PEQUENA BAILARINA

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A primeira competição estava se aproximando, não era algo novo para nenhum dos alunos

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A primeira competição estava se aproximando, não era algo novo para nenhum dos alunos. Até mesmo para as turmas novas, todos eles já faziam ballet desde a infância, competir não era um problema. Mas dessa vez, estariam representando a academia, estariam representando Londres. Nem todos teriam o privilégio de competir, a seleção que Leia organizara era tão rígida quanto a que fazia para a própria academia, eles testariam todos os aspectos físicos e psicológicos de cada um. De fato, já estavam analisando durante as aulas, mas um teste formal era exigido pela mais velha, que levava o trabalho a sério. Era importante que escolhesse até pelos mínimos detalhes e que essas pessoas sentissem a pressão de estar sob a mira dos melhores jurados. Cada pingo deveria estar no seu respectivo "i".

Quando os resultados foram anunciados, foi de se esperar que alguns alunos se decepcionassem, como anteriormente. Rey, que estava feliz não somente por si, mas também pelos amigos, sonhava com o momento em que sairiam dali para comemorar. Ela só tinha mais uma aula para fazer.

Ben viu quando Samuel a parou, no corredor, não podia ouvir a conversa e tão pouco queria, mas ele estava tocando o braço dela, estavam perto demais. Era oficial? Estavam juntos? Aquela ideia não saiu da cabeça do rapaz, que se esforçou para não deixar com que seus sentimentos interferissem na dança, no entanto, era perceptível o quanto estava frio. Rey não abandonou o próprio orgulho, apesar de por dentro, se questionar a todo momento, mantinha a pose de decidida, sem deixar transparecer o quanto também estava afetada com tudo aquilo.

Novamente, a imagem dela tão linda para outro cara cruzou sua mente. Engoliu em seco, observando a pequena gota de suor que escorreu do pescoço dela.

— Ai... — Rey segurou as mãos dele que estavam em sua cintura. — Está me segurando muito forte.

— Desculpa.

Balançou a cabeça e ficou parado por um momento, pensando naquilo sem parar, nem percebera como parecia irritado. Ela se perguntava se tudo aquilo era por que ele simplesmente não queria estar ali ou se estava irritado com o que ela havia feito no outro dia, saiu correndo sem ao menos explicar. Mas como poderia explicar aquela situação? Ele mesmo não percebia que a irmã o queria? Isso era divertido aos olhos dele?

— Está fazendo esse passo errado. — A corrigiu, indicando o equívoco nos movimentos. Quando Rey tentou uma outra vez, sem querer ele quase a deixou cair no chão. Estavam frustrados.

— Isso está péssimo. — Reclamou, falando mais da situação do que a coreografia em si.

— É. — Ele a largou e virou de costas, tentando controlar a própria respiração. Rey ficou parada apenas observando, tentando entender o que acontecia.

O auge de tudo aquilo foi a loura entrar na sala, sem ao menos bater. O que estava virando tudo aquilo, um circo? Blake deu um sorriso amarelo para a garota e se dirigiu ao homem mais velho do que ambas. Ela quis entender o que falavam, mas o único som alto por ali era daquela risada enjoativa. Nossa, se ela pudesse eliminar a existência de uma pessoa naquele segundo, seria a dela. Quando a mulher os deixou sozinhos, foi a vez de Rey ficar enfurecida.

𝐈𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞 𝐒𝐭𝐫𝐢𝐧𝐠Onde histórias criam vida. Descubra agora