosamente com as bandejas com bebidas tentando não esbarrarem nos volumosos vestidos das damas que dançavam com seus futuros pretendentes, elegantemente vestidos com os mais diferente tipos e cortes de ternos, entregando champanhe para suas mães que fofocavam amontoadas em rodinhas nos cantos dos salões. Por incrível que parecesse ela não gostava de ser o centro das atenções.

Thomas por outro lado dificilmente se sentia incomodado com centenas de olhares dirigidos a ele, na opinião de Catriona isso apenas inflava ainda mais o ego dele, já Taitãnos não achava isso possível, apesar de ser uma boa pessoa, o ego de Thomas já era grande o suficiente para um mortal, não havia como aumenta-lo.

Depois de uma hora de papo furado no jardim, os dois voltaram para o castelo, se preparando para o baile em que teriam que estar mais atentos do que nunca naquela noite, ouvindo tudo o que diziam em busca de detalhes de algo que não sabiam ao certo se era o que deviam estar investigando, ou sequer se era para estarem investigando já que não sabiam nem o que deviam fazer e se deviam fazer, malditos Deuses e seus hábitos de nunca contarem a história inteira.